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Fotografia na Pinacoteca
Plínio Marcos pelas lentes de Vânia Toledo
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A Pinacoteca está com mais duas exposições em cartaz. “Diário de Bolsa: Instantâneos do Olhar” apresenta cerca de 120 imagens inéditas da fotógrafa mineira Vânia Toledo. As fotos foram tiradas entre as décadas de 70 e 90, em que Vânia focou personagens da noite paulistana e carioca (a mostra pode ser vista até 26 de outubro). Já “Intimidade: Julio Landmann” traz 30 fotografias coloridas que retratam a visão do artista sobre a natureza. Nessas imagens, “cantos arredondados vibram com desejo; corpos sugeridos transpiram e se movem com prazer. Eis então, como o jogo de formas se multiplica. A fotografia de Landmann escorre sem pretensão nenhuma; é quase psicológica”, explica o curador Diógenes Moura, responsável por ambas as mostras (até 4 de janeiro de 2009). De terça a domingo, das 10h às 18h, na Pinacoteca, que fica na Praça da Luz, 2, Centro. Informações pelo tel. 3324-1000. Os ingressos custam R$ 4,00 (grátis aos sábados).
O Novo Expressionismo
A emoção e a arte feita como força motriz direta da sensibilidade e do sentimento são os temas da mostra “O Novo Expressionismo: Cabral, Ayoub e Perelman”, com curadoria do jornalista e crítico Jacob Klintowitz. A mostra, que será inaugurada nesta terça, reúne seis telas inéditas de Antônio Hélio Cabral que, segundo Klintowitz, “é um dos pintores e desenhistas de mais intensa atividade no Brasil... A sua obra é de grande impacto e empatia com o público”; outras seis de Naji Ayoub, marcadas pela grande delicadeza do artista, “dotado de uma técnica refinada, elabora superfícies com sutil cromatismo”; e dez telas de Ivo Perelman (a maior parte nunca apresentada em São Paulo), que além de pintor expressionista é um reconhecido músico de jazz. Em cartaz até 17 de outubro, de segunda a sexta, das 9h às 19h, e sábados, domingos e feriados, das 10h às 17h, no Espaço Cultural Citi (av. Paulista, 1.111). Informações pelo tel. 4009-3527. Entrada franca.
O Pintor de Três Mundos
Óleo sobre tela Auto-Retrato (1950), de Flavio-Shiró
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Nasceu e cresceu no Brasil, e divide seu ateliê entre Paris e Rio de Janeiro. Assim é o pintor Flavio-Shiró, que apresenta cerca de 250 obras na mostra “Flavio-Shiró, Pintor de Três Mundos: 65 Anos de Trajetória”, em cartaz até 5 de outubro. Segundo o curador Paulo Herkenhoff, os três mundos do artista são “a memória da ação caligráfica oriental, a incorporação do emaranhado vegetal amazônico e a gestualidade da arte informal européia dos anos 50”. Organizada cronologicamente, reúne trabalhos do começo da carreira, quando relatava cenas da vida paulista e carioca, como a série de 20 paisagens que conta com a Praça da Sé Vista da Rua Fagundes e uma curiosa tela de banhistas no rio Tietê. A exposição demonstra a constante experimentação de novas técnicas, tanto sobre a tela quanto sobre papel. Ainda segundo Herkenhoff, Shiró “evoca os contos aterrorizantes japoneses e o mundo de igarapés, taturanas e cipós, entre uma cultura sedimentada nos séculos e o espaço natural indômito”. De terça a domingo, das 11h às 20h, no Instituto Tomie Ohtake, que fica na av. Brig. Faria Lima, 201, Pinheiros (entrada pela r. Coropés). Informações pelo tel. 2245-1900. Grátis.
Pintores negros do Brasil
O objetivo de resgatar a produção artística dos negros brasileiros sustentado pelo Museu Afro Brasil fica claro na mostra “Negros Pintores”, em cartaz até novembro. São 140 obras de dez artistas atuantes entre a segunda metade do século 19 e início do 20. Os trabalhos são pouco conhecidos do público e da crítica e revelam a qualidade desses pintores no contexto brasileiro. A mostra destaca os artistas Arthur Timótheo, que decorou o Fluminense Futebol Clube e o Copacabana Palace Hotel; Benedito José de Andrade, que retratou quase que exclusivamente os negros; Estevão Silva, ligado ao Grupo Grimm, que buscava representar a natureza ao ar livre; Horácio Hora, freqüentador do Louvre, em Paris, e que ganhou notoriedade pela obra Pery e Cecy; Rafael Pinto Bandeira, considerado um dos mais importantes paisagistas e marinhistas do século 19; e Wilson Tiberio, que esteve no Senegal e se envolveu em um movimento revolucionário, entre outros. De terça a domingo, das 10h às 17h, no Pavilhão Manuel da Nóbrega, que fica no Parque do Ibirapuera, portão 10. Informações pelo tel. 5579-0593. Grátis.
Olhar de colecionador
Mulheres na Janela, de 1926, obra de Di Cavalcanti
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O desenvolvimento da arte moderna no Brasil é retratado na mostra “Acervo da Fundação Nemirovsky: O Olhar do Colecionador”. Através da produção de importantes artistas, o visitante pode perceber as relações entre modernismo e passado colonial, mestres europeus e com o popular. No percurso da mostra, o espectador vê o crescimento do interesse pela plástica pura em detrimento do tema e do nacionalismo, a chegada das abstrações e a estética. São cem trabalhos de nomes como Brecheret, Portinari, Pancetti, Volpi, Ismael Nery, Rego Monteiro, Guignard e Goeldi, entre outros. Estão expostas obras como Casal (1919), de Lasar Segall; O Pintor e seu Modelo (1963) e Minotauro, Bebedor e Mulheres (1933), de Pablo Picasso; e Mulheres na Janela (1926), de Di Cavalcanti, roubadas em junho passado e recentemente recuperadas. Em cartaz até 5 de outubro, de terça a domingo, das 10h às 18h, na Estação Pinacoteca (Largo General Osório, 66, Luz). Informações pelo tel. 3337-0185. Os ingressos custam R$ 4,00 (grátis aos sábados).
Mosaico do Uruguai
Em comemoração dos 183 anos de independência do Uruguai, o Memorial da América Latina promove a mostra “Mosaico Contemporâneo”. A exposição traz trabalhos de 19 artistas, que formam um painel das artes plásticas no Uruguai. São nomes como Adolfo Sayago, Enrique Medina, Luis Arias, Mario Gonzáles Sosa e Uri Negvi. Integra a programação da Semana do Uruguai em São Paulo, que conta ainda com uma mostra de filmes, palestra e concerto (de segunda a domingo, das 9h às 18h). No mesmo local, será inaugurada nesta quinta a exposição “Mapuche: Povo e Cultura Viva”, uma iniciativa do governo do Chile, iniciativa da Universidad de La Frontera e Universidad Católica de Temuco, acadêmicos, artesãos e cultivadores da arte mapuche. A mostra traz tradicionais peças de prata, produtos têxteis e painéis, que refletem a ocupação atual desse povo e evidenciam a riqueza de seus costumes (até 28 de setembro). Visitação de terça a domingo, das 9h às 18h, no Memorial, que fica na av. Auro Soares de Moura Andrade, 664, Barra Funda. Informações pelo tel. 3823-4600. Grátis.
Expressionismo alemão
Pela Tarde, de Heinrich Vogeler
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No fim do século 19, um grupo de artistas alemães se reuniu e formou uma colônia em Worpswede, a 20 quilômetros de Bremen. Para a maioria deles, as paisagens nórdicas do vilarejo foram suficientes, mas para Paula Modersohn-Becker, os moradores foram mais interesantes. Ao contrário de seus colegas – Fritz Overbeck, Heinrich Vogeler, Hans am Ende, entre outros – Paula registrou os locais em gravuras e desenhos de forte carga dramática, buscando mostrar a natureza interior das coisas e antecipando o expressionismo. Ousada, ela possui uma série de auto-retratos nus, prova de seu pioneirismo. É isso que mostra a exposição “Primeiro Expressionismo Alemão: Paula Modersohn-Becker e os Artistas de Worpswede – Desenhos e Gravuras (1895-1906)”, que apresenta 64 trabalhos sobre papel, 19 fotografias e 11 livros. Em cartaz até 5 de outubro, de terça a domingo, inclusive feriados, das 11h às 18h (às quintas o horário se estende até às 20h), no Masp, que fica na av. Paulista, 1.578. Mais informações pelo tel. 3251-5644. Os ingressos custam R$ 15,00 (grátis às terças).
Entre Brasil e Lituânia
Para comemorar seu 12º aniversário, o Espaço oPHicina apresenta a exposição individual de Helena Kavaliunas, “Olhares do Afeto: São Paulo – Vilnus”, que traz fotografias e instalações. A artista traça um paralelo entre a Lituânia, terra de origem familiar, e o Brasil, país de nascimento e moradia. A partir de imagens, ruma para investigações em vários suportes e instalações interativas. A proposta é mostrar as diferenças, semelhanças, ligações e interferências da artista entre os elementos arquitetônicos das duas culturas. Em confronto com o garimpo do olhar para detalhes invisíveis empreendido em São Paulo, Helena apresenta outra série de arqueologia fotográfica que realizou na Lituânia. A temporada vai até 13 de setembro, de segunda a sexta, das 9h às 18h, e sábados, das 11h às 15h, no Espaço (r. Aspicuelta, 329, Vila Madalena). Informações pelo tel. 3813-9712. Grátis.
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