Mesmo com
os atrasos
provocados
pela manifestação
em frente à Reitoria,
Conselho
Universitário
se reuniu e
aprovou novos
cursos e vagas
na Universidade
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Educação Física (com 60 vagas, na Escola de Educação Física da USP de Ribeirão Preto) e Bacharelado em Estatística (com 40 vagas, em período noturno, no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação, da USP de São Carlos). A ampliação do número de vagas ocorrerá em Engenharia de Produção Mecânica, da Escola de Engenharia de São Carlos (de 30 para 50 vagas), e no Bacharelado em Estatística do Instituto de Matemática e Estatística, em São Paulo (de 30 para 40 vagas). Em contrapartida, o curso de Meteorologia, no IAG, passará a oferecer 30 vagas, ao invés de 40. Com essas medidas, cresce de 10.302 para 10.557 o número de vagas oferecidas pela Universidade.
Negociação – A reunião do Conselho Universitário ocorreu mesmo com o piquete organizado por um grupo de estudantes e funcionários na frente do prédio da Reitoria da USP. Prevista para ter início às 10 horas, a sessão só pôde ser realizada à tarde porque a entrada dos membros do órgão foi impedida pelos manifestantes. Uma moção assinada por 67 integrantes do Conselho Universitário qualificou a ação dos componentes do ato como “piquete agressivo e intimidatório”, afirma que “o órgão máximo da Universidade de São Paulo foi ultrajado e agredido” naquela manhã e convoca a sociedade paulista a “defender sua Universidade, de forma que o estado de direito seja preservado, no interesse maior da população” (leia abaixo a íntegra da moção).
Em função do piquete, a Reitoria impetrou ação judicial de interdito proibitório com pedido de liminar. A ação foi deferida pela 4ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, que reconheceu estarem figurados no piquete e na obstrução do prédio o “esbulho e a turbação da posse”. A Justiça determinou que os responsáveis pela manifestação liberassem os acessos. Caso a medida não fosse acatada, os alunos e funcionários que compunham o piquete estariam sujeitos a multa diária de R$ 5 mil. Por volta das 15 horas, as entradas do prédio foram desobstruídas, e as atividades da administração central puderam ser retomadas, inclusive com a realização da reunião do Conselho Universitário em sua sala, no térreo da Reitoria. Por conta do atraso no início da sessão, outros itens que constavam da pauta não foram debatidos.
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Piquete de
estudantes e
funcionários
atrasou o início
da reunião
do Conselho
Universitário:
moção assinada
por 67 docentes
repudiou o ato
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Membros da diretoria do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp) afirmaram que a manifestação visava a reforçar as reivindicações da pauta específica encaminhada pelo sindicato. As reuniões de negociação entre a diretoria do Sintusp e a Reitoria têm sido realizadas regularmente. A última ocorreu no dia 12 de junho.
No âmbito da negociação unificada das três universidades estaduais, os sindicatos têm reivindicado a incorporação da parcela fixa de R$ 200,00 aos salários. O presidente do Conselho dos Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp), Marcos Macari, reitor da Unesp, informou aos representantes do Fórum das Seis – que integra os sindicatos de docentes e servidores da USP, Unesp, Unicamp e Centro Paula Souza –, na reunião de negociação do dia 29 de maio, que a parcela não será incorporada e que não haverá mais discussão sobre a questão salarial neste ano. O Cruesp concedeu reajuste de 6,51% sobre os vencimentos de maio de 2008. Até o fechamento desta edição, ainda não havia data marcada para nova reunião entre as duas partes, que devem discutir temas como políticas de apoio à permanência estudantil.
Moção condena obstrução de prédio
Leia a seguir a íntegra da moção assinada por 67 membros do Conselho Universitário da USP no dia 17 de junho em repúdio ao piquete realizado na frente do prédio da Reitoria:
“Os membros do Conselho Universitário abaixo assinados, impedidos de realizar sua Reunião Ordinária, convocada para as 10 horas do dia 17 de junho, pelo piquete agressivo e intimidatório realizado por um grupo de estudantes e servidores técnico-administrativos, reuniram-se assim que possível na sala de reuniões da Fuvest, sob a liderança da Magnífica Reitora, e manifestam-se nos seguintes termos:
- O órgão máximo da Universidade de São Paulo foi ultrajado e agredido nesta manhã de 17 de junho.
- Membros do Conselho Universitário foram agredidos na sua tentativa pacífica de adentrar o prédio da Reitoria, para deliberar, entre outros temas em pauta, sobre a criação de novos cursos e a abertura de vagas para a população brasileira.
- O Conselho Universitário foi submetido a agressões verbais e físicas, em clara posição antidemocrática e intimidatória.
- Essa atitude irresponsável e inaceitável, organizada por grupo reduzido de militantes sem causa acadêmica clara, tem se repetido diversas vezes nos anos recentes, representando ataque altamente destrutivo a este que é um dos patrimônios maiores do povo paulista, a Universidade de São Paulo.
- Convocamos toda a comunidade universitária a, juntamente com o Conselho Universitário, repudiar essa ação, através de seus órgãos acadêmicos instituídos e manifestações da absoluta maioria de seus professores, alunos e servidores técnico-administrativos, dedicada ao desenvolvimento do ensino, da pesquisa e da extensão universitários, em defesa da Universidade e de seus órgãos deliberativos superiores.
- Convocamos também a sociedade paulista para, através de seus órgãos constituídos, defender sua Universidade, de forma que o estado de direito seja preservado, no interesse maior da população.
- A Universidade vai prosseguir em sua missão constitucional de buscar todos os instrumentos jurídicos e legais, internos e externos, para responsabilizar civil e criminalmente os agressores da Universidade e de seu patrimônio físico e acadêmico.
- A Universidade de São Paulo vai prosseguir no processo em curso, liderado pela Reitoria, de promover as transformações modernizadoras que visam ao desenvolvimento da USP como instituição maior de ensino e pesquisa no cenário científico nacional, regional e internacional.”
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