O Neo-Realismo colocou o cinema na rua, filmando em locações fora dos estúdios e com atores não-profissionais, e apesar de a duração do movimento ser relativamente curta, tinha como principal intenção um caráter político. Na mostra deste mês “Olhares Não-Realistas”, com curadoria de Gisella Cardoso Franco, estão reunidos 36 filmes do movimento italiano fundador do cinema moderno, desde clássicos, como Roma, Cidade Aberta (1945), de Roberto Rossellini até A Batalha de Argel (1966), de Gillo Pontecorvo. Também será retratado o diálogo do movimento com o cinema latino-americano em fitas como Os Inundados (Argentina, 1961), de Fernando Birri, e O Jovem Rebelde (Cuba, 1962), de Julio García Espinosa, além de representantes brasileiros do neo-realismo, entre eles O Grande Momento (1958), de Roberto Santos. Ainda estão programados debates e aulas no Cinema Quadro a Quadro.

Centro Cultural Banco do Brasil
R. Álvares Penteado, 112, Centro
T. (11) 3113-3651
H. sessões a partir das 12h30
Ingressos: R$ 4,00 e R$ 2,00
Até 28 de janeiro

Uma homenagem ao mestre do cinema italiano traz uma retrospectiva de sua obra, com filmes como A Doce Vida (Itália/França, 1960), sobre um jornalista de vida humilde que começa a freqüentar o mundo da alta sociedade de Roma; Ginger e Fred (Itália, 1986), dois bailarinos, especialistas na imitação de números musicais de Fred Astaire e Ginger Rogers, se reúnem, após anos de separação, para uma apresentação em um programa de televisão; Oito e Meio (Itália/França, 1963), retratando um cineasta em crise existencial; Mulheres e Luzes (Itália, 1950) mostra uma trupe de saltimbancos em turnê pela Itália, até que uma jovem atriz faz de tudo para entrar na companhia; e Noites de Cabíria (Itália, 1955), sobre a prostituta Cabíria que sonha com riqueza e conforto.

Cine Olido
Av. São João, 473, Centro
T. (11) 3331-8399
H. a partir de 9 de janeiro, de terça a domingo, às 17h e às 19h30
Ingressos: Grátis, com retirada uma hora antes de cada sessão
Até 28 de janeiro