COMPORTAMENTO
Violência na família, pior que na TV


Pesquisa da Associação Americana de Psicologia conclui que homens expostos na infância à violência na televisão cometem até três vezes mais crimes ou atos agressivos na fase adulta do que os não expostos; as mulheres na mesma situação registram até quatro vezes mais brigas e agressões. Mas a questão é polêmica. Psicólogos da USP consideram que a violência na família tem efeitos muito mais danosos nas crianças do que a ficção na TV. A coordenadora do Laboratório de Pesquisa sobre Infância, Imaginário e Comunicação (Lapic), da ECA, Elza Pacheco, desaconselha o controle externo da programação televisiva, pois, “a criança tem que participar daquilo que lhe é ou não permitido”. O Lapic está transformando em livro duas pesquisas sobre criança e televisão. Entretanto, à semelhança do que ocorre na Europa, onde países têm legislações específicas e órgãos regulamentadores para garantir a proteção à infância, a sociedade civil e o poder público estão se organizando no Brasil para promover debates sobre a qualidade da programação na TV. O Ministério da Justiça já regulamentou a transmissão por horários e faixas de idade dos espectadores e o Estatuto da Criança e do Adolescente prevê que “as emissoras de rádio e televisão somente exibirão, no horário recomendado para o público infanto-juvenil, programas com finalidades educativas, culturais e informativas”. Controle ético contra abusos não se confunde com censura.
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ORIENTE MÉDIO

Democracia, nem sempre o melhor modelo

Norte-americanos e britânicos reuniram dia 15 de abril, na cidade histórica de Ur, líderes políticos e religiosos iraquianos para debater o futuro do país arrasado pela guerra. Outro encontro está marcado para esta sexta-feira (25). Entre as propostas dos vencedores está a de criar um sistema federal democrático. “Um contra-senso”, afirma a professora de História Contemporânea da USP Maria Aparecida de Aquino, para quem “o Iraque tem que encontrar seu próprio caminho. A intervenção externa é prejudicial, pois leva-se gerações para criar hábitos democráticos”. Outro professor, Rafael Villa, de Ciência Política, concorda com a historiadora e aponta o perigo de impor modelos que não correspondem em nada à cultura iraquiana. internacional>>


O vilão da Previdência é outro

Cuidado com a propaganda que, a pretexto de incentivar a reforma, quer transformar o servidor público no grande vilão do déficit da Previdência. A advertência é da professora Odete Medauar, da Faculdade de Direito da USP, que exige mais transparência nos números do rombo: “Nos últimos oito anos foram desviados R$ 30 bilhões do sistema previdenciário para outros gastos que não aposentadorias. Além disso, a Previdência tem um crédito a cobrar de devedores diversos da ordem de R$ 100 bilhões”. nacional>

 

 

 

Uma semana na vida dos grafiteiros

O Museu de Arte Contemporânea da USP pôs à disposição dos grafiteiros um mural em que a regra é a liberdade de protestar contra a regra. Os artistas de rua, integrantes do Projeto Aprendiz, foram convidados a participar da programação comemorativa dos 40 anos do MAC. Rafael, Japo, Atho, Mazu, Arthur, Ciro, Zezão, Dinho, Tim e Boleta divertiram-se durante uma semana na criação de um painel gigante. especial>

 

 



Aviso
O Jornal da USP não circulará na semana dos dias 28 de abril a 04 de maio de 2003

 

 
 
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