Uma vitória da ciência e da sociedade

Uma vitória da ciência e da sociedade brasileira. É assim que a professora Mayana Zatz, coordenadora do Centro de Estudos do Genoma Humano da USP, classifica a aprovação, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), no dia 29 de maio, das pesquisas com células-tronco embrionárias humanas no país. “A gente espera poder mostrar que valeu a pena. No momento em que tivermos os primeiros resultados, tenho certeza de que quem se posicionou contra vai mudar de idéia”, diz Mayana. Esses “primeiros resultados” podem demorar, porém. Os cientistas ainda não conhecem os mecanismos que determinam o comportamento das células no organismo. “Não podemos nem sonhar em injetar essas células enquanto não tivermos certeza de que estamos controlando totalmente a diferenciação. Imagine se eu quero regenerar músculo e as células de repente ‘dizem’: ‘queremos virar osso’. Seria um desastre.” Em modelos animais, a professora diz ter obtido resultados promissores. No canil mantido pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, 30 animais são usados por 40 pesquisadores em testes pré-clínicos para tratamentos com células-tronco. O cão Ringo tem 5 anos, é portador do gene da distrofia muscular mas está protegido da doença. “Se entendermos o que o protege, teremos outro caminho para o tratamento”, diz Mayana. especial

 

 

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Os outros problemas do ensino infantil

As creches paulistanas apresentam problemas de vários tipos – além da qualidade do ensino –, que prejudicam a aprendizagem das crianças. Entre esses problemas estão elevados índices de barulho, pouca iluminação e temperatura inadequada. Essa é a conclusão de uma pesquisa da professora Tizuko Morchida Kishimoto, da Faculdade de Educação da USP, feita com o objetivo de contribuir para políticas públicas na área da educação infantil. Na creche Suzana Campos Tauil, localizada no bairro da Saúde, por exemplo, as crianças sofrem com o frio e com ruídos, que chegam a 85 decibéis, quando o tolerável são 55 decibéis. “A preocupação com a qualidade do ensino não deve se limitar à quantidade de alunos por sala. Todo o ambiente precisa ser tranqüilo e sem estresse”, diz Tizuko, que na pesquisa contou com o apoio de um médico otorrinolaringologista e do Laboratório de Conforto Ambiental e Eficiência Energética da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP. “Isso é muito preocupante, porque com muito barulho o ato de aprender a falar fica prejudicado.” Ainda na área da educação, em artigo nesta edição, a professora da USP em São Carlos Edna Maura Zuffi discute a qualidade do ensino no país. “As soluções existem e são apontadas diuturnamente por especialistas. Faltam-nos organização, seriedade e uma ação integrada para atacar todos os problemas enfrentados em nossas escolas”, ela escreve. cultura

Fatores que levam à recuperação do dependente

É um equívoco pensar que o sucesso na recuperação de dependentes de drogas é muito baixo. Ele é tão bom ou ruim como no tratamento de outras doenças crônicas, como diabete, asma ou hipertensão arterial. No caso de viciados em drogas, as recaídas se devem principalmente à falta de adesão ao tratamento terapêutico e farmacológico prescrito, ao status econômico do paciente e ao baixo suporte familiar. Foi o que disse o médico psiquiatra André Malbergier, do Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas, durante a 9a São Paulo Research Conference, realizada na Faculdade de Direito da USP de 29 a 31 de maio. Promovida pela Pró-Reitoria de Pesquisa, a conferência – que teve como tema geral “Drogas: uma abordagem interdisciplinar” – contou com participantes do Brasil e do exterior, que discutiram temas como drogas na universidade, embriaguez e trabalho, álcool e alcoolismo no livro didático e políticas públicas preventivas da dependência química, entre outros. nacional

Instalada a Cátedra Unesco de Direito à Educação

A Faculdade de Direito da USP é a sede da Cátedra Unesco de Direito à Educação. Funcionando no âmbito do curso de mestrado, a cátedra oferecerá disciplinas em nível de pós-graduação stricto sensu relacionadas a direito à educação e direito educacional, fará a sistematização e análise da legislação e jurisprudência nesses campos e organizará conferências com especialistas do exterior e debates regionais. Ela é coordenada pela professora Nina Ranieri, docente do Departamento de Direito de Estado da Faculdade de Educação e atual secretária adjunta de Ensino Superior do Estado de São Paulo. universidade

 

 

 
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