UM DOS MELHORES ESPORTES PARA QUEM GOSTA DE COMPETITIVIDADE, NÃO REQUER APENAS PREPARO FÍSICO, MAS EQUILÍBRIO E CONCENTRAÇÃO

T
rabalhar sozinho e gostar de competir são características comuns aos jogadores de tênis, esporte que exige muita concentração e equilíbrio. “Só depende de você”, garante Thales Bon, educador de Prática Desportiva do Centro de Práticas Esportivas da USP (Cepeusp). “O benefício para a saúde é muito grande, aumenta a disposição para o dia-a-dia”, afirma Wagner Roberto Rocha, chefe de compras da Reitoria que treina há quatro anos e há dois joga pela Federação Paulista de Tênis.

foto:Cecília Bastos
“O benefício para a saúde é muito grande, aumenta a disposição para o dia-a-dia”,

Wagner Roberto Rocha

No primeiro semestre o Cepe realiza o torneio individual e, no segundo, o torneio de dupla. Existe também um ranking que varia conforme jogos aos sábados e domingos e bônus acumulados nos torneios. “Há vinte anos, eu fiz um torneio e, a partir dele, uma classificação, assim surgiu o ranking”, explica Bon. “Participo dos torneios e estou em 7º no ranking do Cepe, entrei por volta do 90º. Na Federação, estou na faixa de principiante e pretendo continuar jogando”, conta Rocha.

foto:Cecília Bastos

Thales Bon, no CEPE

“Gosto bastante do esporte, não foi muito difícil chegar entre os 10 primeiros do ranking”, afirma Juan C. Gutierrez Fernandes, professor de matemática do Instituto de Matemática e Estatística (IME). O tênis exercita, principalmente, as pernas e os braços. “O tenista corre, anda, salta, usa a força. É um esporte bem completo”, afirma Bon. Como em qualquer atividade física, alguns cuidados ajudam a promover uma vida saudável sem prejuízos. Por ser um esporte unilateral trabalha-se muito um dos braços, “é necessário exercitar o outro braço para que a pessoa não fique disforme", afirma o educador. Além disso, é preciso ter um bom preparo físico para agüentar todo o tempo de jogo, que pode variar entre 50 minutos e 5 horas”, completa.

foto:Cecília Bastos
“Gosto bastante do esporte, não foi muito difícil chegar entre os 10 primeiros do ranking”

Juan C. Gutierrez Fernandes


Para alguns apenas um esporte, para outros uma paixão. “Foi muito difícil chegar a essa posição, requer muito treinamento” , afirma José Aparecido Marçal, auxiliar de comunicação do Cepe e 1º do ranking, que joga há 23 anos, desde 1989 na USP. “A sensação de ser o primeiro tem um lado bom, você não vê ninguém na sua frente. Em compensação, sabe que tem sempre alguém querendo te derrubar.”

foto:Cecília Bastos
“A sensação de ser o primeiro tem um lado bom, você não vê ninguém na sua frente.”

José Aparecido Marçal


Os alunos se dividem em dois níveis básicos, iniciação e aperfeiçoamento. Sendo que, dentro deste último, existem variações entre quem joga há muito tempo e recém-chegados do primeiro nível. “Jogo desde os 14 anos e hoje tenho 44. O tênis é uma forma de extravasar e recarregar as energias, gosto de competir”, afirma Marcos Borba Jardim, analista de sistemas no Departamento de Informática da Coordenadoria de Administração Geral da USP (Codage). “Entrei no ranking em 1987 na 110ª posição e hoje estou em 3º, foi bastante difícil chegar nessa colocação”, revela Jardim.

foto:Cecília Bastos
“Jogo desde os 14 anos e hoje tenho 44. O tênis é uma forma de extravasar e recarregar as energias, gosto de competir”

Marcos Borba Jardim


Tênis, filtro solar, óculos, boné, raquete, são alguns dos itens que devem estar à mão do tenista. O calçado, em especial, é bastante diferenciado, tem um solado mais duro para não desgastar facilmente, e seu formato arredondado previne contusões nas brecadas. Mas não é a falta desse material que impede alguém de freqüentar as aulas no Cepe. “Alguns vêm sem raquete, porque não sabem se vão gostar e continuar praticando, então, emprestamos por um período, enquanto o aluno não compra”, afirma Bon.