A reitora da USP, professora Suely Vilela, anunciou a concessão de R$ 8 milhões para o Campus 2 da Universidade em São Carlos, durante visita no dia 18 de fevereiro. “Os recursos são destinados à consolidação dos cursos já existentes e também a novas demandas. A comissão

Foto crédito: Edmilson Luchesi

acadêmica definiu alguns projetos e agora a comissão de implantação deste campus, presidida pelo vice-reitor, professor Franco Lajolo, definirá quais são as prioridades”, explicou a reitora, depois de inaugurar o Conjunto de Apoio Didático e os prédios dos cursos de Engenharias Aeronáutica e Ambiental da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), no Campus 2. “Do ano de 2000 para cá nós tivemos um aumento de 127% no número de vagas. Essas inaugurações concretizam efetivamente a finalização dos projetos de implantação dos cursos criados nesse período”, complementou.


Já no Campus 1, Suely Vilela participou do lançamento da pedra fundamental do novo bloco de moradia estudantil. Durante seu discurso, a reitora citou a política de permanência e formação estudantil da Universidade, consolidada desde abril de 2007, com a criação de uma comissão para esse fim. “A construção desse bloco vai ao encontro da reivindicação dos estudantes. Está de acordo, portanto, com o investimento na infra-estrutura compatível para viabilizar a permanência dos estudantes na Universidade”, afirmou a reitora. O novo prédio, cujo projeto está em fase de definição, terá capacidade para 60 alunos. Junto à pedra fundamental do bloco foi enterrada uma caixa com documentos e jornais do dia.

Biblioteca – Durante a visita a São Carlos, a reitora ainda se reuniu com alunos e inaugurou o Edifício de Engenharia Mecatrônica, o Edifício de Laboratórios de Ensino dos cursos de Engenharia Elétrica e de Computação (ambos da EESC) e o novo prédio da Biblioteca do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC), que conta com mais de 3 mil metros quadrados, acervo bibliográfico de 130 mil itens e coleções completas de periódicos que datam do final do século 18.

A propósito da biblioteca, o professor João Cyro André, coordenador da Coordenadoria do Espaço Físico (Coesf) da USP, disse, depois de retornar de São Carlos, que ela foi executada com grande cuidado e esmero, sendo considerada uma das mais completas do país na área de matemática e computação. Em torno do prédio de três andares foram executadas obras de paisagismo, transformando o local num ambiente agradável e visualmente bonito.

Foto crédito: Edmilson Luchesi
A reitora em São Carlos: mais verbas e instalações para o ensino

O coordenador disse que as obras na USP de São Carlos podem ser classificadas em três grupos, sendo que no primeiro se incluem as que foram programadas há mais tempo e não têm necessariamente ligação com a implantação do Campus 2. Citou as instalações destinadas aos cursos de Mecatrônica e Eletricidade, além de Engenharia Química Ambiental. No mesmo grupo entram a biblioteca e o restaurante, em fase de implantação. O segundo grupo consta de instalações planejadas em função do Campus 2, inovando na forma de ocupação do espaço físico, conforme observou o professor. Destaca-se aí o Bloco Didático, que tem como característica interessante atender ao ensino de graduação de todas as unidades existentes em São Carlos, que são quatro: a EESC, o ICMC, o Instituto de Física (IF) e o Instituto de Química (IQ). Num terceiro bloco, o coordenador da Coesf coloca a moradia estudantil, no campus antigo, agora ampliada com mais 60 vagas.

Os estudantes consideram que o bloco em construção vai atender às necessidades imediatas, mas o ideal é que fossem garantidas pelo menos mais 240 vagas, e isso se não forem criados mais cursos, com ingresso de mais alunos. Caso contrário, a demanda será ainda maior. André Luis Martins, que cursa o quinto ano de Química e representa os estudantes no processo de autogestão do alojamento, disse que em cinco anos o número de alunos dobrou em São Carlos, aproximando-se de 5 mil. Se for levado em conta que cerca de 10% dos que entram na Universidade precisam morar no campus, do contrário teriam que desistir do curso, é evidente que a ampliação terá que ser maior até 2010. Disse que os estudantes vão reivindicar a construção de conjunto residencial também no Campus 2, pois é lá que a expansão dos cursos será maior.

Além de autoridades da USP, professores, alunos e funcionários, os eventos contaram com a participação do deputado federal Lobbe Neto, do deputado estadual Roberto Massafera e do coordenador de Relações Institucionais da Prefeitura Municipal de São Carlos, Yashiro Yamamoto.

 
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