O TUSP lamenta profundamente o falecimento de Paulo Faria (1965-2024), artista comprometido com o labor do teatro e com o cuidado com o outro.
Paulo, ou Paulinho, para os mais íntimos no ofício. Natural de Belém, viveu 33 anos em São Paulo, mas retornou à sua cidade natal em 2022.
Foi um dos fundadores da Cia Pessoal do Faroeste, além de seu diretor. Entre as suas produções, de caráter inestimável, estão “O Assassinato do Presidente”, “Luiz Gama – Uma Voz pela Liberdade”, “Um Certo Faroeste Caboclo”, “A Mulher Macaco”, “Meio Dia do Fim”, “Homem Não Entra”, “Cine Camaleão – A Boca do Lixo”, dentre outros.
Além disso, sempre demonstrou extrema dedicação e cuidado com a comunidade marginal do entorno da sede de seu grupo teatral, participando de projetos como o “Sopão da Luz” e a campanha “Fome Zero Luz”. Para ele, atuação teatral era também atuação social e política, tendo dedicado cuidado especial à população da Cracolândia, em sofrimento mental e físico: acolheu, interagiu e compartilhou.
Em 2014, a Cia. Pessoal do Faroeste recebeu o Prêmio Shell na categoria Inovação, como reconhecimento pelo trabalho incansável do grupo na região da Luz. Em 2019, Paulo foi homenageado pela Alesp com o 23º Prêmio Santo Dias em Direitos Humanos. Também ocorreram outras indicações, ao prêmio Shell, CPT e Prêmio Governador do Estado de São Paulo , por outros projetos, ao longo de sua carreira no teatro.
A você, Paulo, o nosso obrigado por seu compromisso com o teatro e com a comunidade.
E à família e aos amigos, os nossos pêsames.
foto: @bobsousa