A tecnologia tem mudado a maneira de olhar para a agricultura nos últimos tempos, de modo que os agricultores não abstraem a ideia de implementação de uma vasto catálogo de possibilidades em inovações tecnológicas para serem adquiridas para sua propriedade de maneira que esta “produza mais com menos”, ou seja, tenha um aumento de sua produtividade a partir da otimização dos recursos existentes. Os pequenos e médios produtores devido á falta de instrução ainda enfrentam barreiras tanto econômicas quanto sociais a respeito de tais tecnologias, onde a falta de conhecimento os leva à ignorância inviabilizando dessa maneira o contato de tais com esta alternativa.
O país vem criando programas de incentivo ao uso de tecnologias diversas para um melhor uso dos recursos, programas vindos tanto do setor privado como o programa “Aquarius”, parceria iniciada em 2000 pelas empresas Cotrijal, Massey Ferguson, Yara, Stara e a Universidade Federa de Santa Maria, além do incentivo do governo federal através do programa “Mais Alimentos”, que destina recursos para investimentos em infraestrutura da propriedade rural, criando assim condições adequadas para o aumento principalmente da produtividade acarretada, consequentemente, do aumento da produção via aquisição de maquinas, implementos.
Podemos então analisar bases tecnológicas de outras áreas e aplicá-las na agricultura, como a aplicação de Veículos Aéreos Não Tripulados (VANT’s), os quais segundos relatos do Centro Técnico Aeroespacial (CTA), surgiram no Brasil por volta da década de 80, com o projeto Acauã. Tendo como seu principal “core” a utilização de imagens para mapeamento de culturas, avaliação de áreas cultivada, detecção de doenças nas lavouras além de mapeamento do solo para as propriedades. Porque não “pulverizar” esta ideia ao longo de um desenvolvimento em estudos nesta área. Pesquisadores da USP desenvolveram um sistema o qual sensores são dispostos ao longo da plantação de maneira a demarcar áreas em formatos quadrangulares. Estes sensores irão informar através de uma comunicação sem fio chamado de Zigbee (tecnologia de comunicação de longo alcance), a quantidade de defensivos os quais precisarão ser aplicados em certa região, enviando tais informações para o VANT. O “pequeno mensageiro” tem capacidade de processar tais informações e calcular a quantidade de defensivos necessários para cada uma das regiões demarcadas, com base em dados meteorológicos os quais influenciarão na eficiência de tal pulverização e fazer assim o mapeamento das quantidades e necessidades de tais defensivos. Os estudos garantem que além de ser um sistema guiado por controle remoto, é capaz de ser programado e ativado através de computadores, porém requerendo uma mão de obra especializada.
Este tipo de sistema assegura uma troca de informações adequada para o processamento e análise de dados os quais são necessários para que este veículo de informação possa se “comunicar com a terra” e consequentemente com os humanos e suas necessidades. É indiscutível a necessidade de profissionais capazes de interpretar estes tipos de tecnologias, com caráter técnico, de maneira a melhor adaptá-las para aplicações economica e socialmente viáveis, simbolizando um futuro de oportunidades para grandes, médios e pequenos produtores.
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