Com Luciane Ramos-Silva, artista da dança, antropóloga , editora e mediadora cultural, começa em outubro a segunda ação das DIASPÓRICAS: RESIDÊNCIAS ARTÍSTICAS.
Tendo como disparador a metodologia de dança “Corpo em Diáspora”, no laboratório serão abordadas perspectivas de movimento, coreografia social, gesto e pulso coletivo que transbordam a partir da experiência afrodiaspórica. Serão compartilhados procedimentos para instigar a imaginação, organizar estruturas e gerar reflexões in-corporadas. Ideias sobre memória coletiva, formas africanizadas de escrita de si, movimento de tremor e conjura, serão abordadas em movimento. A dança pensada como experiência técnica, crítica e criativa agrega uma série de conceitos in-corporados , teorias de músculos e ossos que transbordam com a diáspora negra. Serão abordados modos de mover (junto), pensar (junto) e fazer tremer as ideias hegemônicas sobre corpo e movimento tendo em perspectiva pensadoras/es do nosso tempo como Inaicyra Falcão, Muniz Sodré, Brenda D. Gottschild, Amara Tabor, Germaine Acogny, Thomas de Frantz, e mais.
Voltada a estudantes de dança e teatro, profissionais da arte e educação e público em geral, a residência oferecerá trabalho corporal intenso. Recomenda-se trazer garrafa d’água e o uso de roupas leves.
Luciane é doutora em Artes da Cena e mestre em Antropologia pela Unicamp. Nos últimos dez anos, desenvolveu projetos sobre corpo, cultura e colonialidade, aprofundando as relações Sul-Sul entre o Brasil e contextos da África do Oeste. É codiretora da revista O Menelick 2Ato. É gestora de projetos do Acervo África e professora na Sala Crisantempo. Compõe a Anikaya dance Theater, companhia de dança sediada em Boston.//
De 17 a 20/10 (10-13h) na Sala Multiúso (Centro Universitário Maria Antonia – Av. Maria Antonia, 294//Consolação)