A Bienal e suas novidades incentivam a movimentação cultural da cidade |
Para as escolas que planejarem uma aula fora da rotina para seus alunos, é interessante fazer parte do programa de visitação escolar agendada. Entre os dias 13 e 17, é possível marcar horários (diurno e noturno) para a entrada gratuita de estudantes e professores. Nesse programa, os visitantes recebem um “cheque”, no valor de R$ 1,00, que servirá de desconto para compras a serem realizadas na feira. “Para nós é muito importante trabalhar com o público infantil”, afirma Luciane Leite, diretora da Secretaria de Turismo de São Paulo. “Apesar da cidade abrigar 2,4 milhões de leitores, não é possível afirmar que as pessoas já incorporaram o hábito de ler. Ao incentivar crianças, estamos ajudando na formação do adulto de amanhã.”
Os demais visitantes também terão um pequeno desconto como incentivo para aquisição de livros. O ingresso (R$ 10,00 inteiro, R$ 5,00 meia) vem acompanhado por 10 cupons de R$ 1,00 que funcionam como o “cheque escolar”. A medida pretende aumentar a marca da última Bienal, quando, em média, 72% das pessoas compraram uma obra em exposição.
Outra novidade é o canhoto do bilhete, que poderá ser usado mais tarde para receber desconto em bares, restaurantes, parques, entre outros espaços (veja lista completa). “Isso funciona como um estímulo para que os visitantes da Bienal descubram São Paulo e continuem seu passeio em outros pontos. Ele vai encontrar museus, parques temáticos, vida noturna e tem acesso a uma programação estendida para o resto da cidade. Assim, vai notar que a região ultrapassa apenas um pólo exclusivo para negócios”, afirma Luciane.
Ainda no rumo de incentivos culturais à população, em até um mês depois do término da Bienal será mantida em atividade a campanha São Paulo Pela Leitura. A principal medida do projeto é a busca pelas doações de livros em bom estado, repassando-os em seguida para entidades assistenciais. Através de parcerias, a Secretaria de Turismo espalhou vários pontos de coleta onde as doações podem ser feitas (veja relação desses locais).
Mais do que os 210 mil exemplares à mostra, sendo 3 mil lançamentos, a programação da feira tem uma proposta de interatividade com participação do público e especialistas em diversas áreas literárias. Há espaços reservados para que personagens da cena cultural paulistana, jornalistas, críticos e escritores falem de seus trabalhos e obras numa conversa aberta e gratuita com os visitantes. Em outros pontos da feira, especialistas convidados vão discorrer sobre obras consagradas na literatura mundial. Para conferir datas e horários, veja o site da bienal.
Entre os nomes do cenário nacional aparecem o poeta Ferreira Gullar, a escritora Lya Luft, o cartunista Ziraldo e o crítico esportivo Juca Kfouri, somando o total de 90 convidados. Presenças internacionais como a do colombiano Gabriel García Márquez não passaram, infelizmente, de especulação. No seu lugar foram trazidos Mark Baker, autor de Jesus, o maior psicólogo que já existiu, James Hunter, autor de O monge e o executivo, e Gary Shteyngart, bem-visto pela crítica por romances como O pícaro russo. Ao todo são 20 convidados estrangeiros. A USP marca presença com alguns professores fazendo mediação de encontros e dando palestras. Pela Universidade estão Nilson José Machado, da Faculdade de Educação, e Daniela Auad, doutora em Sociologia da Educação.
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19ª Bienal Internacional do Livro
Local: avenida Olavo Fontoura, 1.209 – Santana
Horário: das 10h às 22h
Ingressos: R$ 10,00. Estudantes e aposentados R$ 5,00. Escritores, professores, bibliotecários e profissionais da área têm entrada franca.
Data: de 9 a 19/3
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