Por Felipe Chibás Ortiz.
…É um relâmpago
um relâmpago escapado
do fundo da minha infância,
que desce e desce
por uma noturna escada de estrelas,
até dar com seus dentes na Terra,
para logo subir e subir ,
ensenhoreando-se definitivamente dos séculos,
ultrapassando a atmosfera
convertida num raio intergaláctico.
Porque Natacha não é ela.
Natacha é um relâmpago,
mas um relâmpago escapado
do fundo da minha infância.
Poema do livro Enquanto a Aranha de Cristal tece sua teia, 1990, de Felipe Chibás Ortiz.