O Brasil é um país de história ciclotímica, que alterna momentos de grande euforia e de grandes frustrações. As mudanças de humor começaram com o entusiasmo, às vésperas do golpe de 1964, motivado pelas reformas pretendidas por João Goulart. Seguiu-se a depressão causada pelo movimento militar que implantou a ditadura. A ascensão de Geisel ao poder, em 1975, deu origem a um clima de esperança, quebrado pelo assassinato de Wladimir Herzog. A euforia retornou com a campanha das Diretas Já. Assim, entre vitórias e derrotas, o Brasil chega a mais uma eleição presidencial. Desta vez, a nação está dividida entre a população mais pobre, satisfeita com a possibilidade de ascensão social, e a burguesia, frustrada porque não consegue criar um projeto nacional. É dessa forma que a história recente do Brasil é vista por um especialista no assunto, o professor da USP Carlos Guilherme Mota, em entrevista exclusiva nesta edição. nacional

O Museu de Arte de São Paulo (Masp) precisa ampliar suas relações com a comunidade e se abrir mais para a arte contemporânea brasileira. É o que diz o novo curador-coordenador do museu, professor José Teixeira Coelho Netto, que assume o cargo nesta sexta-feira, 1o de setembro. Professor da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP e ex-diretor do Museu de Arte Contemporânea (MAC) da Universidade, Teixeira Coelho acredita que a “crise do Masp” não é tão grande como se fala. Ele diz sentir um “otimismo contido”. cultura

Há dez anos, o Brasil começou a conhecer documentos sobre sua história recente até então interditados ao grande público. Trata-se dos fichários montados pelos agentes de repressão da ditadura militar, que, guardados no Arquivo do Estado de São Paulo, passaram a ser investigados em 1996 por pesquisadores da USP, dirigidos pela professora Maria Luiza Tucci Carneiro. Uma década depois, o resultado das pesquisas é um conhecimento melhor sobre a política no Brasil dos anos 60 e 70 e a recuperação das histórias de vida de militantes da esquerda antes relegadas ao esquecimento. Seminário em São Paulo, que termina neste sábado, dia 2, comemora os dez anos de pesquisas no Arquivo. pesquisa

A União Astronômica Internacional (UAI) aprovou, em assembléia-geral realizada em Praga, República Checa, no dia 24 passado, uma reclassificação do sistema solar. Agora, os astros desse sistema estão divididos em três categorias: planetas “clássicos” (Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno), planetas “anões” (Plutão, Ceres e Xena) e corpos pequenos (asteróides e cometas). As novas definições são diferentes das propostas que estavam previstas para ser aprovadas e que são tema da matéria publicada nesta edição – fechada antes da decisão inesperada e inédita da UAI. especial

Transformar o mundo através da conscientização das novas gerações, que devem ser formadas com a preocupação de preservar o planeta. Com esse objetivo, o professor Jacques Marcovitch lançou, no dia 24 passado, em seminário na USP, o livro Para mudar o futuro – Mudanças climáticas, políticas públicas e estratégias empresariais, que apresenta um amplo painel sobre a história das mudanças climáticas e o debate mundial a respeito do tema. universidade

Festival de curtas

O 17o Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo traz mais de 400 filmes de 51 países, contando ainda com programação paralela, como o Kino Lounge Skyy, que exibe filmes sensoriais, entre eles o francês Cinco Siamesas (foto).

Lançamentos de livros

Entre os destaques, a coletânea de artigos sobre a história da filosofia de Gérard Lebrun, o pensamento de Aziz Ab’Sáber e ensaios de vários autores sobre justiça, liberdade, razão e felicidade em O Silêncio dos Intelectuais.

Roteiro de cursos

São três no Centro Universitário Maria Antonia, uma conferência internacional sobre gás natural, congresso de estética e história da arte, encontro sobre o ensino de paisagismo e o Unescom, que vai discutir o papel da comunicação.