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Massambani: mais acesso à USP

 

 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Agopyan: parcerias facilitadas

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



Com uma fatia de 25% de toda a produção científica brasileira, a USP tem muito a colaborar para a promoção do crescimento do País, já que pesquisa, conhecimento e tecnologia constituem, como se sabe, eixo estratégico do desenvolvimento das nações. Como numa via de duas mãos, na qual de um lado está o saber e do outro os que se servirão dele, o questionamento que se fazia era como colocar o conhecimento gerado na Universidade à disposição de quem precisa e, ao mesmo tempo, trazer para a Universidade experiências externas. A resposta veio com a criação da Agência USP de Inovação, uma iniciativa que objetiva “estabelecer estratégias de relacionamento entre a USP, os poderes públicos e a sociedade, dando suporte ao intercâmbio e aplicação de novas idéias em produtos e serviços, com a finalidade de promover o desenvolvimento socioeconômico estadual e nacional”, diz o coordenador do projeto, Oswaldo Massambani, professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP.

Se, por um lado, a recém-promulgada Lei de Inovação representa um primeiro passo do governo federal no sentido de criar melhores condições para a cooperação entre universidades e empresas, a Agência USP de Inovação vem suprir a mesma lacuna, porém do outro lado do balcão. “Muitos reclamam da dificuldade de acesso à Universidade. O contato contínuo com a sociedade geralmente se dá por iniciativa dos professores. Mas se uma instituição ou uma pessoa quer procurar algo específico ou realizar algum projeto em conjunto, não sabe em que porta bater e, no entanto, a Universidade tem a obrigação de passar para a sociedade o conhecimento acumulado. A Agência USP de Inovação virá não só resolver essas dúvidas, mas facilitar esse intercâmbio”, diz o professor da Escola Politécnica Vahan Agopyan, um dos docentes que integraram o grupo de trabalho constituído em abril de 2004 pelo reitor Adolpho José Melfi para desenhar as diretrizes do projeto. “A agência será uma forma de transferir conhecimento e tecnologia e assim aumentar a competitividade das empresas, colaborando para a geração de emprego e renda”, acrescenta Massambani. Também participaram do grupo de trabalho os professores Francisco Romeu Landi – já falecido –, Gilberto Tadeu Shinyashiki, Guilherme Ary Plonski, Jacques Marcovitch, José Antonio Franchini Ramires, Raul Machado Neto, Sérgio Muniz Oliva Filho, Vanderlei Salvador Bagnato e Wanderley Messias da Costa.

Estrutura

A Agência USP de Inovação pode ser definida como uma “rede de cooperação” que se organizará através de pólos, segundo o coordenador do projeto. Em cada campus haverá um Pólo USPInovação, encabeçado pelos presidentes das Comissões de Pesquisa e de Cultura e Extensão Universitária das diferentes unidades. O campus da Capital, por sua vez, contará com três deles: um voltado para ciências da vida, outro para ciências humanas e sociais e outro direcionado para ciências exatas, da terra e engenharias.

Todos os pólos se comunicarão através da rede (veja a figura abaixo), sendo que cada um deles será constituído conforme a vocação e as potencialidades de cada campi ou região. Tais unidades contarão com uma estrutura mínima de apoio que deverá ser auxiliada pelos órgãos da administração central da Universidade.
O Grupo de Assessoramento ao Desenvolvimento de Inventos (Gadi) – ligado à Coordenadoria Executiva de Cooperação e Atividades Especiais (Cecae) da USP – passará a integrar a Agência USP de Inovação, o que otimizará e ampliará a promoção do patenteamento da produção universitária. O Gadi (www.ce cae.usp.br/gadi) atua como um intermediador entre os órgãos ou entidades envolvidas com a propriedade intelectual, sejam internas ou externas à Universidade.

Parceiros europeus – Regulamentada no final de fevereiro, a Agência USP de Inovação ainda está em fase de implantação, mas já articula parcerias. Seu local físico ainda não foi definido, mas os contatos com parceiros potenciais já começaram. No dia 8 de março, o embaixador suíço Rudolf Baerfuss reuniu-se com o professor Massambani, com o reitor Adolpho José Melfi, com o pró-reitor de Pesquisa, Luiz Nunes de Oliveira, e coordenadores da Comissão de Cooperação Internacional (CCInt) para “agendar uma pauta de cooperação entre a USP e universidades, empresas e órgãos suíços”.

“A agência ainda está em processo de construção, pois a USP é muito grande e rica em diversidade. Trabalhamos com a fronteira do conhecimento e podemos funcionar como um fator diferencial na sociedade. Existem grandes empresas que desenvolvem pesquisas para se tornarem mais com-petitivas. Então, por que não realizarmos essas iniciativas em conjunto, já que a Universidade tem tanto conhecimento a oferecer?”, diz Massambani.

Contatos podem ser feitos com o coordenador da Agência USP de Inovação através do e-mail massambani@usp.br.

 

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O Jornal da USP é um órgão da Universidade de São Paulo, publicado pela Divisão de Mídias Impressas da Coordenadoria de Comunicação Social da USP.
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