Foi elaborado um modelo de equilíbrio geral aplicado espacial para se adotar no planejamento e na análise de políticas de transporte em Minas Gerais. O modelo possui o objetivo de fazer estática-comparativa, incorporando explicitamente custos de transporte do tipo iceberg. São modeladas quatro atividades, a saber, a produção, o consumo, o transporte e a exportação. Assumem-se dois fatores de produção – trabalho e outros fatores. No modelo, existem doze regiões domésticas e três regiões externas. Foram desenvolvidos dois experimentos contrafactuais: uma queda generalizada de custos de transporte devido a um encurtamento das distâncias; e uma queda de custos de transporte em virtude de uma diminuição dos fretes. Os principais resultados testemunham uma distribuição assimétrica dos efeitos espaciais destes experimentos e mostram que políticas que melhoram as condições dos transportes geram ganhos de bem-estar social, aumentam o desempenho econômico e reduzem as disparidades regionais. A principal conclusão do trabalho abre a possibilidade de se usar o transporte como instrumento de política regional com vistas a combater as diferenças de renda entre as regiões.
Autor: Eduardo Simões de Almeida
Orientador: Eduardo Amaral Haddad
Ano: 2003