PROCURAR POR
 NESTA EDIÇÃO
  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Cristina: em busca de mais
público


O
Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE) da USP coordena neste ano a 5a Semana dos Museus da USP, uma iniciativa da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária, que acontecerá nos dias 9 a 13 de maio, no Anfiteatro Camargo Guarnieri, na Cidade Universitária, e terá como tema central “As Ações Afirmativas em Museus: Educar e Preservar”. É um evento dedicado a debates e intercâmbio de experiências que buscam discutir questões museológicas, procurando aproximar estudantes e profissionais interessados no desenvolvimento dos museus. Uma novidade nesta edição do evento é o Seminário de Avaliação do Programa de Apoio a Museus Brasileiros, coordenado pela Fundação Vitae, que durante dez anos apoiou financeiramente projetos vinculados a museus.

Através de mesas-redondas, palestras, grupos de trabalho, comunicações e painéis, o evento pretende analisar as ações afirmativas do ponto de vista da estratégia dos projetos educativo-culturais como processo de inclusão social dos museus, o processo curatorial, o papel da pesquisa e os modelos de gestão. “Em vários outros organismos que trabalham com cultura e preservação, temos prestado muita atenção nas possibilidades de ter maior acessibilidade do público aos museus”, afirma a professora Cristina Bruno, professora do MAE e coordenadora da semana.

Cristina destaca que as ações afirmativas se referem a questões que são de interesse cultural e relacionadas ao preconceito e à marginalidade. Segundo a professora, nas últimas décadas os museus têm se preocupado bastante com essas ações. Elas incluem medidas como eliminação de barreiras arquitetônicas, melhoria do acervo e várias atividades voltadas para a ampliação do público visitante. “Questões como essas precisam ser discutidas.”

Quatro enfoques

A 5a Semana dos Museus da USP vai focar seu tema na educação e na preservação. Para isso foram criados quatro enfoques: inclusão social, processo curatorial, o papel da pesquisa e modelos de gestão.

Quanto à inclusão social, o evento pretende discutir os desafios que as instituições museológicas têm enfrentado no sentido de possibilitar a acessibilidade aos seus espaços e aos temas abordados em suas exposições e como traçar estratégias de projetos educativo-culturais. Da mesma forma, serão tratadas as questões inerentes à ausência de algumas expressões culturais nos acervos museológicos.

O processo curatorial discutirá a recente tendência de segmentar os museus, separando os sentidos e significados da herança patrimonial, fragmentando fruição do acervo e possibilitando diferentes entendimentos sobre as mesmas coleções. “Dizemos por processo curatorial um conjunto de atividades científicas e técnicas que os museus desenvolvem, especialmente os universitários, desde a pesquisa básica, passando por tudo o que corresponde à salvaguarda dos acervos e da educação”, explica Cristina.

A questão da pesquisa versará sobre os acervos gerados em função dos processos de investigação e ensino universitários e os seus respectivos derivados museológicos, no que se refere aos compromissos de salvaguarda e comunicação. Cristina explica que a intenção é chamar a atenção para o que acontece do lado interno de um museu universitário, como se fazem às pesquisas, como são seus laboratórios etc.

O quarto enfoque tratará das relações entre os distintos modelos de gestão museológica, as especificidades das ações sistêmicas e em rede, as potencialidades de auto-sustentabilidade dos processos museológicos e, em especial, as metodologias de trabalho que aproximam as ações de gestão dos processos curatoriais. “Existe uma multiplicidade de modelos, de organizações sociais, assim como os museus universitários têm um modelo próprio de gestão, que queremos trazer à tona, num evento como este, para que todos tenham noção dos novos processos de gestão”, ressalta Cristina.

A capacitação profissional e a formação profissional para museus – temas presentes desde a primeira versão da semana – não serão esquecidas. Segundo Cristina, a formação museológica dada na USP atualmente é bastante diversificada, incluindo disciplinas optativas de graduação e o curso de especialização em Museologia do MAE, além das unidades que desenvolvem linhas de pesquisa em museus. “Por isso teremos como atividade paralela lançamentos de livros, que são produções da própria Universidade”, diz Cristina. Um dos lançamentos será Entre cenografias – O museu e a exposição de arte no século 20, da professora Lisbeth Rebollo.

 



Educação e preservação da cultura

 

Esta é a programação completa da 5a Semana dos Museus da USP

Dia 9 de maio (segunda-feira)
9 horas. Abertura, com Adilson Avansi de Abreu, pró-reitor de Cultura e Extensão Universitária da USP, Regina Weinberg, diretora da Fundação Vitae, e Juca Ferreira, secretário-executivo do Ministério da Cultura.
10 horas. Palestra “O Programa de Apoio a Museus Brasileiros (Pamp) da Fundação Vitae”, com Gina Gomes Machado, gerente de Projetos da Fundação Vitae.
11h30. Mesa-redonda “O PAMB e os processos museológicos”. Coordenação: Cristina Bruno, do Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE) da USP. Participação: Denise Grinspum, do Museu Lasar Segall, Vera Alencar, do Museu Castro Maya, do Rio de Janeiro, Marcus Granato, do Museu de Astronomia e Ciências Afins, do Rio de Janeiro, e José Carlos Levinho, do Museu do Índio, do Rio de Janeiro.
14h30. Mesa-redonda “O Pamb e o fortalecimento dos enfoques de áreas museológicas”. Coordenação: Marcelo Araújo, da Pinacoteca do Estado. Participação: Carlos Roberto Brandão, do Museu de Zoologia da USP, Gedley Braga, do MAE, Denise Peixoto, do Museu Paulista da USP, e Vera Lúcia Bottrel Tostes, do Museu Histórico Nacional, do Rio de Janeiro.
16h30. Mesa-redonda “O impacto do Pamb na prática museológica brasileira”. Coordenação: Solange Godoy, consultora em Museologia, do Rio de Janeiro. Participação: Rosangela Brito, do Sistema Integrado de Museus, de Belém do Pará, Moacir dos Anjos, do Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães, do Recife, Paulo Herkenhoff, do Museu Nacional de Belas Artes, do Rio de Janeiro, e Claudia Ferreira, do Centro Nacional de Cultura Popular, do Rio de Janeiro.

Dia 10 de maio (terça-feira)
14h30. Mesa-redonda “Ações afirmativas em museus: as perspectivas dos espaços museológicos da USP”. Coordenação: Adilson Avansi de Abreu. Participação: Murillo Marx, diretor do Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE), Eni de Mesquita Samara, diretora do Museu Paulista, Carlos Roberto Brandão, diretor do Museu de Zoologia, e Elza Ajzenberg, diretora do Museu de Arte Contemporânea (MAC).
17 horas. Palestra “Ações afirmativas em museus: perspectivas museológicas”, de Ulpiano Toledo Bezerra de Meneses, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP.

Dia 11 de maio (quarta-feira)
9 horas. Mesa-redonda “Inclusão social: desafios museológicos”. Coordenação: Marisa Coutinho Afonso. Participação: Amanda Tojal, da Pinacoteca do Estado, Cesareo Moreno, do Mexican Fine Arts Center Museum, de Chicago, nos Estados Unidos, Edithe Pereira, do Museu Paraense Emílio Goeldi, em Belém do Pará, Alexandre Dias, da Rede Memória da Maré, do Rio de Janeiro, e Camilo de Mello Vasconcellos, do MAE.
11 horas. Comunicações. Coordenação: Márcia Fernandes Lourenço, do Museu de Zoologia da USP.
14h30. Comunicações. Coordenação: Márcia Fernandes Lourenço.
17 horas. Painéis.

Dia 12 de maio (quinta-feira)
9 horas. Mesa-redonda “Processo curatorial: metodologias de trabalho”. Coordenação: Marilúcia Botallo, do MAE. Participação: Carlos José Einicker Lamas, do Museu de Zoologia da USP, Fabíola Andréa Silva, do MAE, Solange Lima, do Museu Paulista, Agnaldo Farias, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP, e Maria Lucia Montes, da FFLCH.
11 horas. Comunicações. Coordenação: Denise Peixoto Marques, do Museu Paulista.
14 horas. Grupos de Trabalho: “Gestão de processos curatoriais”, com José Carlos Levinho, do Museu do Índio, do Rio de Janeiro. Relator: Maurício Cândido da Silva, do Museu de Zoologia; “Minoria-maiorias: um olhar sobre os acervos museológicos”, com Carla Gilbertoni Carneiro, do MAE. Relator: Ricardo Nogueira Bogus, do Museu Paulista; “Memórias invisíveis ou memórias exiladas?”, com Regina Abreu, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Relatora: Carmen Aranha, do MAC; “Acessibilidade: como e para quem?”, com Viviane Panelli Sarraf, da Fundação Dorina Nowill para Cegos, de São Paulo. Relatora: Márcia Fernandes Lourenço, do Museu de Zoologia.
17 horas: palestra “Sistema Nacional de Museus”, com José Nascimento Junior, diretor do Departamento de Museus do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional do Ministério da Cultura. Apresentação: Ana Lúcia Duarte Lanna, da Comissão
de Patrimônio Cultural
(CPC) da USP.
18 horas. Saída para a Casa de Dona Yayá da USP, no bairro do Bexiga.
19 horas. Abertura de exposição e coquetel, na Casa de Dona Yayá.

Dia 13 de maio (sexta-feira)
9 horas: mesa-redonda “O papel da pesquisa e as ações afirmativas”. Coordenação: Luiz Ricardo Lopes de Simone, do Museu de Zoologia da USP. Participação: Marta Lourenço, da Universidade de Lisboa, Adriana Mortara, pós-doutoranda da Unicamp, Maria das Graças Ribeiro, Universidade Federal de Minas Gerais, Cristina Freire, do MAC, e Marcos Tavares, do Museu de Zoologia.
11 horas. Comunicações. Coordenação: Carla Gibertoni Carneiro, do MAE. Coordenação: Helouise Costa, do MAC.
14h30. Mesa-redonda “Modelos de gestão museológica e a inclusão social”. Participação: Rosana Turmina, do Ecomuseu de Itaipu, de Foz do Iguaçu, Carlos Degelo, da Fundação Patrimônio Histórico da Energia de São Paulo, Alexandre Diniz, do Museu Arqueológico de Xingó, de Aracaju, e Karen Worcman, do Museu da Pessoa, de São Paulo.
17 horas. Plenária de encerramento.

 

ir para o topo da página


O Jornal da USP é um órgão da Universidade de São Paulo, publicado pela Divisão de Mídias Impressas da Coordenadoria de Comunicação Social da USP.
[EXPEDIENTE] [EMAIL]