
(Da esq.) Luiz Nunes de Oliveira, coordenador do grupo
de pesquisas que recebeu o PowerPC 970, Tereza Cristina Carvalho,
diretora do CCE e do LCCA, reitora Suely Vilela e Gil da Costa
Marques, diretor da CTI.

Uso do supercomputador já está organizado, mas “o
bolo de carne é menor que a fome dos pesquisadores”, diz
Oliveira. Ele ressalta também o efeito positivo de se compartilhar
o equipamento segundo regulamentação do laboratório: “O
LCCA ganha força dentro da USP, ele estava muito apagado.
E faz difundir conhecimento para uso de máquinas avançadas”.
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A reitora Suely Vilela esteve
presente na cerimônia e fez um discurso de incentivo: “Não
tenho dúvidas de que o supercomputador, aliado
a outros equipamentos de ponta da Universidade, poderá auxiliar
o avanço da pesquisa”.
Antes dela, o professor Gil da Costa Marques, diretor
da CTI (Coordenadoria de Tecnologia da Informação),
enfatizou o papel dos pesquisadores no processo que
levou ao financiamento do computador pela Fapesp (Fundação
de Amparo à Pesquisa do Estado de São
Paulo). “Nenhuma fundação de pesquisa
minimamente séria dá equipamentos para
uma faculdade. A Fapesp só fez isso porque sabe
o que os grupos de pesquisa da USP vão fazer
com ele”, ressaltou. “O grande mérito [pelo
ganho do computador] é dos pesquisadores.”
Para não aglomerar a sala do supercomputador,
houve uma inauguração simbólica/virtual.
Em um telão instalado no hall de entrada do
CCE, foi projetada a imagem de uma cortina que se abriu,
revelando uma placa com a inscrição Blade
Center JS Custer PPC 970 (registro da máquina).
Em seguida, teve a exibição de um vídeo
institucional associando o computador às aplicações
dentro da USP.
Quem pode usar?
Escola Politécnica (EP), Instituto de Astronomia,
Geofísica e Ciências Atmosféricas
(IAG), Instituto de Física (IF), Instituto de
Química (IQ), Instituto de Matemática
e Estatística (IME) são algumas das primeiras
unidades beneficiadas.
O ex-pró-reitor de Pesquisa e professor do
Instituto de Física de São Carlos (IFSC),
Luiz Nunes de Oliveira, coordenou 66 grupos de pesquisadores
que se reuniram para justificar o investimento da Fapesp,
em 2004. A esses grupos ficou reservado 90% do tempo
de uso do computador durante os dois primeiros anos.
Para quê serve o computador?
Durante o workshop na Poli, cinco pesquisadores com
prioridade para uso mostraram as necessidades de suas
pesquisas. Estavam presentes João Batista (Poli),
Marco Gubitoso (IME), Marília Caldas (IF), Ricardo
de Camargo (IAG) e Sérgio Verjovski (IQ).
“O Brasil tem uma série de pesquisas que não
avançam ou não são aplicadas em
projetos por falta de equipamentos capazes de rodar
os dados,” apontou o professor Batista. Ele mencionou
exemplos de mestrados e doutorados da Poli, como estudos
sobre os sistemas de vigilância e controle de
tráfego aéreo, que agora devem deslanchar
em suas análises probabilísticas e em
outras séries longas de cálculos. |
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Para o professor Ricardo de Camargo
(IAG), o supercomputador vai auxiliar a manipulação
de arquivos pesados e o suporte de softwares para visualização
3D das modelagens atmosféricas e circulações
oceânicas. “A idéia é ajudar as previsões
para melhorar nosso produto de pesquisa,” explicou.
A professora Marília (IF) expôs os requerimentos
da investigação nanotecnológica,
mas antes brincou: “Eu já estive dos dois lados:
como usuária de computação avançada
e como diretora do LCCA (Laboratório
de Computação Científica Avançada),
que fornece as soluções em informática
avançada. Agora, novamente como usuária,
quero ser a persona chata. Pretendo pedir todo o necessário
para as pesquisas”. |