O Programa TUSP de Leituras Públicas, ao longo destes 25 ciclos desde seu início em 2009, propõe leituras de peças teatrais com base em recortes temáticos e autores selecionados, realizadas pelos próprios participantes dos encontros, com coordenação da área pedagógico-artística do TUSP. Trata-se de uma experiência participativa de plateia que busca ir além da mera experiência do espectador eventual, buscando um público intergeracional que acompanhe continuamente encontros e ciclos.
No ciclo inicial de 2023, que acontece entre 21 de maio e 03 de julho, 25° ciclo das Leituras, Dramaturgias em Processo:2, colocamos novamente em evidência os textos da futura edição desta iniciativa do TUSP, criada durante a pandemia como forma de incentivar a produção dramatúrgica ante a necessidade de fomentos à arte e cultura naquele momento. Para o segundo volume, em produção, foram selecionados a partir de edital público os projetos de 14 novos artistas, com perfis e trajetórias distintos, mais uma vez contemplando tanto a experiência autoral prévia quanto as primeiras incursões no gênero dramatúrgico. O resultado dos primeiro volume está disponível em formato de site e como livro eletrônico, acessível aqui, enquanto o segundo volume está previsto para lançamento ainda neste ano, trazendo ainda novidades em relação ao formato futuro desta ação!
As leituras dos 14 textos inéditos do atual ciclo são sempre gratuitas e abertas a todo o público interessado, acontecendo aos domingos (15h) e às segundas (17h), aqui no TUSP!
Contaremos neste ciclo mais uma vez com as autoras e autores participantes do 2° volume das Dramaturgias em Processo, com a presença convidada de dramaturgos comentadores – e, claro, do nosso público leitor: vem mais uma vez ler com a gente!
Conheça um pouco dos comentaristas deste Ciclo:
Rudinei Borges nasceu em 1983, numa família de migrantes de Itaituba (PA). É poeta, dramaturgo e ficcionista.com mais de duas décadas dedicadas à literatura e ao teatro. De alta voltagem lírico-narrativa e de crítica social, sua dramaturgia foi encenada no Brasil, na África e na América do Sul. É mestre em educação pela USP e graduado em filosofia pelo Centro Universitário Assunção. Seu próximo livro de poemas, “Oração ao galo dos ventos”, será lançado em 2023 pela Mondru Editora.
Claudia Barral, é escritora e psicanalista, nascida em Salvador (BA). Atua como roteirista, poetisa e dramaturga, com montagens e premiações no Brasil e em países como Alemanha, Itália, Portugal, Inglaterra e Peru. Formada em Interpretação Teatral pela UFBA, com passagem pela Academia Russa de Artes, onde fez residência no Método de Stanislávski. Entre suas publicações estão “O Cego e o Louco e outros textos” (Ed. Cidade da Bahia,1998) e “Cordel do Amor sem Fim” (Ed.Funarte, 2003).
Renan Marcondes é artista e pesquisador. Doutor pela ECA/USP, teve sua pesquisa premiada no Prêmio Tese Destaque USP 2022 e publicada pela Annablume em 2023. Atualmente, realiza pesquisa de pós-doutoramento com apoio do CNPq e é mentor convidado no programa de mestrado da DAS Choreography (Amsterdã).
Daniel Veiga é roteirista, dramaturgo e ator. Homem trans e preto, dirigiu teatro entre 2009 e 2016, foi o 1° docente trans da SP Escola de Teatro, no curso de Dramaturgia. Roteirista na Sala Narrativas Negras do Canal Paramount e na produtora Floresta. É também orientador do Núcleo de Dramaturgia da ELT (Santo André) e coordenador pedagógico do curso Dramaturgia Pluriversal LGBTQ+ pela Escola Itaú Cultural. Prepara-se também para orientar o Letramento Queer na Globo. Veiga passou pelo CoLAB da Netflix como roteirista e, como ator, ganhou o Kikito em 2020 pelo curta “Você Tem Olhos Tristes” de Diogo Leite.
Marcos Azevedo é dramaturgo, diretor e ator, cursando EAD/ECA/USP. Atuou em “Macbeth” com Antônio Fagundes, “O Camareiro” sob a direção de Ulysses Cruz, e foi indicado ao Bibi Ferreira. Estreou seu solo “Caliban” no Edimburgh Festival com temporada em Londres. Integrou a Cia de Ópera Seca, dirigido por Gerald Thomas e se apresentado na Croácia e Portugal. Autor de “A Verdade Relativa da Coisa em Si” – Prêmio Funarte de Dramaturgia. Criou o GAG – Grupo de Arte Global, sede do Phila7, coletivo no qual atua, escreve e dirige até hoje
Deise Abreu Pacheco, ou como é conhecida, Dedé, atua na fronteira entre artes da cena, literatura e filosofia. É graduada em direção teatral, mestre em pedagogia das artes cênicas, e pesquisadora-doutora (FAPESP/Capes) em artes cênicas, todos pela ECA/USP, com estágio doutoral em filosofia no Søren Kierkegaard Research Center, da Universidade de Copenhague, com tese que aborda o campo existencial da experiência estética. É autora de “Assistir e ser assistida: via e limites de uma estética existencial. Um percurso por escritos de Søren Kierkegaard” (Hucitec, 2021), do livro de tirinhas “A vida de Deise” (Hucitec, 2022), em parceria com a tradutora, poeta e professora em literatura francesa Ana Cláudia Romano Ribeiro, e do romance “Começando Albertina (nossa vida no armário nos anos 90)”, a ser publicado pela Editacuja em 2023. Foi docente na pós-graduação da FAAP (2018-19) e integra o corpo docente de A Capivara Cultural: espaço para experiências literárias.
Marcio Tito é dramaturgo, diretor e crítico teatral. Desde 2020 tem mostrado empenho em debater com as figuras mais destacadas da cena cultural e, desde o início de sua produção, elaborou críticas, análises e entrevistas sobre aproximadamente 400 espetáculos.
Semana I / Comentários de Rudinei Borges
21.05 A louça da cristaleira, de Bruno Garbuio
22.05 Chifres do juízo, de Ciano
Semana II / Comentários de Cláudia Barral
28.05 A metamorfose: peça-pesadelo patriarcal, de Fernanda Gama
29.05 Inês viva/Inês morta, de Isabela Rossi
Semana III/ Comentários de Renan Marcondes
04.06 A galinha chora mas o cliente sorri, de Gaba Cerqueda
05.06 116 gramas: Peça para emagrecer, de Leticia Rodrigues
Semana IV / Comentários de Daniel Veiga
11.06 Peça exumação, ou Como justificavam o assassinato de crianças negras antes da invenção da bala perdida, de James Hermínio
12.06 Cabeça de frade, de Ueliton Alves
Semana V / Comentários de Marcos Azevedo
18.06 Céu branco: Colônia matadouro, de Luan Valero
19.06 Crianças selvagens, de Leo de Sá Fernandes
Semana VI / Comentários de Deise Abreu Pacheco (Dedé)
25.06 Entardecer de Aurora F., de Luana Frez Ichikawa
26.06 Valência e o caráter dos átomos indomáveis, de Michelle Ferreira
Semana VII/ Comentários de Márcio Tito
02.07 Demolição, de Jaoa de Mello
03.07 Mãos trêmulas, de Victor Nóvoa
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