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O Cepê de cara nova: R$ 728 mil investidos para melhorar o preparo físico do uspiano

Exercitar o corpo é saúde. É qualidade de vida. Dá prazer para quem pratica todos os dias. Tem aqueles que não conseguem dar o primeiro passo para começar uma prática esportiva, mas quando superam o bloqueio, se tornam amantes e a incorporam ao seu dia-a-dia como o ato de dormir e comer. Em razão do aumento do número de freqüentadores do Centro de Práticas Esportivas da USP (Cepeusp), em busca desse prazer e de qualidade de vida, um amplo projeto de remodelação tem sido aplicado, para dar mais infra-estrutura e beleza ao espaço que a Universidade oferece para seus 84 mil integrantes, entre professores, alunos e funcionários, seus dependentes e ainda pessoas da comunidade externa.
No último dia 25, foram entregues várias quadras poliesportivas, agora de cara nova, reluzindo nas cores verde e azul, com uma capa asfáltica flexível própria para pisos de quadras esportivas ao ar livre, com a função de amortecer possíveis quedas dos atletas. Tanto o alambrado como a iluminação foram trocados.
Na busca de um espaço de qualidade para o esporte, o Cepê vem passando desde 2001 por uma série de reformas em suas dependências, “o que permitiu a ampliação do número de vagas nos cursos oferecidos, além de garantir maior conforto para os atletas”, observa o professor Pascoal Tambucci, assistente de direção.
A partir dos R$ 728 mil liberados pela Reitoria, o centro reformou, além das quadras, vestiários, coberturas e pisos e fechou o campo de futebol com uma grade novinha em folha. Sem contar a reforma paisagística feita para alegrar os olhos dos esportistas, com flores, pequenos jardins contornados por pedregulhos, raspas de xaxim e muita folhagem escolhida a dedo para compor um cenário aprazível.

Funcionário mais bem treinado

A reforma do Cepeusp não se ateve à estrutura física. Também passou por mudanças o corpo de funcionários, que receberam reciclagem através de cursos e ficaram mais bem preparados tecnologicamente para um atendimento eficiente e rápido. “Essas melhorias acabam culminando num ambiente de trabalho saudável e conseqüentemente num serviço de atendimento à comunidade mais adequado”, observa Tambucci.
Basicamente 75% dos programas elaborados no Cepê são para atender à comunidade universitária e 25% à comunidade externa. Tambucci diz ser importante a contribuição que o Centro de Práticas Esportivas dá para melhorar o entrosamento entre a Universidade e comunidades do entorno do campus.
O boxe e a musculação são outras áreas que passaram a ter um espaço próprio para alojar equipamentos, que antes ficavam expostos embaixo do Velódromo, sem sala própria, o que acabava gerando perdas e desgaste desnecessário.
Sob a orientação do especialista em boxe professor Luis Carlos Fabre, os praticantes dessa modalidade de esporte agora têm um ringue para lutar, confeccionado pelos funcionários do Cepê.
Marino de Castro Mirante, inspetor de qualidade, conta que a equipe responsável pela construção do equipamento assistiu a vídeos de luta de Mike Tyson para compor o novo ringue. “Levamos dois meses pesquisando. Mas o resultado ficou bom. Não devemos nada para os ringues profissionais”, orgulha-se.
A sala de musculação é disputadíssima. Com aparelhos espalhados por todos os cantos, os freqüentadores utilizam os materiais disponíveis como bicicletas, esteiras, pesos, alteres. É gente se esticando e alongando de todas as formas e jeitos.
Dança, step e fitness também têm seu canto. Com espelhos espalhados por todo o comprimento e largura da parede, barras de ginástica e piso próprio para impacto, os aficcionados pela boa forma sobem e descem um tipo de banqueta, uma centena de vezes, buscando o corpo ideal.
Quem trabalha a todo vapor para colocar a casa em ordem são as oficinas de marcenaria e serralheria. A maioria dos objetos é confeccionada nessas oficinas, como as placas indicativas, lixeiras, floreiras, bancos e armários. Criatividade e disponibilidade é o que não falta para os funcionários, que se encantam com o espaço do Cepê e trabalham para que tudo fique bonito e em ordem.
As mudanças não param por aí. Ainda estão previstas reforma nas quadras de tênis e cobertura das quadras poliesportivas 7 e 8, ao lado dos módulos cobertos. Em fase final estão as quadras cobertas. Algumas delas já receberam sinteco, placas laterais para melhorar a acústica e abafar o barulho, e troca das telhas plásticas velhas para aumentar a iluminação natural.
A raia olímpica é outro setor que está merecendo atenção especial. Com portaria nova, está mais acolhedora. Todo dia tem gente remando, ou arrumando as canoas, faça sol ou faça chuva. É uma questão de hábito e prazer.
Todo esse investimento, inevitavelmente, tem feito aumentar a procura pelas práticas esportivas do Cepê. Tambucci conta que em razão de as pessoas estarem interessadas em adquirir mais saúde através do esporte, como um antídoto contra o envelhecimento, o Cepê precisou acompanhar a evolução dos espaços procurando adequar as necessidades das novas atividades que surgem freqüentemente.
Segundo João Carlos Kanaan, diretor administrativo e financeiro, há dois anos os esportistas não passavam de 2.700 (inscritos). “Nesse primeiro semestre do ano, depois de informatizar as inscrições, já estamos com 4.650 alunos. Tem dia que estamos batendo o recorde de atendimento, em torno de 7 mil pessoas”, informa.
Um grupo de alunas, de vários períodos, do curso de Biologia do Instituto de Biociências vai toda tarde praticar futsal e handebol. As meninas até participam das copas organizadas pela USP. “Depois da reforma vamos poder treinar com mais tranqüilidade, porque antes não sobrava espaço para tanta gente. As quadras estavam muito disputadas”, ressaltam.

 


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O Jornal da USP é um órgão da Universidade de São Paulo, publicado pela Divisão de Mídias Impressas da Coordenadoria de Comunicação Social da USP.
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