![Crédito: Cecília Bastos](ilustras/esportes03.jpg)
“Pode parecer monótono porque não se percebe o movimento dentro
da piscina. Mas, além disso, a água é prazerosa, estamos
em um ambiente aberto, tem muito verde e música. Tudo isso deixa a aula
mais agradável.” Maria de Lourdes Cassis
![Crédito: Cecília Bastos](ilustras/esportes04.jpg)
As professoras do IP aderiram ao deep running
|
|
O gasto
calórico também é um
dos pontos interessantes da modalidade.
A água favorece maior troca de calor
com o corpo do que o ar. Na prática,
isso significa que o “corredor” pode desprender
mais energia durante as atividades aquáticas.
No Cepeusp, as aulas de deep running começaram
há seis anos, parte do Programa
de Fitness na Primavera. “No início,
bastava reservar três raias a piscina
para as classes. Agora são seis”,
conta Maria de Lourdes Cassis, professora
e coordenadora da modalidade.
A corrida nasceu nos Estados Unidos como
uma alternativa para dar continuidade ao
condicionamento de atletas impossibilitados
de treinar devido a lesões. Em seguida,
os praticantes não se limitavam
apenas a esportistas: médicos passaram
a recomendar a atividade para pessoas com
problemas nas articulações
e sedentários em pleno recomeço
de exercícios. Na USP, a procura
maior é de mulheres que desejam
perder gordura, o que não nos impede
de ver aulas mistas com significante participação
masculina.
As professoras do Instituto de Psicologia
(IP) Emma Otta e Patrícia Izzar
freqüentam as aulas por diversão. “Aqui
eu descobri que posso entrar na água
fria”, brinca Emma. “Eu vim há duas
semanas porque a Emma me trouxe!” Mesmo
sem piscina aquecida, mas com a colaboração
do sol, a aula consegue ser agradável.
Durante a atividade, os alunos fazem amizade
porque, em pleno movimento, é constante
o bate-papo.
Gravidez e fibromialgia
Segundo pesquisa realizada pelo reumatologista
Marcos Renato de Assis em sua tese de doutorado
na Unifesp (Universidade Federal de São
Paulo), o deep running pode ser útil
no combate à fibromialgia, doença
caracterizada pela dor crônica, sem
causas ou cura conhecidas. Além
de proporcionar segurança pela ausência
de impacto, foi detectado outro benefício.
A pesquisa comparou dois grupos de mulheres
durante o tratamento. Parte delas realizou
caminhadas, enquanto outra parte praticou deep
running. Ambos os grupos apresentaram
melhora no condicionamento físico
e na redução da dor, mas
o exercício aquático teve
um efeito psicológico mais satisfatório,
refletido no bom humor e relaxamento das
pacientes.
Gestantes também podem procurar
orientação médica
para iniciar a corrida. Para quem se queixa
de mal-estar e “corpo pesado”, a piscina é uma
alternativa. A permanência na água
reduz o estresse nas articulações
e chama a atenção para a
postura, uma vez que o praticante vive
novas posições ao boiar durante
a aula.
As inscrições para aulas
no Cepeusp estão encerradas até o
início do Programa Ácqua,
que acontece nas férias de dezembro
e janeiro. Fique de olho no site www.cepe.usp.br,
onde serão divulgadas as próximas
temporadas. Mais informações
também pelo telefone (11) 3091-3361/
3362. A coordenadora de deep running,
Maria de Lourdes, avisa apenas que é preciso
saber nadar. |