foto:Francisco Emolo
O projeto urbanístico responsável pela construção de prédios e avenidas no entorno da Casa cuidou também de iniciar sua recuperação. Desde então já se pensava em desenvolver alguma atividade cultural no local e a primeira experiência foi com o Arte Cidade em 1998, projeto de Nelson Brissac, que trabalha com intervenções urbanas e questionamentos da cidade. Com o restauro aconteceram eventos esporádicos e a Casa sofreu adaptações mais adequadas a esse novo mundo. A promoção de eventos comerciais e sociais possibilitou autonomia ao local, que passou a trabalhar com as portas abertas para projetos artísticos. foto:Francisco Emolo Em 2002, “duas experiências nos fizeram enxergar uma possibilidade interessante, da qual a cidade tinha uma carência forte, que é trabalhar com residências, ou seja, abrigar companhias em processo de criação”, explica Karina. O Coletivo Cavallaria, grupo de dança contemporânea, e o Enteléquia, grupo performático, ensaiavam e montavam suas apresentações na Casa. Normalmente, os artistas estão interessados na comunicação da peça com o espaço, que é o cenário e muitas vezes o personagem do espetáculo. Depois de receber esses dois grupos, aconteceram algumas peças de teatro, exposições soltas e lançamentos de livros.
Ravel Cabral Jorge e Adriana La Selva, diretores da Vu-ha, fizeram debates, palestras, criaram discussões, “a peça nasceu aqui e esta é a base do nosso projeto”, garante Karina. “Não temos interesse comercial, queremos que os artistas tenham um espaço de convívio e convergência de diferentes projetos, onde possam aprofundar suas pesquisas”, completa. A Casa do Eletricista, local de muitos ensaios, funciona como sede das residências, coordenadas pelo Núcleo Cultural Casa das Caldeiras. foto:Francisco Emolo No dia 31 de agosto, Tom Zé se apresenta através do projeto Trama Universitário, que pretende reunir a comunidade acadêmica em torno de três pilares: música, informação e trabalho. O show acontece como numa peça de teatro, com histórias narradas em canções que falam sobre a segregação da mulher e o amor. O evento, gratuito e exclusivo para estudantes universitários, começa às 22h com o DJ Jorge Du Peixe e os interessados devem se cadastrar no site www.tramauniversitario.com.br do projeto e seguir suas instruções. A Casa das Caldeiras não está aberta à livre visitação, mas quem deseja conhecer o lugar pode telefonar para 3873-6696 ou enviar um e-mail.
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