Agora
é definitivo: a Faculdade de Engenharia Química de
Lorena (Faenquil) é a 38ª unidade da Universidade de São
Paulo. O decreto do governador Cláudio Lembo regulamentando
a transferência dos bens e das áreas acadêmica
e de pesquisa sob a responsabilidade da Faenquil, compreendendo
todos os cursos de nível superior e médio –
estes ministrados no Colégio Técnico de Lorena (Cotel)
–, foi assinado em 29 de maio e publicado no Diário
Oficial do Estado no dia seguinte.
De acordo com o decreto, a Faenquil é extinta como autarquia
e passa a integrar a USP. Os servidores são transferidos
para um quadro especial em extinção, vinculado à
Secretaria de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico,
mantendo-se no regime jurídico em que se encontravam. A Fazenda
estadual assumirá “todos os encargos, obrigações
e ônus relativos ao pessoal em exercício na Faenquil”,
além de toda e qualquer dívida existente que vier
a ser reconhecida como obrigação da faculdade, “eximindo
a USP de qualquer responsabilidade”.
A incorporação da nova unidade deve levar cinco anos
para ser concluída. “Primeiro vamos cuidar da estrutura
orgânica e da adaptação da Faenquil às
normas da USP”, diz a reitora Suely Vilela. O quadro funcional
será absorvido paulatinamente pela Universidade no período
– 20% a cada ano –, mediante processos seletivos e concursos
públicos. A Faenquil tem 344 funcionários, sendo 106
docentes.
Em seus dois campi, a unidade tem quatro cursos de graduação,
além de cursos de pós-graduação stricto
sensu e lato sensu. Em seus 37 anos de história, a Faenquil
formou cerca de 2.300 profissionais nos cursos de graduação,
além de 49 doutores e 194 mestres. Atualmente possui mais
de 1.600 alunos. A faculdade de Lorena tem importantes trabalhos
sobre fermentação e materiais, sendo responsável
pela tecnologia de beneficiamento do nióbio, metal nobre
usado em ligas leves e tintas, e em pesquisas sobre o titânio.
Também foi ali que se originou, nos anos 70, o Pró-Álcool,
programa do governo federal que incentivou a utilização
do álcool como combustível para automóveis.
Outras duas faculdades isoladas ligadas à Secretaria de Ciência
e Tecnologia deverão ser incorporadas pelo sistema das universidades
estaduais: a Unesp assumirá as faculdades de Medicina de
Marília (Famema) e de São José do Rio Preto
(Famerp). Nesta terça, dia 6, a Unesp – cujo nome oficial
é Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho
– será homenageada em sessão solene na Assembléia
Legislativa pelos seus 30 anos de fundação.
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