Duas mostras no IEB/USP
Instituto
de Estudo
Brasileiros
(IEB) da USP
i n a u g u r a
nesta quinta
duas exposições.
“A
Arte Moderna
pelo Olhar
de Mário de
Andrade”
apresenta
a primeira
geração de
modernistas,
que ocupou
a cena principal
entre
1917 e 1930,
e a segunda
geração, de grande importância nos
anos 30 e 40. Rompendo com a tradição
artística precedente, a primeira
geração do Modernismo foi um grupo
de vanguarda, sendo pequeno, e
derrubou as barreiras do academismo
com a experimentação artística. A
mostra é uma seleção de obras de
arte do acervo do IEB que pertenceram
ao escritor Mário de Andrade, e
engloba pinturas, desenhos, gravuras
e esculturas de grande representatividade.
Inclui trabalhos participantes
da Semana de Arte Moderna de 22 e
outras obras marcantes do período,
estando representados artistas como
Anita Malfatti,
Tarsila
do Amaral e
outros (até
dezembro).
“Vida de Artista”
marca o
centenário de
nascimento
do maestro
paulista
C a m a rg o
Guarn i e r i ,
que estudou
música desde
a infância
e começou a
compor após
a Semana de
Arte Moderna.
Tornouse
discípulo de Mário de Andrade após
submeter a ele duas de suas canções,
e estudou na Europa e nos Estados
Unidos, acumulando diversos prêmios
internacionais. Foi regente e diretor
artístico da Orquestra Sinfônica da
USP (Osusp) desde sua criação, em
1975, vindo a falecer em 1993. Na
mostra estão fotografi as, obras e
documentos em papel como artigos
de jornal, programas musicais e correspondências
(até 19 de setembro).
No IEB (av. Prof. Mello Moraes, 140,
trav. 8, Cidade Universitária, tel. 3091-
3247), de segunda a sexta, das 9h às
18h, com entrada franca.
Da Bauhaus a (Agora!)
![](ilustras/expo2.jpg)
Montaru, de Willi Baumeister
A exposição “Da Bauhaus a
(Agora!)”, em cartaz no Masp, exibe
cerca de 100 pinturas, instalações,
esculturas, fotografias e vídeos
produzidas dos anos 20 até hoje.
Selecionados do acervo da Coleção
DaimlerChrysler, os trabalhos foram
produzidos por alguns dos maiores
ícones da arte contemporânea,
como Josef Albers, Willi Baumeister,
Andy Warhol e Hans Arp. A mostra
tem como ponto de partida o Modernismo
Clássico, com algumas
das principais peças da Bauhaus
alemã, segue para a arte concreta e
construtivista dos anos 40 a 60, apresentando
obras de Max Bill, Camille
Graeser e François Morellet, e chega
aos movimentos Zero e Minimalismo,
dos anos 60 e 70, representados por
artistas como Charlotte Posenenske,
Robert Ryman e Daniel Buren. A
exposição ainda inclui pinturas, desenhos,
objetos e obras de neon de
movimentos artísticos importantes
no pós-guerra Europeu. Por fi m, o
ciclo encerra com obras de artistas
mais recentes, como Andy Warhol e
Robert Longo, e contemporâneos,
como Simone Westerwinter e Sylvie
Fleury. Até 28 de outubro, de terça a
domingo, das 11h às 18h, quintas,
das 11h às 20h, no Masp (av. Paulista,
1.578, tel. 3251-5644). Entradas a R$
15,00 e a R$ 7,00. Grátis às terças,
até as 18h.
Poesia Concreta
![](ilustras/expo3.jpg)
Poemas visuais dos concretistas
integram exposição
no Instituto
Tomie Ohtake
A exposição “Poesia Concreta
– O Projeto Verbivocovisual” marca
os 50 anos do Concretismo no Brasil.
A obra dos autores Augusto de
Campos, Décio Pignatari, Haroldo
de Campos, José Lino Grünewald e
Ronaldo Azeredo é revista de maneira
ampla. Logo na entrada, o visitante
encontra uma série de poemas visuais
em grande escala, alguns deles tridimensionais.
Na sala multimídia Poesia
Pois é Poesia cerca de 50 animações
de poemas, projetadas nas paredes
em sincronia, são acompanhadas por
leituras na voz dos próprios autores.
Na sala Linguaviagem, uma vertente
paralela de atuações dos autores é
exibida: a tradução para o português
de poemas de diversas épocas e
idiomas, como Safo, Catulo, Dante,
Mallarmé e Joyce. Na sala Galáxias,
a perspectiva histórica das atividades
dos cinco poetas. Uma outra sala
reúne uma extensa programação
de vídeos realizados anteriormente
pelos próprios poetas em destaque.
A exposição faz parte do projeto
que inclui ainda o lançamento de
um site (www.poesiaconcreta.com.
br), a edição de um CD com uma
coletânea de músicas baseadas em
poemas concretos (interpretadas
por Caetano Veloso, Arrigo Barnabé
e Lívio Tragtenberg, entre outros) e
a realização de um ciclo de debates
sobre a poesia de vanguarda e as
relações entre palavra, som e imagem
na arte contemporânea. Até 16 de
setembro, de terça a domingo, das
11h às 20h, no Instituto Tomie Ohtake
(av. Faria Lima, 201, Pinheiros, tel.
2245-1900). Entrada franca.
Missão Francesa
![](ilustras/expo4.jpg)
Desembarque de D. Leopoldina no Brasil (1837), de Debret
Acaba de ser inaugurada a exposição
“Missão Artística Francesa
– Coleção Museu Nacional de Belas
Artes”. A mostra reúne uma seleção
de obras da primeira geração de mestres
da Academia Imperial de Belas
Artes, inaugurada no Rio de Janeiro
em 1816. São 75 pinturas, esculturas,
desenhos, gravuras e relevos dos primeiros
professores da instituição, que
eram todos franceses, como Nicolas
Marie Taunay, Jean Baptiste Debret,
Auguste Henri Victor Grandjean de
Montigny, Auguste Marie Taunay e
Marc Ferrez, entre outros. As obras,
provenientes do acervo do Museu
Nacional de Belas Artes, no Rio de
Janeiro, foram divididas em três núcleos:
o primeiro apresenta retratos
do soberano do império e de outros
membros da corte; o segundo traz
obras signifi cativas dos primeiros
docentes da Academia; o terceiro
congrega trabalhos da primeira geração
de alunos, como Manuel de
Araújo Porto Alegre, August Muller,
Francisco Manuel Chaves Pinheiro e
José Rodrigues Moreira. A curadoria é
de Laura Abreu, Mariza Dias e Pedro
Xexéo. Até 23 de setembro, de terça
a domingo, das 10h às 18h, na Pinacoteca
do Estado (Praça da Luz, 2,
tel. 3324-1000). Entradas a R$ 4,00 e
a R$ 2,00. Grátis aos sábados.
|