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Jorge Andrade – 90 anos – (re)leituras

Resumo das Peças

1 – As Confrarias, com Cia. São Jorge de Variedades – 08.05 – 19h30
Primeira peça do ciclo, cujo enredo se passa em fins do século XVIII, na época do ciclo do outro em Minas Gerais. Com O Sumidouro, foi a última a ser escrita, finalizada apenas em 1969. A peça nunca foi encenada por companhias profissionais .

2 – Pedreira das Almas, Cia. Dores do Teatro – 09.05 – 19h30
Terceira peça finalizada pelo autor, em 1957. O enredo se desenvolve em uma pequena cidade mineira, durante o ano de 1842, quando a decadência da mineração transforma a cidade, que vivia do ouro, numa pedreira sem vida.

3 – A Moratória, Grupo XIX – 15.05 – 19h30
Segunda peça escrita por Jorge Andrade, em 1954, estreou pela Cia. Maria Della Costa em 1955, sendo o primeiro grande sucesso na carreira do autor, o que o motivou a continuar escrevendo teatro. O enredo se passa entre os anos de 1929 e 1932, numa fazenda e numa cidadezinha do interior de São Paulo, durante a crise cafeeira.

4 – O Telescópio, Grupo 59 – 22.05 -19h30
Primeira peça escrita pelo autor, em 1951, é a quarta na ordem do volume, ganhando a importante função, quando revista pelo autor para a publicação em livro, de relacionar as personagens das dez peças do ciclo. O enredo se passa em uma fazenda no interior de São Paulo, alguns anos após os acontecimentos de A Moratória.

5 – Vereda da Salvação, Os Crespos – 16.05 – 19h30
Jorge Andrade começou a escrever Vereda da Salvação antes de Pedreira das Almas, em 1957. Continuou a trabalhar o texto esporadicamente até 1963, quando o finalizou. A ação se passa na própria década de 1960, em uma vila de trabalhadores rurais feita de casebres e situada no meio de uma mata.

6 – Senhora na Boca do Lixo, Teatro Meridional (Portugal) – 23.05 – 19h30
Também finalizada em 1963, é a primeira peça urbana do ciclo, cujo enredo se passa, em sua maior parte, numa delegacia de polícia chamada de Boca do Lixo. A época da ação também é atual, isto é, na década de 1960.
Tendo trabalhado a passagem da aristocracia rural do campo para a cidade, e sua decadência como “donos do poder” em peças anteriores, a partir dessa peça o tema amplia-se para a dificuldade de adaptação dessa aristocracia decadente na cidade grande.

7 – A Escada, Cia. Elevador de Teatro Panorâmico – 29.05 -19h30
Finalizada em 1960 – antes de Senhora na Boca do Lixo, portanto –, A escada também se passa na cidade de São Paulo e mantém a temática de transformação vivenciada pela sociedade paulista na segunda metade do século XX. A cena se passa em um prédio de quatro apartamentos, nos quais vivem quatro irmãos que se revezam cuidando dos pais idosos.

8 – Os Ossos do Barão, Parlapatões – 30.05 – 19h30
Peça de 1962, o enredo de Os Ossos do Barão nos mostra a vida de um imigrante italiano que vive na cidade de São Paulo após ter enriquecido por seu próprio trabalho. Apresenta-se o contraste entre uma antiga oligarquia cafeeira, já sem poder e riqueza, e a nova realidade social, em que um nome aristocrático não tem mais a importância de outros tempos.

9 – Rasto Atrás, Grupo Clariô – 05.06 – 19h30
Finalizada em 1966, a peça é considerada uma espécie de autobiografia ficcional do autor, em que o personagem, o dramaturgo Vicente – que aparecera pela primeira vez em A Escada –, volta a sua cidade natal a fim de reencontrar o pai e relembra episódios de sua infância, adolescência e juventude. O tempo do enredo percorre o período entre 1922 e 1965.

10 – O Sumidouro, Grupo TAPA – 06.06 – 19h30
Última peça do ciclo e última também a ser escrita para o volume, finalizada em 1969 e, como As Confrarias, nunca encenada profissionalmente, O Sumidouro também apresenta como protagonista o dramaturgo Vicente. Trata-se de texto altamente metateatral, no qual o personagem escreve uma peça sobre Fernão Dias. Assim, apesar de passar-se no, final dos anos 60, a peça retoma a temática histórica, ao apresentar a vida ficcionalizada de Fernão Dias no século XVII anterior, portanto, ao período histórico de As Confrarias.

E assim se encerra o ciclo, abarcando a história do Estado de São Paulo desde a época das bandeiras até o final do século XX.

Breve Currículo dos Palestrantes

Berilo Luigi Deiró Nosella é professor do Departamento de Artes da Universidade Federal do Ouro Preto. Doutor em história e historiografia do teatro pelo PPGAC-UNIRIO com a tese Luigi Pirandello e Jorge Andrade entre o Texto e Cena: a Metateatralidade como Espelho de nossa Formação Estético-Cultural Moderna.
Carlos Antonio Rahal é ator, graduado em Comunicações pela ECA-USP, mestre e doutor em artes cênicas também pela ECA-USP. Professor da Universidade Mackenzie, ESPM, FECAP e FAAP.
Larissa de Oliveira Neves é professora do Departamento de Artes Cênicas, da UNICAMP, atuando nas áreas de Teatro Brasileiro, Dramaturgia e Teoria do Teatro.
João Roberto Faria é professor titular de literatura brasileira na USP. É membro do Núcleo de Pesquisas Brasil-França, do Instituto de Estudos Avançado da USP e autor de livros sobre Teatro Brasileiro e as obras de José de Alencar e Machado de Assis.
Terezinha F. Tagé Dias Fernandes é livre docente em ciências da comunicação pela ECA, professora associada, pesquisadora e orientadora no Departamento de Jornalismo e Editoração(CJE/ECA). Atua nas áreas de comunicação e estudos de linguagens, semiótica da cultura, memória textual, fronteiras discursivas e textuais, literatura e jornalismo, e estudos do discurso
Luiz Humberto Martins Arantes é pesquisador e professor associado no curso de graduação em teatro e nas pós-graduações em artes e teoria literária da Universidade Federal de Uberlândia. Atualmente coordena o GT “História das Artes do Espetáculo” e da ABRALIC (Associação Brasileira de Literatura Comparada).
Maria Arminda do Nascimento Arruda (pró-reitora de cultura e extensão universitária da USP)
Mauro Alencar é autor do livro A Hollywood Brasileira – Panorama da Telenovela no Brasil, e é mestre e doutor em teledramaturgia brasileira e latino-americana pela Universidade de São Paul. Trabalha há quinze anos na Rede Globo como consultor e pesquisador, além de ser professor de teledramaturgia da casa.
Maria Cristina Mungioli (profª. da ECA /USP)
Fausto Viana (prof. da ECA USP)
Ferdinando Martins (prof. da ECA USP e vice-diretor do TUSP)
Elizabeth R. Azevedo (profª. da ECA/USP)

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