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Produção cientifica no Brasil evidencia desconcentração regional, mas avança com o aumento da colaboração entre seus pesquisadores

Estudo realizado no Núcleo de Economia Regional da Universidade de São Paulo, e publicado na revista Transinformação, analisa dados curriculares de mais de um milhão de pesquisadores brasileiros na busca da relação do papel da geografia na produção de conhecimento no Brasil, o que contribui para o melhor entendimento do funcionamento e evolução do sistema nacional de inovação.

Inserido no grupo denominado de países cientificamente emergentes, o Brasil viu sua produção científica crescer de maneira acelerada nas últimas décadas. Aliado ao crescimento da colaboração internacional, observa-se um crescimento acelerado da colaboração entre pesquisadores brasileiros. No âmbito da cientometria espacial, área que investiga como a geração e a difusão do conhecimento se localizam no espaço, o estudo analisou 1.131.912 currículos da Plataforma Lattes, identificou e contabilizou as coautorias regionais entre os pesquisadores entre 1990 e 2009 por meio de adaptações do software ScriptLattes.

Dentre seus principais resultados, os autores do estudo verificaram que a evolução da ciência brasileira é caracterizada pelo crescimento acelerado da produção científica e pela intensificação da colaboração entre seus pesquisadores. Embora ainda esteja fortemente concentrada nas regiões Sudeste e Sul, em especial no Estado de São Paulo, existem fortes evidências de um processo de desconcentração espacial ao longo do tempo associado à expansão das redes de colaboração e ao aumento da participação de pesquisadores das regiões cientificamente menos tradicionais, tais como Sul e Nordeste.

O estudo conclui sobre a importância das redes de colaboração científica na formulação de políticas de Ciência, Tecnologia e Inovação no Brasil no sentido de fomentar a difusão da reconhecida excelência dos grandes centros urbanos do Sudeste para centros menos privilegiados de outras regiões, promover o incremento de qualidade e a desconcentração regional da atividade científica. Por fim, o estudo reafirma que a localização geográfica dos fluxos de conhecimento está estreitamente ligada ao desenvolvimento regional, na medida em que o aumento da capacidade de acesso de empresas que investem em Pesquisa e Desenvolvimento às fontes de conhecimento pode ter seu efeito potencializado em termos de atividades inovativas caso essas fontes estejam integradas às redes de produção compartilhada de conhecimento técnico-científico.

Fonte: SciELO


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