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Mesmo com esse bom desempenho, a USP sempre pensou em meios para ampliar sua participação na internet. Aprimorar a lista de serviços oferecidos às comunidades externa e interna, manter informações em outros idiomas, disponibilizar mapas e imagens de todos os seus campi – enfim, manter, na internet, um conteúdo à altura do nome e da tradição da Universidade.
É isso que os internautas poderão ver a partir desta quinta-feira, dia 28, quando o novo www.usp.br entrará no ar. O projeto foi desenvolvido a partir de pesquisas sobre usabilidade e arquitetura de informação, de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo Grupo
Gestor, sob a presidência do pró-reitor de Pós-Graduação, professor Armando Corbani Ferraz, e vice-presidência do diretor da Coordenadoria de Comunicação Social (CCS), professor Wanderley Messias da Costa. O Grupo Gestor foi criado pela Portaria GR-3742, em vigor desde a data de sua publicação, em 29 de março de 2007, que dispõe sobre os objetivos, o escopo de atuação e a gestão do Portal da USP. “O novo Portal USP busca melhorar principalmente a comunicação da USP com os usuários externos”, afirma o pró-reitor Corbani. “A arquitetura da informação do novo portal está estruturada a partir de uma divisão por canais, o que facilitará a navegabilidade, mesmo com o conteúdo extenso englobando os dois portais já existentes, unificados no ano passado, que são o USPonline e o Portal do Conhecimento.”
A equipe do USPonline: portal mais ágil e informações para estrangeiros
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Funcionalidade – Mais do que atender a necessidades institucionais ou estéticas, o novo usp.br tem como prioridade facilitar ao usuário o alcance às informações desejadas. Os conteúdos foram divididos em canais de fácil detecção pelo internauta, que saberá, a partir dali, onde está o dado de seu interesse.
Tal divisão se fez com base na demanda dos próprios usuários. No ano passado, o Portal USP manteve uma pesquisa em que aferiu a opinião dos seus visitantes a respeito das informações que mais os interessavam. Percebeu-se, com esse levantamento, que o público do portal – sobretudo o externo à comunidade USP – dividia suas demandas de forma similar aos três pilares fundamentais da Universidade: ensino, pesquisa e extensão.
Optou-se então pela criação desses três canais – Ensino, Pesquisa e Extensão – e de mais dois: Institucional, com informações administrativas e números da Universidade, e Comunidade USP, com conteúdo direcionado para professores, funcionários e estudantes. Foi também mantido o canal de Notícias, que permanece na página principal e no www.noticias.usp.br e que traz, a partir do novo design, conteúdo de outras mídias da Universidade, como a Agência USP de Notícias, a Rádio USP, o Jornal da USP, a IPTV, a Revista USP, a TV USP, a revista Espaço Aberto, a Editora da USP (Edusp) e a Sala de Imprensa, com informações da Assessoria de Imprensa da Reitoria.
A facilidade na navegação se verifica também na presença de links rápidos para assuntos de freqüente demanda por parte dos usuários, como informações sobre os campi, webmail, concursos, editais, licitações, pregões e outros.
Além da pesquisa realizada no ano passado, outra ferramenta que possibilitou conhecer melhor as necessidades dos usuários foi o canal Fale com a USP. Nesse sistema, os internautas conversam com a equipe de atendimento do portal por e-mail ou mesmo em tempo real, no chat mantido das 14 às 16 horas nos dias úteis. Extraem-se, por esses canais, relevantes questões levantadas pelos usuários e que ajudaram a nortear a arquitetura da informação do novo portal.
Os canais de comunicação permanecem no novo portal. Sua eficácia se verifica nessa aferição das demandas dos usuários e também na quantidade de atendimentos desenvolvidos. Em 2007, foram 9.785 via e-mail e 1.372 no chat diário.
Cultura digital – Os últimos anos da década de 1990 registraram o início da expansão da internet comercial no Brasil. Palavras como “site”, “e-mail” e “link” passaram a fazer parte do cotidiano dos brasileiros, e a internet, mais que nunca, definitivamente se firmava como um meio de comunicação.
Nesse contexto, a USP lançou a primeira versão do www.usp.br, em 1997, iniciando uma cultura digital na instituição. O site trazia informações rápidas sobre a Universidade e links para as páginas das unidades. A partir daí, começou um processo de criação independente de páginas de unidades, departamentos, docentes e outros órgãos da USP, que deu origem aos sites atuais das instituições.
Esse primeiro portal vigorou até 2001, quando houve a primeira alteração no site da USP. Em 2003, foi criado o canal de Notícias – e a página www.noticias.usp.br - e, em 2004, entrou no ar o modelo que permanece até os dias atuais.
A mudança de 2004 não foi somente estética. O projeto daquele ano incluiu a integração ao portal das bases de dados contendo informações sobre as unidades e pessoas que compõem a USP. Por exemplo, a busca de pessoas, que permite ao usuário encontrar alunos, professores ou funcionários da Universidade, e os contatos de suas unidades.
O sistema de bases – criação do Departamento de Informática (DI) da Reitoria – agilizou, também, a atualização dos dados no portal. A integração possibilitou que dados referentes às unidades, como os nomes dos diretores, fossem sincronizados. Ou seja, qualquer alteração realizada pela unidade já se replicaria de imediato no portal. Além da rapidez e precisão, o sistema permitiu uma “economia” de dados, já que não é necessário criar mais de uma página para trazer essas informações.
O projeto atual do usp.br ambiciona, além desses itens já citados, uma padronização entre as páginas da Universidade. Respeitando a autonomia das unidades para a criação de seus próprios sites, o que se verificará é a recomendação na adição de uma barra de acesso rápido no topo das páginas. Como se vê em portais nacionais e estrangeiros, a barra possibilita uma identificação visual instantânea, que explicita ao usuário que a página pertence a um conglomerado maior. A equipe do Portal USP disponibilizará, em breve, um tutorial para que os webmasters dos sites das unidades adicionem a barra às suas páginas. “O Portal USP é fundamental para a Universidade, porque funciona como a janela que mostra como queremos que o mundo nos conheça”, afirma a reitora da USP, professora Suely Vilela. “É também a forma como os brasileiros e a própria comunidade USP tomam contato com a Universidade ou se informam melhor sobre o que acontece aqui dentro. Nesse sentido, funciona como um instrumento de prestação de contas para a sociedade.” (Colaborou Sylvia Miguel)
Novidades on-line
A seguir, informações sobre os três novos sites complementares ao usp.br: o site para estrangeiros (www.usp.br/internacional), o USP Mapas (www.usp.br/mapas) e o site de serviços (www.servicos.usp.br).
Ligação com o mundo
As novas exigências da globalização têm levado a USP ao aceleramento do processo de internacionalização das suas atividades de ensino e pesquisa, por meio de ações que têm excelentes resultados, como a ampliação do número de docentes e estudantes em intercâmbio e a performance da instituição em rankings internacionais.
Nesse contexto, cresce o interesse do público estrangeiro pela Universidade. Com o novo site para estrangeiros, a USP oferece, de maneira concreta, um canal de comunicação para esse público. A página traz informações em português, inglês, espanhol e francês, de maneira clara e precisa para o visitante.
O site está dividido em sete canais: Cooperação Internacional, Serviços, Auxílio Estudantil e os quatro que também estão no usp.br (Institucional, Ensino, Pesquisa e Extensão). Essa divisão foi baseada nas demandas que os estrangeiros têm em relação à USP. Esse público sente a necessidade cotidiana de informações sobre a Universidade e o país que estão conhecendo.
A página traz também links para o site da Comissão de Cooperação Internacional (CCInt), órgão que realiza a intermediação entre a USP e o público estrangeiro e que é peça vital para a permanência dos intercambistas por aqui.
Sem fronteiras São Paulo, Ribeirão Preto, São Carlos. Que a USP está nessas cidades, todo mundo sabe; assim como é de conhecimento da maioria a presença da Universidade nos municípios de Bauru, Piracicaba e Pirassununga. Há ainda quem não associe diretamente a Escola de Engenharia de Lorena (EEL), a antiga Faenquil, à USP. Mas, mesmo sem essa ligação imediata, a unidade tem seu renome entre os principais centros de ensino e pesquisa no interior do estado.
Mas e quanto à presença da USP nas cidades interioranas de Itirapina, Rio das Pedras e Anhembi? No litoral, em São Sebastião, Ubatuba e Cananéia? Mais ainda: será que o público geral sabe que a USP mantém braços nos estados de Rondônia e Paraná?
O USP Mapas, um dos sites que compõem o novo portal da USP, trará essas informações. Na página, o usuário poderá ver fotos e ler informações sobre as unidades e centros avançados de pesquisa da USP e também imprimir as plantas dos locais de seu interesse.
Tudo com um layout dinâmico e de fácil navegação. Na página inicial, um mapa do Brasil com o aviso “Clique aqui, para iniciar o tour” liga o usuário a um mapa animado do país em que os estados que possuem centros de pesquisa da USP estão destacados. Em São Paulo, o mapa é dividido por municípios, cuja cor identifica sua relação com a USP – os vermelhos têm unidades e os laranja, centros de pesquisa.
A capital do estado também permite uma navegação mais precisa. Lá o internauta pode ver a localização dos campi e centros de pesquisa dentro da cidade, também na divisão de cores. Mesmo dentro de São Paulo a presença da USP pode ser surpreendente para os menos habituados com o universo da Universidade: ao lado de locais conhecidos como a Cidade Universitária e a Faculdade de Direito, estão instituições como o Hospital de Cotoxó e o Núcleo de Apoio Social, Cultural e Educacional (Nasce) da USP Leste.
Concebida pelo professor Wanderley Messias da Costa, geógrafo e coordenador da CCS, a página também traz as reportagens desenvolvidas pela série USP Sem Fronteiras, do USP Notícias, que fala justamente dos braços da USP localizados em cidades menos conhecidas.
Acesso fácil à extensão
Muitas pessoas que não trabalham nem estudam na USP têm relação direta com a Universidade por meio dos serviços oferecidos pela instituição. Estes se dividem em inúmeras vertentes – saúde, esporte, cultura e outros.
O novo site de Serviços funcionará como um guia dessas atividades oferecidas pela Universidade, em todos os seus desdobramentos. Por exemplo, o usuário poderá saber os procedimentos para se credenciar num tratamento de saúde ou levar seu animal para uma consulta no Hospital Veterinário. As informações são catalogadas de três maneiras: por campus, por órgão e pelo sistema “Serviços de A a Z”.
Mais uma vez, a voz do usuário do usp.br foi determinante para a arquitetura dessa página. Mas não apenas os internautas apresentaram demandas que contribuíram para a organização do site: os atendimentos presenciais feitos pelo Centro de Visitantes, na Cidade Universitária, forneceram subsídios para que os responsáveis pelo site de Serviços soubessem o que estaria entre os principais interesses dos usuários.
Com base nessas consultas, iniciou-se um verdadeiro trabalho de garimpagem, em contato com todas as unidades que ofereciam serviços, para saber sobre sua abrangência, o modo de inscrição, qual o público-alvo e outros detalhes. O novo usp.br trará um link para o site de Serviços, localizado na parte inferior da página. O endereço para acesso direto é o www.servicos.usp.br.
A USP em rankings internacionais
Com critérios bem diferentes daqueles analisados em rankings das instituições acadêmicas, o Webometrics Ranking of World Universities, que avalia apenas aspectos dos sites das universidades, publicou recentemente sua pesquisa, posicionando a USP em 114 o lugar. Segundo o mesmo levantamento, entre os países da América Latina (Top Latin America), a USP aparece em segundo lugar, atrás da Universidade do México. Realizada pelo grupo de pesquisas Consejo Superior de Investigaciones Científicas (CSIC), ligado ao Ministério da Educação da Espanha, a iniciativa foi instituída com o objetivo de incentivar as publicações no formato web das instituições de ensino superior.
De acordo com as informações no www.webometrics.info, os sítios das universidades não são ranqueados de acordo com números de visitas ou design das páginas, por exemplo, mas com a performance global e visibilidade das instituições. Quatro critérios são avaliados, cada qual com diferentes pesos. “Tamanho” inclui o número total de páginas recuperadas a partir de quatro mecanismos de buscas, o Google, Yahoo, Live Search e Exalead. “Visibilidade” considera o total de páginas e links externos que trazem citações à instituição, recuperados pelos mecanismos do Yahoo Search, Live Search e Exalead. “Rich Files” considera todos os documentos anexados ao sítio nos seguintes formatos: Adobe Acrobat (.pdf), Adobe PostScript (.ps), MicrosoftWord (.doc) e Microsoft Powerpoint (.ppt). O quarto critério, chamado “Scholar (Sc)”, engloba o número de citações em artigos científicos para cada domínio acadêmico, cujos resultados são extraídos do Google Scholar, um banco de dados de artigos científicos, relatórios e outros itens acadêmicos.
A USP também aparece bem posicionada em outros rankings mundiais, esses mais focados em conceituar o desempenho das instituições acadêmicas em si. Considerado um dos mais importantes estudos do gênero na área acadêmica, o ranking internacional de produção científica realizado pelo Instituto de Altos Estudos da Universidade de Xangai Jiao Tong, na China, posiciona a USP entre as 500 melhores do mundo, em 128 o lugar, seis posições acima em relação a 2006. Nesse ranking, por exemplo, as universidades de Buenos Aires e Autônoma do México estão empatadas em 165 o lugar.
Publicado recentemente, pelo Higher Education Evaluation & Accreditation Council of Taiwan, a pesquisa intitulada “2007 Performance Ranking of Scientific Papers for World Universities” classificou a USP na 94 a posição entre as 500 melhores universidades do mundo, considerando os critérios de produtividade, impacto e excelência da pesquisa.
Já no The Times Higher Education Supplement, outro conhecido levantamento com as 200 melhores universidades do mundo, a USP ocupa o 175 o lugar, empatada com a Universidade de Massachusetts, Amherst. Publicada anualmente, a lista inclui critérios que vão desde pesquisas realizadas pelas instituições até opiniões dos empregadores de recém-formados, de acadêmicos e estudantes de outras países.
SYLVIA MIGUEL
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