É pela Fuvest que o Programa de Inclusão Social da USP começa a tomar corpo. Além do acréscimo de 3% na pontuação que os alunos da escola pública obtiverem no vestibular, está acertada a redução do número de questões da primeira fase, de 100 para 90, mantido o tempo de 5 horas para a conclusão da prova. Outra mudança consiste em incluir questões com caráter interdisciplinar, exigindo-se do candidato postura crítica diante do mundo, não simples acúmulo de informação. De acordo com a pró-reitora de Graduação, Selma Garrido Pimenta, a luta pela inclusão social é histórica na USP e prevê medidas destinadas a ampliar o acesso e a permanência de estudantes da escola pública em seus cursos. O professor Antonio Mariani, da Poli, explica que o Inclusp se processará em três momentos: antes do ingresso, com nove ações de aproximação entre Universidade e alunos, inclusive cursinhos; no vestibular, com bônus efetivo para alunos de escolas oficiais; e após o ingresso, com ações facilitadoras de permanência nos cursos. Também a professora Flávia Schilling, da Faculdade de Educação, insiste em destacar a importância do apoio aos candidatos egressos de instituições de ensino públicas .universidade

A Copa do Mundo vai além de uma competição esportiva de quatro em quatro anos. Virou disputa internacional e o que conta, aqui, é a vitória do Brasil contra a Argentina, Inglaterra, Alemanha ou outro país bom de bola. Esse patriotismo sazonal acaba envolvendo mulheres e pessoas que em tempos normais pouco participam do futebol. É o que afirma o professor Waldenyr Caldas, da Escola de Comunicações e Artes da USP, um apaixonado por esse esporte. Apaixonado, mas também saturado de tanta falação no rádio e na televisão nesses dias que antecedem a partida de estréia da seleção brasileira, terça-feira, contra a Croácia. “Num país extremamente carente de vitórias e de orgulhos nacionais, como o Brasil, o futebol surge ainda como forma de afirmação do país”, afirma Caldas, para quem a eventual conquista pela sexta vez da Copa, ou a eliminação dos brasileiros, não terá grande influência nas eleições deste ano, pois o peso político do campeonato mundial é menor do que costumam lhe atribuir alguns analistas. cultura

Da geladeira inteligente à comunicação interplanetária, a rede mundial de computadores antecipa uma era de tecnologia com que nem os fundadores do Google ousavam sonhar. Vinton Cerf, que em 1973 criou o maior site de busca em parceria com Robert Kahn, esteve na USP dia 5 para uma palestra, no auditório Camargo Guarnieri, sobre o futuro da internet. Cerf disse que uma das razões da visita ao Brasil era encontrar engenheiros que tenham, além de habilidades técnicas, compreensão e sensibilidade para a cultura e a língua local, pois o Google se comprometeu a fornecer mais serviços, no espaço mais rápido possível e na maior variedade de línguas. Outra meta da dupla de empresários é avançar do uso puramente visual da internet para maior interação com comandos de voz, sem esquecer que a rede de computadores é uma poderosa ferramenta para a educação, quando bem usada. universidade

A diferenciação entre raças persiste nas sociedades como uma construção social, política e histórica, que já motivou graves conflitos na história, mas o racismo não tem fundamento genético. Na edição 68 da Revista USP, que dedica a maior parte das páginas ao debate sobre aspectos do racismo, os professores Sérgio Pena e Telma Birchal (UFMG) afirmam: “Pode parecer fácil distinguir fenotipicamente um europeu de um africano ou de um asiático, mas tal facilidade desaparece completamente quando procuramos evidência dessas diferenças raciais no genoma das pessoas”. Se o racismo no Brasil ocorre de forma velada, torna-se muito nítido quando se observa a desigualdade de oportunidades oferecidas a negros e brancos. No mercado de trabalho e na universidade. Três artigos da revista analisam a polêmica em torno do sistema de cotas. especial