Em 18 de abril de 1955, há 50 anos, morreu no Hospital Judaico do Brooklyn o físico Albert Einstein, aos 76 anos. A humanidade perdia um dos maiores gênios da história e, junto com ele, sua genialidade. Aos 26 anos, o jovem funcionário de um escritório de patentes revolucionou a física com a publicação de teorias que contrariavam o que era dito na comunidade científica da época, incluindo teses que vigoravam desde os tempos de Isaac Newton, dois séculos atrás.
Desconhecido, talvez, mas longe de ser desinteressante. Apesar de representar cerca de 2% do peso de um cidadão comum, é o cérebro que consome de 20% a 25% da energia do nosso organismo. Além disso, “hoje está solidificado na ciência que o sistema nervoso é responsável pelo que somos, nossa personalidade, etc. Ou seja, o que você é tem a ver com as conexões das suas células nervosas”, afirma o professor Gilberto Xavier, do Departamento de Fisiologia do Instituto de Biociências (IB).
Sabendo disso, fica mais fácil imaginar por que quando realizamos uma tarefa intelectual intensa consumimos tanta energia e nos sentimos tão cansados. “Esse consumo de energia seguramente é maior que nas atividades físicas”, afirma Xavier, que também coordena
Para o professor Xavier mais do que a atividade intelectual intensa, realizar essa atividade sob pressão é gerador deste efeito que convém chamar de desgaste mental. Ele próprio vê na condição de professor uma pressão da Universidade para a produtividade, ou seja, publicação de artigos, orientação de alunos, cumprimento de horas/aula. “O importante aí é encontrar um equilíbrio do que é razoável sem prejudicar a atividade intelectual da pessoa”, sugere. Uma das maneiras de impedir esse “desgaste” é evitar a sobrecarga de tarefas e não executar várias delas ao mesmo tempo. “O melhor é começar uma atividade e ir até o fim; terminou, dê uma saída por dez minutos, tome uma água, e comece a outra”, recomenda. Segundo ele, dessa maneira o indivíduo dá um tempo para o cérebro transformar o resultado desse processamento em memória.
Mesmo para isso existe uma explicação. Apesar de ser muitas vezes menosprezado pelos notívagos, o sono tem um papel fundamental no aprendizado do indivíduo. “As informações obtidas ao longo do dia são recicladas à noite, durante o sono”, afirma dr. Flávio Aloe, que coordena o Centro Interdepartamental de Estudos do Sono (Cies) no Hospital das Clínicas da USP. Além disso, uma noite maldormida pode trazer outros problemas como desmotivação, irritabilidade, desatenção e falta de criatividade. Fica a lição do próprio Albert Einstein, que segundo biógrafos, desfrutava de nada menos que dez horas de sono por dia. A nós resta a recomendação médica de oito horas por dia e o consolo de que nosso cérebro vai permanecer conosco quando morremos. ![]() |