Renina, Bonadei e Brecheret para todos

Duas exposições trazem ao público exemplos da grande arte brasileira. Até 9 de outubro, o Museu Casa da Xilogravura, em Campos do Jordão, expõe oito raras xilogravuras de Renina Katz. Datadas da década de 50, a série Retirantes reproduz a revolta de uma jovem artista com a situação dos migrantes nordestinos em São Paulo. “As gravuras são de uma fase juvenil, cheia de indignação com os temas retratados nelas, como a pobreza e a má distribuição de renda”, afirma Renina, que depois de Retirantes não mais voltou a fazer xilogravuras. No museu, o público encontra o maior acervo de xilogravuras do País, além de conhecer os vários usos “utilitários” dessa técnica – empregada para ilustrar livros e jornais, cartas de baralho e até rótulos de vinho. Na sala de artistas estrangeiros, há exemplares da escola de Ukyio-e, do Japão, que floresceu nos séculos 17 a 19 e cativou os artistas impressionistas europeus. Em São Paulo, o MAC Ibirapuera inaugurará no dia 2 de outubro uma exposição que marca o centenário de nascimento de Aldo Bonadei (1906-1974). Sob curadoria de Lisbeth Rebollo Gonçalves, a mostra apresentará as diversas fases do artista ao longo de sua carreira. “Bonadei foi um pioneiro na pesquisa da abstração, discutindo, com seu trabalho plástico, os principais problemas formais decorrentes dessa vertente artística, muito embora não aderisse frontalmente a ela”, analisa Lisbeth. Já na Escola Politécnica da USP, uma pesquisa de pós-doutoramento está criando modelos virtuais dos trabalhos do escultor Victor Brecheret, que permitirão estudá-los em três dimensões.
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Código de Ética, cinco anos depois

Cinco anos depois de aprovado, o Código de Ética da USP precisa ser revisado, a fim de atender a novas necessidades e acompanhar a história da Universidade. É o que diz o professor José Roberto Postali Parra, presidente da Comissão de Ética da USP. Elaborado na gestão do reitor Jacques Marcovitch (1997-2001), o código é um documento que afirma os valores morais que regem a atividade acadêmica. Muitos dos casos registrados na Comissão de Ética são encaminhados às diretorias das unidades onde ocorreram, para as providências pertinentes. “Os valores mencionados no código não devem ser tomados em abstrato, mas construídos diuturnamente”, diz Marcovitch. “Ele não é punitivo, mas determina que a Comissão de Ética apure a ocorrência de infrações e encaminhe seu parecer às autoridades universitárias.”
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Mapas como instrumento de poder

“Mapas em movimento: a criação de mundos imaginários” é a exposição que será inaugurada nesta segunda-feira, dia 25, às 18 horas, no Instituto de Estudos Brasileiros (IEB) da USP. Ela apresenta cem mapas e livros dos séculos 15 ao 19, que revelam como os países da Europa utilizavam os mapas. Para essas nações, a cartografia representava uma forma de expandir seu poder no imaginário dos povos. Para a curadora Íris Kantor, França, Holanda e Inglaterra começaram tardiamente a corrida por novas terras e precisavam fazer propaganda de cada nova conquista, o que garantiu boa quantidade de mapas.
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Condições para o desenvolvimento da agroenergia

Um dos mais graves entraves à consolidação do mercado interno de etanol está no fato de o governo não cumprir, como faz com outros combustíveis, a prerrogativa de criar estoques reguladores e estratégicos. Essa foi uma das conclusões do seminário que discutiu as perspectivas da agroenergia no Brasil, realizado no dia 18 de setembro na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba. Para o diretor-técnico da União da Agroindústria Canavieira (Unica), Antonio de Pádua Rodrigues – um dos participantes do seminário –, a melhor política que o governo deve praticar para equilibrar o mercado de bioenergia é “deixar que o mercado funcione”. Ele enfatiza a necessidade de contratos de longo prazo para conter a volatilidade dos preços do etanol.
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VAMOS
em DESTAQUE

Música internacional

Nesta semana se apresentam o contrabaixista inglês Dave Holland, o pianista argentino Jorge Cutello, a Magik Malik Orchestra (Costa do Marfim) e Orquestra Popular Mikis Theodorakis (Grécia), foto.

 

Lançamentos de livros

No roteiro, a Enciclopédia Latinoamericana, a trajetória do poeta Ferreira Gullar, a arte moderna e contemporânea no Brasil e o teatro de Henrik Ibsen, além de lançamentos da semana.

 

Dança e eventos

Estréia de Trilhas, nova coreografia da Cisne Negro Cia. de Dança, e também inauguração de um teatro só para dança. Vários encontros com escritores e o evento Leituras do Brasil, sobre a obra de Gilberto Freyre, Sérgio Buarque de Hollanda, Caio Prado Jr. e Raymundo Faoro.

 
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