Mário de Andrade por Lasar Segal (1927)
 
 
 
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Duas mostras no IEB/USP

Instituto de Estudo Brasileiros (IEB) da USP i n a u g u r a nesta quinta duas exposições. “A Arte Moderna pelo Olhar de Mário de Andrade” apresenta a primeira geração de modernistas, que ocupou a cena principal entre 1917 e 1930, e a segunda geração, de grande importância nos anos 30 e 40. Rompendo com a tradição artística precedente, a primeira geração do Modernismo foi um grupo de vanguarda, sendo pequeno, e derrubou as barreiras do academismo com a experimentação artística. A mostra é uma seleção de obras de arte do acervo do IEB que pertenceram ao escritor Mário de Andrade, e engloba pinturas, desenhos, gravuras e esculturas de grande representatividade. Inclui trabalhos participantes da Semana de Arte Moderna de 22 e outras obras marcantes do período, estando representados artistas como Anita Malfatti, Tarsila do Amaral e outros (até dezembro). “Vida de Artista” marca o centenário de nascimento do maestro paulista C a m a rg o Guarn i e r i , que estudou música desde a infância e começou a compor após a Semana de Arte Moderna. Tornouse discípulo de Mário de Andrade após submeter a ele duas de suas canções, e estudou na Europa e nos Estados Unidos, acumulando diversos prêmios internacionais. Foi regente e diretor artístico da Orquestra Sinfônica da USP (Osusp) desde sua criação, em 1975, vindo a falecer em 1993. Na mostra estão fotografi as, obras e documentos em papel como artigos de jornal, programas musicais e correspondências (até 19 de setembro). No IEB (av. Prof. Mello Moraes, 140, trav. 8, Cidade Universitária, tel. 3091- 3247), de segunda a sexta, das 9h às 18h, com entrada franca.


Da Bauhaus a (Agora!)


Montaru, de Willi Baumeister

A exposição “Da Bauhaus a (Agora!)”, em cartaz no Masp, exibe cerca de 100 pinturas, instalações, esculturas, fotografias e vídeos produzidas dos anos 20 até hoje. Selecionados do acervo da Coleção DaimlerChrysler, os trabalhos foram produzidos por alguns dos maiores ícones da arte contemporânea, como Josef Albers, Willi Baumeister, Andy Warhol e Hans Arp. A mostra tem como ponto de partida o Modernismo Clássico, com algumas das principais peças da Bauhaus alemã, segue para a arte concreta e construtivista dos anos 40 a 60, apresentando obras de Max Bill, Camille Graeser e François Morellet, e chega aos movimentos Zero e Minimalismo, dos anos 60 e 70, representados por artistas como Charlotte Posenenske, Robert Ryman e Daniel Buren. A exposição ainda inclui pinturas, desenhos, objetos e obras de neon de movimentos artísticos importantes no pós-guerra Europeu. Por fi m, o ciclo encerra com obras de artistas mais recentes, como Andy Warhol e Robert Longo, e contemporâneos, como Simone Westerwinter e Sylvie Fleury. Até 28 de outubro, de terça a domingo, das 11h às 18h, quintas, das 11h às 20h, no Masp (av. Paulista, 1.578, tel. 3251-5644). Entradas a R$ 15,00 e a R$ 7,00. Grátis às terças, até as 18h.


Poesia Concreta


Poemas visuais dos concretistas integram exposição
no Instituto Tomie Ohtake

A exposição “Poesia Concreta – O Projeto Verbivocovisual” marca os 50 anos do Concretismo no Brasil. A obra dos autores Augusto de Campos, Décio Pignatari, Haroldo de Campos, José Lino Grünewald e Ronaldo Azeredo é revista de maneira ampla. Logo na entrada, o visitante encontra uma série de poemas visuais em grande escala, alguns deles tridimensionais. Na sala multimídia Poesia Pois é Poesia cerca de 50 animações de poemas, projetadas nas paredes em sincronia, são acompanhadas por leituras na voz dos próprios autores. Na sala Linguaviagem, uma vertente paralela de atuações dos autores é exibida: a tradução para o português de poemas de diversas épocas e idiomas, como Safo, Catulo, Dante, Mallarmé e Joyce. Na sala Galáxias, a perspectiva histórica das atividades dos cinco poetas. Uma outra sala reúne uma extensa programação de vídeos realizados anteriormente pelos próprios poetas em destaque. A exposição faz parte do projeto que inclui ainda o lançamento de um site (www.poesiaconcreta.com. br), a edição de um CD com uma coletânea de músicas baseadas em poemas concretos (interpretadas por Caetano Veloso, Arrigo Barnabé e Lívio Tragtenberg, entre outros) e a realização de um ciclo de debates sobre a poesia de vanguarda e as relações entre palavra, som e imagem na arte contemporânea. Até 16 de setembro, de terça a domingo, das 11h às 20h, no Instituto Tomie Ohtake (av. Faria Lima, 201, Pinheiros, tel. 2245-1900). Entrada franca.


Missão Francesa


Desembarque de D. Leopoldina no Brasil (1837), de Debret

Acaba de ser inaugurada a exposição “Missão Artística Francesa – Coleção Museu Nacional de Belas Artes”. A mostra reúne uma seleção de obras da primeira geração de mestres da Academia Imperial de Belas Artes, inaugurada no Rio de Janeiro em 1816. São 75 pinturas, esculturas, desenhos, gravuras e relevos dos primeiros professores da instituição, que eram todos franceses, como Nicolas Marie Taunay, Jean Baptiste Debret, Auguste Henri Victor Grandjean de Montigny, Auguste Marie Taunay e Marc Ferrez, entre outros. As obras, provenientes do acervo do Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, foram divididas em três núcleos: o primeiro apresenta retratos do soberano do império e de outros membros da corte; o segundo traz obras signifi cativas dos primeiros docentes da Academia; o terceiro congrega trabalhos da primeira geração de alunos, como Manuel de Araújo Porto Alegre, August Muller, Francisco Manuel Chaves Pinheiro e José Rodrigues Moreira. A curadoria é de Laura Abreu, Mariza Dias e Pedro Xexéo. Até 23 de setembro, de terça a domingo, das 10h às 18h, na Pinacoteca do Estado (Praça da Luz, 2, tel. 3324-1000). Entradas a R$ 4,00 e a R$ 2,00. Grátis aos sábados.






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