Na última quinta-feira (4), o Palácio Cristo Rei recebeu o professor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Epusp), Rui Botter, para ministrar a Aula Inaugural do Curso de Especialização em Gestão Portuária, que abre possibilidade para 40 alunos matriculados – graduados em diversas áreas e que atuam em cargos de portos – para se capacitarem e obterem mais conhecimento no campo em que atuam profissionalmente. Durante sua palestra, o professor da Epusp deu um panorama sobre portos do Brasil e do mundo e falou sobre a evolução e construção de novos portos, o desenvolvimento de terminais de contenção e automação portuária.
Também estiveram presentes na solenidade o coordenador do Curso de Especialização, Sérgio Cutrim; o vice coordenador, Léo Tadeu Robles; o Gestor de Qualidade da mineradora Vale, José Valentim; e o Pró-Reitor de Pós-Graduação da Universidade Federal do Maranhão, Fernando Carvalho, que na oportunidade representava o reitor da Natalino Salgado e ressaltou a criação de cursos de formação que capacitam profissionais em áreas de atuação em desenvolvimento no Estado. Na ocasião, Sérgio Cutrim destacou a procura pelo curso, que teve mais de 100 inscritos em seu processo seletivo, e o fato de o curso oferecer qualificação em gestão de portos, que abrange o planejamento, a operacionalização e a logística portuária.
Em sua aula, o professor Rui Botter destacou o papel do gestor portuário nas diversas cadeias de produção e em planejamentos da área. Na ocasião, ele deu um cenário geral sobre as condições em que portos devem ser construídos na era moderna, mencionando que um porto deve se desenvolver ou ser construído levando em consideração a sustentabilidade da comunidade em que está inserido. “O moderno em projetos de construção de portos é a implantação de portos sustentáveis”, afirmou.
O professor também explicou que a construção de novos portos deve ser planejada pensando-se no desenvolvimento da tecnologia e, consequentemente, no aumento de tamanho de navios cargueiros. Na opinião do professor, uma das principais questões é a estruturação de locais que sirvam de referência para o escoamento de cargas, uma vez que o Brasil possui 34 portos, que podem descarregar vários tipos de carga, contra 129 terminais portuários, que apenas recebem e enviam cargas específicas.
Rui Botter ressaltou o grande crescimento de 400% nos últimos anos da indústria de contêineres, que acompanhou o intenso fluxo produtivo da indústria global e se desenvolveu por conta da demanda pelo transporte de matéria-prima e produtos por todo o mundo. O professor mencionou que o gestor deve ter, inclusive, um olhar apurado para os preços e legislações do local em que atua ou irá atuar, a fim de compreender o contexto local e elaborar as melhores estratégias de gestão. Por fim, ele mostrou as diretrizes que o gestor portuário deve seguir nas suas práticas: planejar e executar; analisar e encarar os desafios; estar atento à legislação; avaliar sistemas portuários; e operar com excelência.
Fonte: Portal UFMA
