Texto por: Leonardo P. de Magalhães, Engenheiro de Biossistemas, Mestrando em Engenharia de Sistemas Agrícolas ESALQ/USP
Já chegamos à metade do segundo mês de 2017, época em que novos alunos começam a fazer suas matrículas em diversas Universidades pelo Brasil. E nesse período já podemos ver um sinal do crescimento da Engenharia de Biossistemas no País. Onde antes, lá ano de 2009, apenas uma turma de Engenharia de Biossistemas se matriculava na USP, atualmente já temos quatro faculdades públicas ministrando o curso (além da USP e da Federal de Campina Grande, as duas primeiras a ministrar o curso, e da UNESP em Tupã que iniciou o curso em 2014), o ano de 2017 será de estréia para a Engenharia de Biossistemas em Avaré, cidade onde o curso passa a ser ofertado pelo Instituto Federal.
Agora em Janeiro, a Engenharia de Biossistemas também foi citada no “Guia de Profissões do Agronegócio” da Revista Globo Rural (veja aqui). Em 2014 a Globo Rural já havia dado destaque para a Engenharia de Biossistemas como uma das 10 profissões mais promissoras do setor do agronegócio (veja aqui).
O curso da USP em Pirassununga também foi destaque em duas notícias:
No final do ano a Biossistec Jr. (Empresa Júnior do curso) se classificou para a final do “Ideas for Milk”, competição organizada pela Embrapa, e a Biossistec conseguiu o quarto lugar entre mais de 200 projetos inscritos (veja aqui e aqui). Além dessa notícia, outra excelente performance foi da equipe “Time Limit Exceeded USP”, formada por pesquisadores da FZEA e alunos do curso de Engenharia de Biossistemas que conseguiram o 3° lugar no Hackathon da EMBRAPA edição Campinas. A equipe desenvolveu um aplicativo que ajuda na detecção de doenças em plantas (veja mais aqui).
Na UNESP em Tupã, a tese de um docente do curso de Engenharia de Biossistemas foi escolhida como a melhor tese na 10ª edição do CTDIAC (Concurso de Teses e Dissertações em Inteligência Artificial e Computacional) que é um evento satélite do Congresso Brasileiro de Sistemas Inteligentes (BRACIS), que foi realizada em Recife- PE, do dia 9 a 12 de outubro (conheça mais aqui).
Além desse crescimento acadêmico, a participação dos engenheiros de biossistemas no mercado de trabalho vem aumentando. Diversas empresas tem contratado os recém-formados, bem como outras tem incluído o curso em seus processos seletivos. Empresas como a Monsanto, Natura, MCassab e Produquímica já contavam com engenheiros de biossistemas em seus quadros. E esse leque de empresas aumentou, tendo sido realizada a contratação de ex-alunos por empresas como: Raízen, Suzano Papel e Celulose, Grupo Fleury, Ourofino, BrFoods, Ambev entre outras.
Na Paraíba, alguns engenheiros recém-formados se uniram e criaram sua própria empresa na área de assessoria agrícola e começam a trilhar o caminho do empreendedorismo (caminho este que também possui grande amplitude para os engenheiros de biossistemas atuar).
Como diriam os indianos, 2017 começou bastante auspicioso para a Engenharia de Biossistemas. O destaque dos formandos, seja em empresas como também na área acadêmica (onde diversos alunos foram selecionados nos melhores programas de Mestrado do País e dos EUA), é apenas a concretização de uma certeza que muitos abraçaram lá atrás, quando o curso ainda engatinhava no Brasil: a certeza de que além do curso dar certo, ele seria de destaque e vital importância para o desenvolvimento nacional. Muita coisa ainda necessita ser feita, muitos caminhos ainda precisam ser abertos e trilhados(e 2017 ainda reserva mais boas notícias), mas não restam duvidas que a Engenharia de Biossistemas seguirá sempre avante.