Texto escrito por Mariana Zanarotti Shimako, aluna de graduação de Engenharia de Biossistemas em FZEA-USP, orientada pelo Prof. Dr. Fabrício Rossi no Programa Unificado de Bolsas da USP.
A agricultura cada vez mais está ligada às novas tecnologias voltadas à maior eficiência, a partir de sistemas digitais; como ocorre na agricultura 4.0 e até máquinas autônomas. O trabalho humano no campo vem diminuindo cada vez mais, devido à essa “robotização” que vem mostrando ótimos resultados após essa implantação.
A agricultura 4.0, ou “quarta grande revolução na agricultura” como também é chamada, visa a integração da produtividade do campo com as Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs), já que a internet está ganhando espaço nas áreas rurais, aproximando as tecnologias virtuais com o ciclo de produção agropecuária. A implementação dessas inovações traz mais produtividade com menor dano no local promovendo a sustentabilidade, podendo ser evidenciado no uso dos drones; que conseguem analisar as qualidade dos plantios, colhendo dados que podem ser usados para a previsões da produtividade futura, tudo isso sem interferir no local por ser um equipamento suspenso no ar, garantindo o melhor custo-benefício para o produtor.
Um dispositivo criado pensando na produção de grãos chamou atenção durante a Agrishow desse ano, desenvolvido pela Climate juntamente com a Monsanto que é referência na biotecnologia; ele funciona acoplado na máquina a qual se pretende operar à distância e, transmite todas informações em um aplicativo que gera uma imagem que retrata o local. Facilitando a coleta de diversas informações em um único lugar, além de não ser necessária a deslocação até o local para resolver possíveis problemas durante a colheita.
Sendo assim, essa agricultura 4.0 inova o campo com tecnologias cada vez mais precisas e autonômas, atendendo as demandas desde o cultivo até a colheita com sustentabilidade, já que o agronegócio é o setor que mais cresce no Brasil.
Outra novidade apresentada na Agrishow, foi uma iniciativa da empresa John Deere, a chamada Conectividade Rural, que estará no mercado a partir do final desse ano. Consiste em implantação de torres de transmissão de Internet primeiramente em grandes propriedades rurais onde não chegam os sinais das operadoras populares, já que uma torre tem área de cobertura de sinal para 35 mil hectares, conectando as todas as máquinas com os aparelhos eletrônicos (Notebook e Smartphone), além de enviar informações de erros de cada máquina para o concessionário agilizando o processo de troca de peças que futuramente poderiam quebrar, de maneira eficiente e sustentável. Segundo Paulo Hermann, presidente da empresa no Brasil,“ tecnologia sem conectividade é apenas um enfeite que tem dentro das máquinas”, reforçando a necessidade da agricultura 4.0.
Essa agricultura do futuro promete uma produtividade sustentável, mantendo os altos padrões de qualidade da produção, seja em grandes ou pequenas propriedades; a tecologia chegará até elas.
Referências Bibliográficas –
https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/15894563/agricultura-40-a-agricultura-conectada
https://jornal.usp.br/atualidades/agricultura-4-0-traz-inovacao-ao-campo/