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[ATENÇÃO: por questões de saúde do elenco, a estreia do espetáculo foi alterada para SEXTA-FEIRA, 19 de abril. Agradecemos a compreensão. Atualização em 16.04.24]

Durante um pouco mais de uma hora a ColetivA Ocupação resgata as memórias da feiticeira Tituba de Barbados, da Revolução do Haiti, da Revolta dos Malês em Salvador. Alguns performers evocam histórias familiares: ficamos sabendo de abusos e humilhações sofridos por mães e avós. Sem tirar o pé do chão da história eles constroem uma crítica potente e cheia de humor. – Jane S. de Oliveira

A coletivA ocupação cria em seu segundo espetáculo uma cena de Festa e Guerra, onde teatro, dança e performance espiralam o tempo. A Erupção da história, uma imagem nos atravessa: vivemos na Boca do Vulcão.
Ao longo da peça, 15 performers se transfiguram em seres de diferentes cosmologias e tempos.
Modificando seus corpos, eles se transmutam para outros mundos e seres.

A dança e linguagem coletivA nasce da investigação do corpo que carrega uma rememoração pessoal, mas que também quer inventar novos corpos e vidas. Palavras, músicas e imagens são elaboradas a partir de uma dramaturgia própria e colaborativa. Memórias ancestrais provocam uma presentificação em cena: a festa e a guerra. A Erupção como pulsão é traduzida em gestos, corpos que incarnam revoltas do passado e presente. Entre os tremores da experiência da colonialidade se pergunta em um contexto de luta: O que é o fim de mundos e a criação de novos?

A Retomada da cena. A retomada da terra. ColetivA

FICHA TÉCNICA

Direção: Martha Kiss Perrone / Performance e criação: Abraão Kimberley, Akinn, Alicia Esteves, Alvim Silva, Ariane Aparecida, Benedito Beatriz, DJ Shaolin, Icá Iuori, Lara Júlia, Letícia Karen, Lilith Cristina, Marcéu Maria Fernandes, Marcela Jesus, Mel Oliveira, Matheus Maciel, PH Veríssimo / Dramaturgia: coletivA ocupação, Icá Iuori, Lilith Cristina, Martha Kiss Perrone / Iluminação: Benedito Beatriz / Operação de luz: Lux Machado / Preparação corporal e direção de movimento: Ricardo Januário / Coordenação de palco: Jaya Batista / Figurino: Juan Duarte / Música: Frente de música coletivA e DJ Shaolin / Banda coletivA: Abraão Kimberley, Akinn, DJ Shaolin, Lilith Cristina, PH Verissimo / Colaboração musical: Anelena Toku, Rafael Coutinho, Fronte Violeta – música Lapso / Direção de arte: Alicia Esteves e Letícia Karen / Colaboração corporal, laboratório r.ebó.lar: Castilho / Preparação vocal: Abraão Kimberley, Lilith Cristina / Assistência de figurino: Marcela Akie / Produção: Corpo Rastreado – Gabs Ambròzia, Paula Serra e coletivA ocupação / Apoio no processo de criação: Battersea Art Centre (Londres) e Nosso Coletivo (Rio de Janeiro) / coletivA em residência: Casa do Povo

SOBRE A COLETIVA OCUPAÇÃO

 A coletivA ocupação é uma companhia de São Paulo que inaugura um novo momento da cena teatral. Composta por mais de 20 de artistas multidisciplinares que desenvolvem uma pesquisa continuada desde 2017, foi criada por estudantes e artistas que se conheceram durante o movimento das ocupações de escolas públicas em São Paulo, em 2015. É um encontro entre rebelião e teatro, entre formação e criação.

Para a coletivA, pesquisar, narrar e dar corpo às revoltas é uma emergência que encontra seu lugar no teatro. Além do corpo insurgente, a coletivA pesquisa o conceito Festa e Guerra, que se constrói a partir de dispositivos como a intervenção no espaço cênico e relação próxima com o público; o Coro e Dança como dispositivos de linguagem; a música-combate; a palavra que nasce a partir de experiências comuns e biográficas; a dramaturgia a partir de documentos e relatos históricos.

É um território, grupo, bando, coro. Um levante diário de artistas e colaboradores que marcam uma geração, criando espaços de investigação de linguagens, articulando experiências, memórias, tempos, gestos e movimentos que têm sua raiz nos combates, na festa e na guerra. Corpos em revolta, em criação, que dançam e lutam.

HISTÓRICO

A primeira criação do grupo foi a performance Só me convidem para uma revolução onde eu possa dançar que teve a sua primeira apresentação no encontro Performando Oposições, organizado pela Casa do Povo e, em seguida, apresentado na Mostra Internacional de Teatro em São Paulo, na Escola Nacional Florestan Fernandes, do MST, e na UneAfro.

Com o seu primeiro espetáculo, Ǫuando Ǫuebra Ǫueima, o grupo tem construído desde 2018 um percurso de apresentações, residências e oficinas para jovens nos principais festivais e teatros do Brasil e no mundo, como o Festival de Curitiba, FIT Rio Preto (Festival Internacional de Rio Preto), Cena Brasil Internacional (RJ), Festival de Londrina e IC Encontro das Artes (SA). Na Europa, apresentou no Festival Transform, em Leeds, Contact Theater, em Manchester, Festival MEXE, na cidade do Porto, e Festival Panorama, no Centre National de La Danse em Paris.  Realizou uma residência e temporada no Battersea Arts Centre, em Londres, onde o espetáculo foi premiado por melhor direção – Martha Kiss Perrone – pelo The Stage Debut Awards, e indicado na categoria “IDEA Performance” pelo prêmio Offies.

Em junho de 2019, a coletivA ocupação foi contemplada pelo Prêmio Zé Renato, da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, com o projeto “Ǫuando Ǫuebra Ǫueima: circulação para estudantes de São Paulo | Pausa para Existir”, apresentado em mais de 10 escolas públicas, fábricas de cultura e centros culturais. O projeto foi atravessado pela pandemia, transformando-se em ciclos de oficinas teatrais online para 9 escolas estaduais paulistas e na primeira publicação do grupo, a Zine Coletiva, que foi distribuída nas escolas estaduais participantes do projeto.

A coletivA desenvolve também um extenso trabalho voltado à arte-educação, tendo realizado uma residência artística no Sesc Vila Mariana, além de oficinas para o Projeto Bora Lá, para o Sesc 24 de maio e o Centro Cultural Banco do Brasil e uma formação continuada de 2 meses para os jovens do projeto Juventudes do Sesc Bom Retiro. Como parte da programação do Frestas Trienal de Artes, o grupo realizou um ciclo de 14 oficinas de teatro para 7 escolas públicas de Sorocaba.

O grupo também realizou workshops, encontros e debates com estudantes e artistas de diferentes nacionalidades. Destacam-se nesse quesito o Rebelião Cria – Young People, Art and Activism Symposium, realizado no Battersea Arts Center, onde, durante dois dias, 100 jovens de todo o Reino Unido se reuniram para conhecer e participar das oficinas propostas pela coletivA Ocupação, em um evento inédito produzido pelo teatro; os workshops ministrados para estudantes de artes dramáticas da University of Manchester e da Guildhall School; e os encontros e workshops ministrados para os integrantes da Contact Young Company (Manchester) e do grupo de teatro Gracefool Collective (Leeds). Em 2021, a Universidade de Zurique (Suíça) convidou a coletivA para participar do Webinar Theatre and Communitas, onde Quando Quebra Queima foi amplamente estudado e debatido.

Após dois anos de processo de criação, atravessados pela pandemia, o segundo espetáculo do grupo Erupção – O Levante Ainda Não Terminou teve sua estreia no Festival MIRADA, em setembro de 2022, seguido por uma temporada extensa no Sesc Paulista. No segundo semestre de 2023, o espetáculo ficou em cartaz na mostra da coletivA ocupação no Centro Cultural São Paulo, em conjunto com Quando Quebra Queima.

Em 2022, o grupo foi contemplado pela 39ª edição do Fomento ao Teatro da cidade de São Paulo com o projeto “FESTA E GUERRA – Entre levantes”, um trabalho continuado de imersão e investigação da pesquisa da coletivA ocupação. Este projeto tem como ação principal uma Residência de 5 meses, com a proposta de gerar intercâmbios entre artistas e estudantes, partindo da ideia de que coletivos geram novos coletivos. Entre os artistas convidados estão Juçara Marçal, Luciane Ramos, Salloma Salomão, Linga Acácio e a AfroJam.

Na esfera audiovisual, a coletivA realizou o média-metragem Desmontagem: Quando Quebra Queima, a convite do Sesc Pompeia, além do curta Feitiço para o Fim do Mundo e de um filme sobre o espetáculo Erupção, ambos produzidos a convite do Battersea Arts Center. Por fim, o grupo gravou o teaser ColetivA Ocupação | Inglaterra 2019 e o documentário Retomada Brasilândia.

ERUPÇÃO – O Levante ainda não terminou :::: coletivA ocupação

Quando: 18.04 a 12.05.24 (quintas a sábados, 20h; domingos, 18h)
Local: TUSP – Teatro da Universidade de São Paulo (R. Maria Antônia, 294 – Vila Buarque, São Paulo – SP, 01222-010) próximo ao metrô República ou Higienópolis Mackenzie
Ingressos: gratuitos, com retirada 1h na bilheteria | 14 anos | 90 min