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Pelé por Rubens Gerchman (acima) e por Aldemir Martins

Futebol e Arte

“A grande paixão popular brasileira nasceu em 1894, quando Charles Miller chega a São Paulo com uma bola de futebol. Desenvolve-se, cada vez mais forte, uma relação de amor poética e suave entre a bola e o torcedor brasileiro. O ano de 1933 representa um grande marco no nosso futebol (...), o momento de ruptura com a fase do futebol romântico, quando alguns dirigentes só pensavam no ‘esporte pelo esporte’, profissionalizando o futebol e tornando-o um dos mais importantes produtos da cultura lúdica brasileira”, conta o professor Waldenyr Caldas, da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP (autor de O Pontapé Inicial – Memória do Futebol Brasileiro). Os primeiros registros do futebol na arte brasileira datam da década de 30, bem antes do Brasil ganhar sua primeira Copa do Mundo, em 1958, na Suécia. E são esses registros feitos por grandes nomes das artes que estão na mostra “Futebol e Arte”, que entra em cartaz a partir de quinta, no Espaço Cultural Vivo.

Com curadoria de Lisbeth Rebollo Gonçalves, a exposição reúne 11 artistas contemporâneos, trazendo sua visão do futebol neste ano de Copa do Mundo. Entre os artistas, Cláudio Tozzi, Ivald Granato, José Roberto Aguilar, José Zaragoza, Nelson Leirner, Roberto Magalhães e Rubens Gerchman. Há também obras de quatro homenageados: Aldemir Martins, que faleceu em São Paulo no início deste ano, autor da obra Pelé (1970); Francisco Rebolo e seu Futebol (1936), em que se auto-retrata disputando um lance, já que foi jogador de futebol durante 15 anos e, somente a partir de 34 dedicou-se à arte, liderando o Grupo Santa Helena (responsável ainda pela criação do emblema do Corinthians); Miécio Caffé (1920-2003), primeiro a caricaturar Pelé e Garrincha, quando o Brasil ganhou a Copa de 58, e ilustrador da época de ouro do futebol, retratando jogadores e times importantes em mais de cem desenhos; e Fúlvio Pennacchi, que integrou o Grupo Santa Helena ao lado de Aldo Bonadei, Alfredo Volpi, entre outros. A mostra tem apoio do Museu de Arte Contemporânea (MAC) da USP e da Sociedade Científica de Estudos da Arte (Cesa).

A exposição “Futebol e Arte” fica em cartaz até 9 de julho, de segunda a sexta, das 14h às 20h, e sábados e domingos, das 18h às 22h. No Espaço Cultural Vivo (av. Dr. Chucri Zaidan, 860, térreo, Morumbi, tel. 3188-4147). Entrada franca

 

 

 


Atentado (2004), de Eduardo Srur

Arte Contemporânea

A exposição “Rumos Artes Visuais 2005-2006 – Paradoxos Brasil” reúne obras de 78 artistas ou grupos selecionados por curadores que viajaram o País para mapear a produção atual. São cerca de 145 obras

entre pinturas, desenhos, esculturas, objetos, móveis, instalações, fotografias, sites specifics e vídeos, além de performances, intervenção urbana e exibições audiovisuais. A temática da mostra está voltada à cidade e periferia: trabalhos que focalizam a especulação imobiliária como na maquete de uma cidade ideal produzida com anúncios de móveis, de Bruno Faria; o espaço urbano presente na performance Atentado, de Eduardo Srur, que colocou bombas de tinta nos outdoors de São Paulo ou nas fotografias de paradas de ônibus de Pedro Motta; além da intervenção urbana de Lourival Batista, que instala um varal de roupas em plena cidade, já montada no Recife e na França. E um minifestival reúne a edição de 260 curtas-metragens, onde o controle da exibição está nas mãos de quem opera o projetor. Em cartaz até 28 de maio, de terça a sexta, das 10h às 21h, sábados, domingos e feriados, das 10h às 19h, no Itaú Cultural (av. Paulista, 149, tel. 2168-1776). Entrada gratuita.

 

 

 

Paço das Artes

Está em cartaz a 5a edição da Temporada de Projetos 2006 – que vai realizar 22 exposições individuais (em grupo ou coletivas) e duas curadorias selecionadas dentre os projetos inscritos, além de mostras de artistas convidados. As artistas selecionadas são: Mariana Lima apresentando esculturas com elementos arquitetônicos, que transitam entre o permanente e o transcendente, entre o feito e o inacabado, negando sua função prática; e Tatiana Blass, pintora que vem experimentando a tridimensionalidade. Os convidados são três: Alexandre Cunha, com parte de sua produção desde 2002, além de trabalhos inéditos; Paulo Meira e seu “Vídeo pés, pêndulo”; e Oriana Duarte, que pesquisa as relações corpo-ambiente e corpo e cultura na produção artística contemporânea. Até 7 de maio, de terça a sexta, das 11h30 às 19h, e aos sábados e domingos, das 12h30 às 17h30. No Paço das Artes (av. da Universidade, 1, Cidade Universitária, tel. 3813-3627). Entrada franca.

 

 




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