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Nasce - com S de social
Núcleo
de Apoio Social, Cultural e Educacional da USP Leste
prima por gratuidade e promoção social
aliada a ensino e pesquisa
![divulgação](ilustras/conheca03.jpg)
Osusp faz a primeira apresentação do Projeto Cultura
Musical na Praça 1º de Maio, em Ermelino Matarazzo
, com a participação de Wellington Nogueira, dos
Doutores da Alegria.
![Jorge Maruta](ilustras/conheca04.jpg)
“Assim que nós chegamos a cada empresa, a cada colaborador, eles nos abriram
a porta e perguntaram – o que vocês querem que a gente faça?” Sargento
Laércio Mariano
![Jorge Maruta](ilustras/conheca05.jpg)
“Chegou a hora de abrirmos realmente as portas e mostrar que aqui tem um trabalho
disponível para as comunidades” Gislaine Silva Pereira
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![](img_internas/teste.gif) |
Projeto Cultura Musical leva música clássica
para as ruas da zona leste e divulga o Nasce
Ao som de violinos,
flautas, contrabaixos, trombones e todos os instrumentos
que compõem uma orquestra, os moradores de Ermelino
Matarazzo acordaram, surpresos, numa manhã de
maio de 2007. A apresentação da Orquestra
Sinfônica da USP (Osusp) dava início a
uma série de cinco concertos, que acontecerão
no decorrer do ano. Os eventos fazem parte do Projeto
Cultura Musical, desenvolvido pelo Nasce – Núcleo
de Apoio Social, Cultural e Educacional da USP Leste – em
parceria com a Base Comunitária da Polícia
Militar de Ermelino Matarazzo, com o apoio de vários
empresários da região.
Além de proporcionar o contato com um estilo
de música ainda pouco difundido nas comunidades
da região, o projeto surgiu com a intenção
de divulgar o trabalho do Nasce e desmistificar a imagem
de que a polícia só oprime, mostrando
sua atuação no campo social. Os idealizadores
do projeto, Gislaine Silva Pereira, gerente do Nasce,
e Laércio Mariano, sargento da Base Comunitária
da Polícia Militar de Ermelino Matarazzo, contam
que a organização fluiu com uma facilidade
surpreendente.
Ao entrar em contato com o maestro Carlos Moreno,
da Osusp, o retorno positivo foi imediato. Agora, faltava
providenciar toda a infra-estrutura necessária
para a realização do primeiro concerto. “Tivemos
surpresas muito agradáveis. Nós fomos
conversar com a subprefeitura para pedir autorização,
porque precisava fechar a rua. Quando chegamos lá,
o subprefeito leu o projeto e falou – perfeito, o palco
e o som são por minha conta. Isso significava
menos quarenta mil reais para nos preocuparmos”, relata
Gislaine, entusiasmada.
Com a colaboração de empresas da região,
rapidamente foram conseguidos cartazes de divulgação,
transporte de instrumentos e músicos e alimentação. “Assim
que nós chegamos a cada empresa, a cada colaborador,
eles nos abriram a porta e perguntaram – o que vocês
querem que a gente faça? Conseguimos o transporte
de instrumentos até o final do ano, ônibus
para transporte de músicos, confecção
e impressão de cartazes. Foi só apresentar
o projeto e oferecer a parceria. Eles foram unânimes
em nos ajudar”, comemora o sargento Mariano.
Gislaine conta que, por terem sido criados na zona
leste, muitos empresários quiseram dar o seu
apoio ao projeto. Esse espírito de comunidade
pôde ser vivido, inclusive, no dia do primeiro
concerto, que ocorreu em 27 de maio, com a presença
da Osusp e de Wellington Nogueira, criador do grupo
Doutores da Alegria. O Nasce não tinha condições
de contratar ninguém para fotografar o evento.
No entanto, várias pessoas da comunidade fizeram
fotos com suas próprias câmeras e as disponibilizaram.
O resultado foi a elaboração de um DVD
com inúmeras imagens e até alguns vídeos
do concerto.
A segunda apresentação do Projeto Cultura
Musical ocorreu no último dia 29 de julho, com
a Banda do Exército. Ainda estão previstos
mais três concertos, nos dias 23 de setembro,
18 de novembro e 16 de dezembro. Segundo Gislaine,
a reação das comunidades tem sido muito
positiva. Volta e meia alguém pára no
Nasce para agradecer ou perguntar sobre a próxima
apresentação. “Estamos aqui há três
anos e tem muita gente que ainda não nos conhece.
Chegou a hora de abrirmos realmente as portas e mostrar
que aqui tem um trabalho disponível para as
comunidades”, finaliza a gerente do Nasce. |