Ciência cresce mais descentralizada


Assim evoluiu a ciência brasileira entre 1998 e 2002: a produção cresceu 54%, contra apenas 8,7% do índice mundial; representa agora 1,5% do total mundial, com o maior índice da América Latina; a Região Sudeste responde por 77% do total nacional, seguida das regiões Sul (15%), Nordeste (9%), Centro-Oeste (4%) e Norte (2%); proporcionalmente, a taxa de crescimento é maior no Sul (71%) e Nordeste (65%) do que no Sudeste (54%), provavelmente em razão de programas do CNPq criados para descentralizar o financiamento da pesquisa, e da Capes, incentivando a abertura de cursos de pós-graduação em regiões afastadas dos grandes centros. A USP lidera o ranking com 25,6% da produção nacional e 49,3% da do Estado de São Paulo, seguida da Unicamp (10,5%), Federal do Rio de Janeiro (9,2%) e Unesp (6,7%); a produção brasileira está concentrada nas universidades públicas; no Estado de São Paulo, a participação de instituições privadas não passou de 2,2%. Esses dados constam da terceira edição dos Indicadores de ciência, tecnologia e inovação em São Paulo — 2004, lançada pela Fapesp no início do mês. Para que o desenvolvimento científico seja ainda mais expressivo, especialistas apontam a necessidade de maior participação das empresas e uma política governamental mais agressiva, que partilhe dos riscos em investimentos, conforme assinala o pró-reitor de Pesquisa da USP, Luiz Nunes de Oliveira. De qualquer modo, no Brasil a pesquisa já atingiu qualidade internacional, observa o ex-reitor e ex-diretor-científico da Fapesp Flávio Fava de Moraes.
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Alunos-parceiros na USP Leste


A inovação, conceito que norteou a criação da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP Leste, consolida-se na prática. Se o primeiro seminário de avaliação, realizado em abril, contou com a presença de quase todos os professores, o segundo, de 21 de maio, recebeu também representantes de alunos das 17 turmas da unidade. “Consideramos os estudantes como parceiros no processo de construção do projeto acadêmico”, disse o professor Ulisses Araújo, vice-coordenador do Ciclo Básico. A partir de 11 de junho, a USP Leste ficará aberta também aos sábados, das 8h às 13 horas, para uso da biblioteca e computadores.
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As mil e uma noites sem cortes


O leitor brasileiro acaba de ganhar uma tradução sem cortes, sem censura e sem acréscimos do Livro das mil e uma noites, feita diretamente do árabe pelo arabista Mamede Mustafa Jarouche, doutor em literatura brasileira e professor de língua árabe na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP. As histórias que Shahrazad conta na cama ao rei Shahriyar, sempre interrompidas na hora mais dramática para garantir a continuação na noite seguinte e para que a narradora não seja morta, terão cinco volumes em lançamento da Editora Globo. O primeiro volume contém 170 noites, além de introdução e anexos; os demais devem sair até final de 2006.
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Honra ao mestre do Direito


Goffredo da Silva Telles Júnior, “um dos símbolos maiores do direito, da Constituição e da liberdade”, como o definiu o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), e autor da Carta aos brasileiros, de 1977, foi homenageado na Faculdade de Direito da USP por ex-alunos, alunos, professores e políticos, dia 16, ao completar 90 anos. Embora ausente da cerimônia por problemas de locomoção, o jurista mantém ativa a vida intelectual e acaba de lançar mais um livro, Estudos, uma compilação de artigos com as idéias-chave que defendeu em 50 anos de magistério. “O sentimento do amor é o primeiro fundamento de toda ordem jurídica”, disse o mestre ao Jornal da USP, por telefone.
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VAMOS
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Sobre dança e as outras artes

O CCBB dá início ao Dança em Pauta com oito espetáculos – um deles escrito e interpretado por Marilena Ansaldi, 12 anos longe dos palcos – e uma mostra audiovisual inédita, com mais de 40 títulos sobre o assunto.

 
Artistas em conjunto

A partir deste mês, um projeto pioneiro de Artes Plásticas
na ECA/USP vai unir estudantes recém-formados e
aspirantes a artistas para discutir e produzir arte, em um processo de diálogo com a produção de cada participante.
 

Luz, câmera. fascinação

Uma mostra que relembra a época da Cinelândia invade o Sesc Pompéia até julho. Na programação, filmes, musical, peça de teatro e discussões com renomados “loucos
por cinema” – título do evento.

 
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