A
equipe da Consultoria Jurídica (CJ) da USP aumentou.
Foram contratados mais dez advogados que, a partir deste mês,
vão se juntar aos 24 profissionais que já atuam no
setor. A contratação dos novos advogados tem como
objetivo aumentar a agilidade do trabalho desenvolvido pela Consultoria,
que nos últimos cinco anos emitiu uma média de 2 mil
pareceres anuais e possui cerca de 3 mil ações em
andamento. “Com uma maior quantidade de pessoas, será
possível diminuir o tempo de desenvolvimento das atividades.
A qualidade continuará a ser a de sempre, já que qualidade
é algo que não se pode perder em hipótese nenhuma.
Problemas jurídicos não resolvidos adequadamente,
ainda que venham com uma resposta rápida, persistem eternamente”,
destaca o procurador-chefe da CJ, João Alberto Schützer
Del Nero.
Os
advogados contratados passaram por um processo de seleção
que privilegiou, entre outros aspectos, uma sólida formação
intelectual dos candidatos. Depois disso, entraram em um período
de “imersão”, com duração de um
mês, para se familiarizar com o trabalho e os temas jurídicos
de maior relevância e incidência dentro do ambiente
uspiano. “São pessoas que contribuirão muito
com o desenvolvimento das atividades da Universidade e serão
capazes de compreender todas as dimensões dos problemas com
os quais lidamos”, explica Del Nero.
Dos
dez advogados contratados, quatro estarão alocados nos campi
do interior — Bauru, Ribeirão Preto, Piracicaba e São
Carlos —, consolidando o projeto de descentralização
dos trabalhos da Consultoria Jurídica. Especificamente o
campus de Pirassununga será atendido pelo mesmo profissional
de Piracicaba. “A descentralização dos procedimentos
administrativos faz parte de uma das metas apresentadas pelo professor
Melfi durante o processo eleitoral. Esse é o coroamento da
proposta feita durante a campanha”, comentou o chefe de Gabinete
da Reitoria, professor Celso de Barros Gomes, que representou o
reitor Adolpho José Melfi nas reuniões locais com
os diretores das unidades e órgãos e os prefeitos
dos campi. Tais eventos foram realizados in loco em conjunto com
o procurador-chefe da USP para a apresentação dos
novos funcionários, entre os dias 12 e 13 de setembro.
“Existem
dúvidas jurídicas que podem ser resolvidas através
de uma consulta rápida. São dúvidas razoavelmente
simples que a mera presença de alguém com formação
jurídica já é capaz de solucionar e dar orientações
de maneira mais imediata. Além disso, em consultas que seguem
para a CJ por escrito, o advogado avaliará que tipo de informações
deveriam acompanhar o processo, agilizando, dessa forma, as nossas
atividades”, considera Del Nero, que estima que o trabalho
oriundo do interior represente 30% do total desenvolvido na Consultoria.
Periodicamente, esses advogados se reunirão, em São
Paulo, para discutir o andamento do trabalho.
Uma
peça na engrenagem
Em
Bauru, a recepção ao novo membro da Consultoria Jurídica
foi calorosa. O prefeito do campus, José Fernando Castanha
Henriques, acredita que a presença de um advogado irá
estreitar a ligação com a Consultoria. “É
a peça que faltava na engrenagem para nos auxiliar e orientar
em todas as dúvidas”, disse. E continuou: “Faremos
tudo para que a convivência seja a melhor possível”.
Para
o superintendente do Hospital de Reabilitação de Anomalias
Craniofaciais, o Centrinho, também em Bauru, José
Alberto de Souza Freitas, o advogado terá um papel de “tradutor”
dos termos técnicos da área. “Um professor da
área de biológicas não está acostumado
a lidar com conceitos jurídicos, por exemplo, e a participação
direta de um membro da CJ nos trará uma grande tranqüilidade”,
afirmou.
O vice-diretor
da Faculdade de Odontologia de Bauru, Luiz Fernando Pegoraro, completou:
“Somos dentistas e o advogado no campus será a ponte
entre nós e o mundo jurídico”.
Satisfação
era o sentimento que pairava durante a reunião que apresentou
o advogado à comunidade acadêmica de Ribeirão
Preto. O diretor da Faculdade de Medicina, Ayrton Custódio
Moreira, destacou que a descentralização da CJ é
uma promessa do reitor – “não-eleitoreira”,
fez questão de ratificar – que está sendo cumprida.
O diretor
da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, Oswaldo Baffa
Filho, manifestou satisfação na consolidação
das medidas, no que foi seguido pela diretora da Faculdade de Ciências
Farmacêuticas, Maria de Lourdes Pires Bianchi, pela diretora
da Faculdade de Odontologia, Sada Assed, pelo supervisor da Escola
de Comunicações e Artes, Rubens Ricciardi, pelo diretor
do Centro de Informática, Antonio Caliri, e pelas professoras
da Escola de Enfermagem Evelin Carnio e Margarita Villar Luis. Para
a prefeita do campus de Ribeirão, Emília Campos de
Carvalho, a participação de todos nesse projeto será
importante. "Ofereceremos todo o auxílio para o sucesso
desse intercâmbio", disse.
Participação
e interação
A participação
e a interação de todos os envolvidos também
foram pontos destacados pelo diretor do Instituto de Física
de São Carlos, Roberto Mendonça Faria, para o aperfeiçoamento
do processo de descentralização dos trabalhos da CJ.
“Há muito tempo esse tema é discutido e qualquer
experimento nesse sentido é importante”, ressaltou.
Durante
a reunião no campus, foram levantados alguns pontos referentes
à sistemática do trabalho, devidamente esclarecidos
pelo procurador-chefe e pelo chefe de Gabinete da Reitoria.Também
estiveram presentes à reunião o diretor da Escola
de Engenharia, Eugênio Foresti, o prefeito do campus, Dagoberto
Dario Mori, o diretor do Instituto de Ciências Matemáticas
e de Computação, Plácido Zoega Taboas, o vice-diretor
do Instituto de Química, Miguel Neumann, o vice-diretor do
Centro de Informática, Adilson Gonzaga, e o diretor do Centro
de Divulgação Científica e Cultural, Dietrich
Schiel.
Em
Piracicaba e em Pirassununga, a presença de um advogado era
mais do que esperada. “Dada a imensidão do campus,
há uma grande demanda”, explicou o prefeito do campus
de Piracicaba, Marcos Vinícius Folegatti. Para ele, “a
presença de uma pessoa que entenda das leis vai ampliar o
conhecimento de todos a respeito do tema e nos ajudar a gerir nossos
problemas”. Para Marcus Antonio Zanetti, prefeito do campus
de Pirassununga, “essa era uma reivindicação
antiga”.
O diretor
da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, a Esalq, em Piracicaba,
Júlio Marcos Filho, acrescentou que o papel do dirigente
será essencial para facilitar o trabalho. “A agilização
é o que mais se pleiteia”, observou. Tanto o diretor
do Centro de Informática, Hilton Thadeu Zarate do Couto,
quanto o diretor do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena),
Reynaldo Luiz Victoria, expressaram satisfação em
receber o novo profissional.
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