No auge de seus 53 anos de história, o Teatro Popular União e Olho Vivo apresenta aqui no TUSP seu novo espetáculo BOM RETIRO MEU AMOR ÓPERA SAMBA, feito em homenagem ao bairro que acolhe o grupo desde 1982.
Além do espetáculo, o espaço do Centro Universitário Maria Antonia recebe a exposição “TUOV 53 + UNIÃO E OLHO VIVO REVISITA 53 ANOS DE TEATRO POPULAR”.
Espetáculo: BOM RETIRO MEU AMOR ÓPERA SAMBA (sábados e domingos, 20h | grátis) | A peça musical homenageia o bairro que abriga o grupo e as gerações de imigrantes e moradores atuais que coexistem e deixam marcas nesse território de grande diversidade cultural. São operários, lavadeiras, catadores, mulheres da Luz, habitantes da cracolândia e imigrantes de diversas nacionalidades – dos trazidos nos navios negreiros aos bolivianos “caminantes” que cruzam fronteiras para desembocar nas conhecidas “oficinas de suor”.Além da homenagem ao Bom Retiro, o espetáculo faz reverência ao ator Neriney Moreira, no palco do Olho Vivo há 53 anos.
Coordenação geral: César Vieira (Idibal Pivetta), Graciela Rodriguez e Neriney Moreira | Direção teatral: César Vieira, Rogério Tarifa | Dramaturgia: César Vieira, Mei Hua Soares, Rogério Guarapiran | Direção de arte, cenografia e figurino: Graciela Rodriguez | Colaboração na pesquisa: Luiz Alberto Barreto Leite Sanz, Walter Quaglia | Direção musical: Rogerio Guarapiran | Coordenação musical: Cesinha Pivetta, Rogerio Guarapiran | Elenco: Ana Elisa, Angelita Alves, Babi Pacini, Danila Gonçalves, Dante Kanenas, Edson Rocha, Flávia Sztutman, Juma Tanaka, Leandro Soussa, Lívia Loureiro, Lucas Cruz, Mei Hua Soares, Neriney Moreira, Oswaldo Ribeiro, Pedro Fraga, Rogerio Guarapiran | Músicos: Babi Pacini, Oswaldo Ribeiro, Pedro Fraga, Rogerio Guarapiran | Iluminação: Gil Teixeira | Assistência de cenografia e figurino: Lívia Loureiro | Ajudantes de cenografia e figurino: Juma Tanaka, Edson Rocha | Treinamento de atuação: Luís Mármora | Treinamento vocal: Ester Freire | Colaboração na pesquisa: Luiz Alberto Barreto Leite Sanz, Walter Quaglia | Direção de produção: Maria Tereza Urias | Produção: Natasha Karasek | Assistência de produção: Renê Costanny | Assessoria de imprensa: Luciana Gandelini | Registro fotográfico: Graciela Rodriguez | Registro audiovisual: Nana Ribeiro, Pedro Cortese | Design gráfico: Julia Pinto
Exposição: TUOV 53 + UNIÃO E OLHO VIVO REVISITA 53 ANOS DE TEATRO POPULAR (terça a domingo, 10-18h | grátis) | Mais de meio século de teatro, aventuras e muita resistência é um pouco do que poderá ser visto na exposição TUOV 53 ANOS – EM BUSCA DE UM TEATRO POPULAR. Como escreveu certa vez Augusto Boal, o diretor e dramaturgo do TUOV, César Vieira, fez o que muitos tentaram e poucos conseguiram: conduziu por décadas um trabalho de pesquisa teatral autêntico, à margem da crítica e dos holofotes das grandes produções e orçamentos, voltando os esforços para levar o teatro para aqueles que dificilmente tinham acesso a ele: os bairros populares e afastados da grande São Paulo.
Uma história nem sempre lembrada que agora poderá ser conhecida pelo grande público. Com o apoio do Programa de Fomento ao Teatro de São Paulo, o TUOV montou uma grande retrospectiva de suas andanças em busca do teatro popular. Na abrangente mostra, resgatou-se um material até então inédito de fotos, vídeos e depoimentos (de Antonio Candido, Iná Camargo, Zé Renato, entre outros) que atestam a dura luta por uma arte engajada, levando o teatro para salões paroquiais, associações de bairro, misturando sem cerimônia o teatro com reivindicações por pavimentação de ruas, creches e moradia digna.
Na exposição, revela-se outra faceta do TUOV. Sua prodigiosa carreira internacional que vai desde os esforços pela interligação latino-americana de grupos teatrais até a repercussão das montagens e dos roteiros em países como França, Itália, Polônia e Egito. Em paralelo ao TUOV, Idibal Pivetta (nome verdadeiro de César Vieira), teve uma intensa militância como advogado no período da ditadura, engajando-se pela liberdade de presos políticos e pela memória dos desaparecidos do regime militar. Esta luta também é contada na exposição.
A curadoria da exposição ficou a cargo de Alexandre Benoit, arquiteto que acompanha o grupo há mais de dez anos e que foi responsável pelas publicações que reuniram o vasto acervo do grupo.
São operários, lavadeiras, catadores, mulheres da Luz, habitantes da cracolândia e imigrantes de diversas nacionalidades – dos trazidos nos navios negreiros aos bolivianos “caminantes” que cruzam fronteiras para desembocar nas conhecidas “oficinas de suor”.