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Laranja
fácil de descascar já é realidade
na Esalq
Saborear uma laranja sem a dificuldade de
ter que descascar. Esse é um dos objetivos
da linha de pesquisa que vem sendo desenvolvida
pelo Laboratório de Pós-colheita
de Frutas e Hortaliças, do Departamento
de Produção Vegetal da Esalq – Escola
Superior de Agricultura Luiz de Queiroz.
O trabalho está associado a um conjunto
de pesquisas que se complementam, com o objetivo
de aumentar a vida útil de produtos
hortifrutícolas e viabilizar sua comercialização.
Pelo baixo custo e por ser difícil
de descascar, a laranja foi escolhida para
iniciar os estudos sobre processamento mínimo,
que visa a gerar tecnologia que permita o
descascamento da fruta em escala comercial,
de forma simples. De acordo com Ângelo
Jacomino, professor do laboratório
e coordenador do estudo, as avaliações
indicaram que, através da imersão
em água aquecida, é possível
reduzir, aproximadamente, 30% do tempo necessário
para o descascamento. “O calor permite também
a retirada completa da película branca
que fica sob a casca chamada albedo”, afirma.
A fruta foi mantida submersa na água
a 50ºC por oito minutos, após
medir a temperatura interna da laranja, de
um a três centímetros de profundidade,
foi observada uma temperatura entre 5ºC
a 10ºC, respectivamente, portanto houve
um leve aquecimento, visto que a temperatura
interna inicial era de 6ºC. Após
a retirada da casca e do albedo, a fruta
apresentou uma durabilidade maior com o resfriamento
e manteve a aparência de recém-
descascada por até doze dias, quando
armazenada a 6ºC e até nove dias
sob uma temperatura de 12Cº.
O aproveitamento dos subprodutos gerados
com os resíduos provenientes do processo é outra
vantagem. A casca pode ser utilizada na extração
do óleo para aplicação
do aroma em essências nas indústrias
de cosméticos e alimentos, doces e
ração animal.
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