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A Arte do Período Edo

Foto crédito: divulgação
Peças inéditas da cultura japonesa

A Pinacoteca homenageia o Centenário da Imigração Japonesa no Brasil com a exposição “O Florescer das Cores: A Arte no Período Edo”, que será inaugurada nesta sexta. Organizada pela Agência Cultural do Japão, a mostra reúne cerca de 160 peças inéditas no país, como quimonos, adornos femininos, cerâmicas, artefatos em laca e indumentárias de samurais. A Era Edo tem como principal característica a dominação do xogunato Tokugawa, governo militar centralizado, e o isolamento quase completo do Japão. Com curadoria de Saito Takamasa, a exposição se divide em quatro módulos: Os Quimonos e os Ornamentos do Corpo apresentam vestes do tipo kosode (mangas pequenas), furisode (mangas longas) e katabira (sem forro, feito de cânhamo), atraentes por sua tecelagem, tingimento e ilustrações, geralmente inspiradas em motivos da natureza (a coleção se completa com pentes, presilhas e ornamentos artesanais); O Universo dos Samurais, guerreiros do Japão feudal, é composto por duas armaduras completas e selas de montaria, além de um par de espadas, uma delas confeccionada por Bungo-no Kuni Yukihira, no século 13, e a outra por Masatsume, no século 12; A Cerâmica Japonesa expõe desde peças do período Jomon, iniciado há cerca de 12.500 anos, até objetos coloridos com a técnica de Sometsuke de Imari e cerâmicas de Kokutani, Kakiemon, Nabeshima e de Ninsen e Kenzan; e, por fim, Os Artefatos de Laca apresentam uma coleção de pequenos artefatos utilizados para carregar remédios, conhecidos como inrô, juntamente com seus netsuke, ornamentos que lhe serviam de contrapeso. Exibe ainda objetos criados para o enxoval de noivas da elite, incluindo móveis para toaletes femininos, objetos de papelaria e artigos para incenso, todos decorados com a técnica makie, que utiliza pó de ouro no envernizamento. Em cartaz até 22 de junho, de terça a domingo, das 10h às 18h, na Pinacoteca (Praça da Luz, 2). Mais informações pelo tel. 3324-1000. Ingressos a R$ 4,00, à exceção dos sábados, quando a entrada é gratuita.

 

Gravuras na Estação Pinacoteca

A Estação Pinacoteca expõe uma seleção de 45 obras de Ely Bueno, caracterizada pela força dramática de sua expressão e pela singularidade de sua produção. “Ely Bueno: Desenhos e Gravuras” demonstra uma arte obstinada, que se expressa através de hachuras e aguadas densas que revelam dor e sofrimento. Também estão expostos os recentes trabalhos produzidos a partir de imagens fotográficas de Cristina Rogozinski e Flávia Ribeiro em “Paisagens”. Na mostra, as artistas modificam o sentido inicial da imagem e descobrem novas formas que surgem com a mudança das cores das fotos para um preto-e-branco chapado. Os contornos lembram mapas e até lugares diferentes, ressaltando detalhes, inventando sensações e incorporando juízos do interlocutor. As exposições podem ser vistas até 15 de junho, de terça a domingo, das 10h às 18h, na Estação Pinacoteca (Largo General Osório, 66). Mais informações pelo tel. 3337-0185. Os ingressos custam R$ 4,00; aos sábados a entrada é franca.

 

A viagem de Yukio


Arco íris e sombra, do artista Yukio Suzuki

O Museu Brasileiro de Escultura (MuBE) apresenta “A Viagem de Yukio Suzuki”, com 104 obras que retratam a trajetória do artista. Com curadoria de Lila Papenburg e Sonia Bogaz são exibidas 59 pinturas sobre tela e uma instalação: a enorme maçã, escultura com 2,5 metros de altura criada para a 14ª Bienal Internacional de São Paulo – a cenografia foi concebida pela arquiteta Danielle Klintowitz que reproduziu a sala do artista na Bienal de 1977, em que a grande maçã está cercada por fotos de pontos marcantes da cidade em que a obra está inserida (a Grande Maçã foi construída em resina e fibra de vidro a partir de um dos temas da bienal, Recuperação de Paisagem). Destaque ainda para Matizes da Incidência, trabalho composto por 807 pequenos cartões com o desenho do mesmo objeto que diferem entre si pelas alterações cromáticas, uma vez que haviam sido feitos em diferentes momentos do dia. Segundo o crítico de arte Jacob Klintowitz, “a exata colocação dos elementos plásticos sempre conferiu a Suzuki uma extraordinária clareza. Nada é vago ou tópico. Ao contrário, todas as coisas são únicas, idênticas a si mesmo e afirmam que não poderiam ser de outra maneira”. Até 1º de maio, de terça a domingo, das 10h às 19h, no museu (av. Europa, 218, Jardim Europa). Mais informações pelo tel. 3081-8611. Entrada franca.

 

Os códigos de Da Vinci

Foto crédito: divulgação
O Automóvel-robô, engenhosa máquina capaz de se mover sozinha

O Museu da Casa Brasileira inaugura nesta terça, às 19h30, a mostra “Os Segredos dos Códigos de Leonardo Da Vinci”, promovida pelo Instituto Italiano para o Comércio Exterior (ICE). Os visitantes podem folhear, ampliar detalhes e ler os textos originais de mais de 320 páginas do Código Atlântico, a mais ampla coleção de anotações e desenhos de Da Vinci, que compreende o período mais fértil de sua atividade criativa; além de outras 36 páginas do Código do Vôo, em que o artista discorre sobre a mecânica do vôo dos pássaros para desenvolver uma máquina que levaria o homem a voar. Nesses trabalhos, expostos em estações multimídia, encontra-se estudo urbanístico para a cidade de Milão intitulado Cidade Ideal, além de projetos para a construção de armamentos de defesa, pontes, fortificações, máquinas e instrumentos musicais, entre outros. Também vão integrar a mostra uma das mais conhecidas criações de Da Vinci: o Automóvel-robô, veículo capaz de se mover sozinho desenvolvido para criar efeitos especiais no teatro; e o Pássaro Mecânico para Estudos, boneco com formato de pássaro utilizado para medir o baricentro e a posição de equilíbrio do animal. Em cartaz até 4 de maio, de terça a domingo, das 10h às 18h, no museu (av. Brig. Faria Lima, 2.705, Jardim Paulistano, tel. 3032-3727). Os ingressos custam R$ 4,00, aos domingos a entrada é gratuita.

 

A arte da azulejaria

Utilizado desde o início da era moderna em templos e paredes de casas fidalgas, além de palácios e logradouros públicos portugueses, o azulejo é um marco da cultura lusitana do século 16. Com 141 relíquias trazidas de Portugal, a mostra “As Coleções do Museu Nacional do Azulejo de Lisboa” traça uma cronologia da azulejaria através de painéis, vasos, travessas e balaústres feitos através das mais diversas técnicas (ponta de diamante, enxarquetado e ponta de corda) e estilos (barroco, rococó, neoclássico, art nouveau e art déco). As peças possuem tanto motivos árabes como florais, mitológicos, hagiológicos e marítimos, entre outros. Destaque para o brasão dos Braganças, de 1558; painéis com inspiração moura, datados dos séculos 16 e 17; e um mural com motivo floral, também do século 17. Até 20 de julho, com visitação às segundas, das 11h às 20h, de terça a sábado, das 10h às 20h, e domingos, das 10h às 19h, na Galeria de Arte do Sesi (av. Paulista, 1.313). Mais informações pelo tel. 3146-7405. Entrada franca.

 

Lençol Freático


Horizonte Plástico, parte da videoinstalação de Sonia Guggisberg

A artista plástica Sonia Guggisberg apresenta, a partir da próxima segunda, dia 21 de abril, a mostra “Lençol Freático”, um site specific que propõe reflexões sobre as reservas de água e as reservas financeiras do Brasil. O trabalho foi produzido para o antigo cofre do Banco do Brasil, instalado no subsolo da instituição. Na videoinstalação Nascente o visitante se depara com uma fonte de água projetada no fundo de uma piscina, sugerindo uma inundação no cofre; em Correnteza, projeções sobre o solo transformam o corredor em um rio ilusório; na instalação Linha d’água, vídeos justapostos criam um ritmo aleatório de movimentos, captados no projeto de intervenção Bolhas Urbanas; já em Horizonte Plástico fragmentos de registros fotográficos remontados enfocam a relação das bolhas com o solo. Até 1º de junho, de terça a domingo, das 10h às 20h, no Centro Cultural Banco do Brasil, (r. Álvares Penteado, 112, Centro). Mais informações pelo tel. 3113-3651. Entrada franca.

 

A Bíblia no Brasil

A trajetória das Sagradas Escrituras no país, assim como sua influência na vida das pessoas é mostrada a partir desta terça no Museu da Bíblia. “Os Caminhos da Bíblia no Brasil” permite uma visão da história do livro desde 1808 até os dias de hoje. A mostra traz três réplicas de estações de trem, que servem como painéis expositores: O Começo, A Difusão e A Influência. Estão expostos os principais eventos relacionados à Bíblia no século 19, como a decisão da Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira, na Inglaterra, de imprimir exemplares para envio a colônias portuguesas e a criação, em 1923, da primeira versão do livro para as línguas indígenas, com tradução do Evangelho de João para o dialeto dos índios macuxis. Ao final do percurso os visitantes podem escrever um depoimento sobre a influência que a Bíblia tem em suas vidas. Em cartaz até abril de 2009, de terça a domingo, das 9h às 16h30, no museu, que fica na av. Pastor Sebastião Davino dos Reis, 672, Vila Porto, Barueri. Mais informações pelo tel. (11) 4168-6225. Grátis.

 

Cores do Sentimento

O artista plástico Jack Mast, nascido em Paris nos anos 50, expõe pela primeira vez no Brasil. “Cores do Sentimento”, em cartaz até 6 de maio na Reserva Cultural, reúne uma seleção de obras abstratas do parisiense chegado ao Brasil, onde se instalou, no ano passado. Entre os trabalhos, estão Desvio para o Futuro, Interior de Mãe, Banana Flambada au Clair de la Lune e No Decurso da Vida Cursa o Corpo de uma Mulher, inspirados em conflitos emocionais e sentimentos. O artista já expôs em países como Canadá, Nova York, Espanha, Marrocos, Tunísia, Bélgica, Itália e Bruxelas e possui cerca de 500 obras produzidas. A exposição fica aberta à visitação diariamente, das 10h às 22h, na Reserva Cultural (av. Paulista, 900). Mais informações pelo tel. 3287-3529. Entrada franca.

 
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