CLONAGEM HUMANA
Uma tecnologia para o bem da
humanidade

Em tramitação no Senado Federal, um projeto de lei do senador Sebastião Rocha (PDT-AP) prevê o uso de células do corpo humano para fins terapêuticos através da clonagem — um procedimento vedado pela legislação atual. Se aprovado, os cientistas poderão fazer pesquisas que permitam, a partir de uma única célula, criar tecidos para reconstituir órgãos degenerados. Uma pessoa com problemas cardíacos, por exemplo, poderia doar uma célula que, cultivada em laboratório, daria origem a tecidos do coração. Estes seriam implantados no portador da deficiência sem nenhum risco de rejeição. O mesmo se daria com tecidos dos rins, do fígado ou do pulmão.A técnica, porém, não serve para os mais de 5 milhões de brasileiros portadores de doenças genéticas, já que todas suas células apresentam a moléstia. Para eles, a solução está nas células embrionárias, extraídas de embriões em estágios muito iniciais de desenvolvimento e capazes de se transformar em qualquer tecido desejado. Usar tais células, porém, continua proibido pelo texto do senador. “Muitos embriões são descartados pelas clínicas de fertilização artificial”, afirma a professora Mayana Zatz, do Centro de Estudos do Genoma Humano da USP. “Por que não podemos usá-los para salvar milhares e milhares de vidas?
especial>>
  NESTA EDIÇÃO

 

e-mail para
jornausp@edu.usp.br

 


O Jornal da USP é um órgão da Universidade de São Paulo, publicado pela Divisão de Mídias Impressas da Coordenadoria de Comunicação Social da USP.
[EXPEDIENTE] [EMAIL]