Uma hora a conta chega

Apesar dos alertas sistemáticos dados ao longo de anos, a humanidade segue seu ritmo predatório e as tragédias climáticas surgem cada vez com mais força

O jornalismo ambiental precisa continuar reportando sobre as mudanças climáticas e suas consequências, para além das tragédias pontuais, que, aliás estão cada vez mais frequentes

No rastro da destruição causada pelos efeitos das mudanças climáticas, a situação do estado do Rio Grande do Sul pelas enchentes que começaram em 27 de abril e continuaram pelo mês de maio atingiu 2,3 milhões de pessoas de 469 municípios e há mais de 112 mil pessoas sem energia elétrica.[1] São cerca de 540.192 desalojados e 77.199 foram encaminhados para abrigos públicos, 806 pessoas ficaram feridas, segundo dados levantados pela jornalista Aline Gouveia, do Correio Braziliense[2] de 17/05; 169 mortos até  o boletim divulgado em 26/05 e 56 pessoas desaparecidas, segundo a Defesa Civil do estado, de acordo com dados do G1.[3] Em boletim divulgado pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul de 14/05, o número de animais resgatados nas enchentes era de 11.002.[4] Plantações, criações, casas, comércio, escolas, museus; junto com as águas e a lama, vidas e memórias foram perdidas. As cidades Arroio do Meio, Encantado, Cruzeiro do Sul e Roca Sales, no Vale do Taquari, são algumas das mais atingidas; Eldorado do Sul foi engolida pelas águas do rio Jacuí, segundo reporta o site Brasil de Fato, na maior cheia já vivenciada neste estado da federação. De acordo com a CNN, mais de 90% das cidades do Rio Grande do Sul foram afetadas pelas chuvas que castigaram o estado entre o fim de abril e o mês de maio deste ano, segundo balanço divulgado pela Defesa Civil de 20/05.[5]

No ano passado, em setembro, o Rio Grande do Sul vivenciou uma inundação de grandes proporções, quando a cheia do rio Guaíba foi considerada a maior em 80 anos. Os dados mostram que as áreas desmatadas, não apenas no Rio Grande do Sul, mas em áreas amazônicas, tiveram um reflexo nas enchentes sulistas. Segundo reportagem de Cristiane Prizibisczki, para oeco.org.br, 22% da cobertura vegetal natural do Rio Grande do Sul se foi nas últimas décadas. Essa vegetação perdida deu lugar a uma vasta extensão de produção de soja, com a expectativa de um aumento de 71% na produção do grão. Além da soja, outras grandes extensões destinadas à monocultura, como o milho, somam mais de 71 mil hectares. Vale lembrar que as duas culturas, as de soja e a de milho, são exportadas, não necessariamente para alimentação humana. O argumento de que o Brasil planta comida nessa imensidão de terra já não é mais aceita há muito tempo. Mesmo o gado que come o capim dos latifúndios que avançam território acima, tomando as bordas da floresta amazônica, uma boa parte é também embarcado (vivo!) em navios em direção ao outro lado do mundo.

A vocação latifundiária, monocultora e exploradora da mão de obra escrava

O latifúndio brasileiro criou-se na exploração da mão de obra escrava desde os seus primórdios e não é absurdo dizer que a grande extensão monocultora, em alguns setores, ainda utiliza, para usar um eufemismo, trabalho análogo à escravidão. De tempos em tempos fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego flagram trabalhadores de empresas conhecidas no mercado vivendo em condições deploráveis, de norte a sul do Brasil.[6] Ao longo de séculos, pulamos de uma monocultura para outra – cana-de-açúcar, café, cana-de-açúcar novamente, soja, milho, e os senhores da terra só mudam de figurino – uma música de uma cantora sertaneja que atualmente encanta meninos e meninas do agro tem os seguintes versos: “troquei o Chanel pelo chapéu, o perfume Dolce & Gabbana por um perfume com cheiro de mato”, mostrando que a “patricinha virou boiadeira”, deixando clara a origem burguesa dos jovens que estão assumindo o agronegócio, seguindo os passos das elites oligárquicas do Brasil colônia, quando os velhos patriarcas pendurarem os chapéus e as botas.

Voltando aos nossos cultivos monocultores: em texto publicado no site Outras Palavras, o jornalista João Peres[7] fala sobre a predominância do milho e da soja na balança comercial brasileira e como essa escolha afeta a produção de comida, o uso do território brasileiro, o desequilíbrio dos biomas, e interfere no descontrole climático. Em seu texto, escreve que “um único grão concentra quase 20% das vendas externas”.

 “O Brasil se tornou profundamente dependente de produtos primários. Os primeiros itens da balança comercial de 2020 poderiam ser os primeiros itens da balança comercial de 1600. Voltamos a ser meramente um país de extrativismo e agricultura.Essa situação deixa o país extremamente vulnerável. Por mais tecnologia que se empregue, a soja continua a ser uma cultura agrícola e, portanto, passível de sofrer com fenômenos da natureza. Uma pequena quebra de safra pode ter um impacto gigantesco na balança comercial.”

 Segundo a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais – Anec – o Brasil exportou 101,03 milhões de toneladas de soja em 2023, volume esse 30,2% maior a 2022, segundo dados do site Canal Rural. Só o pampa teve uma perda de 3,4 milhões de hectares ou 29% da cobertura nativa, segundo matéria de Walisson Rodrigues para o portal Mídia Ninja.

O agronegócio, no Sul, conta com um forte apoio de políticos locais, alguns também latifundiários, que formam o lobby do agro no congresso. Um dos mais atuantes é o senador gaúcho Luiz Heinze, plantador de arroz em grandes extensões de terra, que já tentou legislar em causa própria, e é conhecido como negacionista do clima. Junto com outros colegas, formam um forte lobby no congresso, cuja intenção é, além de barrar projetos de proteção ambiental, passar boiadas e tratores através, por exemplo, do chamado Pacote da Destruição. Mas por que alguns políticos se colocam na situação de negar tão ferozmente as mudanças climáticas e seus efeitos sobre a natureza? Seria correto chamá-los de negacionistas, por ignorância ou puro desconhecimento das consequências que levam às mudanças climáticas, hoje visíveis ao redor do globo e alardeadas aos quatro cantos por cientistas, jornalistas, meteorologistas, ambientalistas e parte da sociedade civil? Seriam ignorantes a ponto de negar evidências tão fortes? Tendo a dizer que não. Sabem muito bem o que está acontecendo e quais são as causas e os causadores do estado de emergência climática pela qual estamos passando. Porém, agarram-se vorazmente à idéia do lucro como gafanhotos se agarram às ramas de vegetação que estão prestes a devorar. Quando saírem em revoada, deixarão uma terra arrasada, mas estarão com o bucho cheio.

Uma sucessão de erros que custou a vida de milhares de pessoas

1 – Os avisos são claros e vêm de toda parte, mas ao grande capital não interessa atendê-los

Relatório climático alerta governantes e é ignorado

O Relatório Brasil 2040, cenários e alternativas de adaptação à mudança do clima, foi “encomendado em 2014 pela gestão de Dilma Rousseff, do PT, composto por vários relatórios, apresentava resultados dramáticos. Elevação do nível do mar, mortes por onda de calor, colapso de hidrelétricas, falta d’água no Sudeste, piora das secas no Nordeste e o aumento das chuvas no Sul. Alertava os governantes para possíveis desastres em anos próximos”.[8] O projeto, quando apresentado, foi considerado alarmista e esbarrou com interesses nas construções de hidrelétricas, entre elas a que estava em curso à época e que gerou muita controvérsia, a Belo Monte. Destino: gaveta.

 2 – No caso específico do Rio Grande do Sul

Falhas na manutenção do sistema de proteção; deficiências da prefeitura ao lidar com o problema pioraram a situação do sistema de drenagem e as bombas de contenção em Porto Alegre. As comportas que regulam a água do rio estavam sem manutenção. Os dados são da reportagem de Ayrton Centeno para o Brasil de Fato[9] de 06/05. Além disso, o DMAE – Departamento Municipal de Água e Esgoto, sofreu com falta de investimento e enfrenta um possível processo de privatização.

“A comporta está danificada, a água voltou e transbordou para dentro da cidade. Isso poderia ter sido evitado. Desde 2018, existe um processo administrativo que tramita dentro da prefeitura para consertar aquela comporta. Não se sabe por que passaram-se seis anos e (a comporta) ainda não foi consertada (engenheiro Augusto Damiani, Ex-diretor do Departamento de Esgotos Pluviais  – DEP – e do Departamento Municipal de Água e Esgotos  – DMAE, ambos da prefeitura porto-alegrense)”

3 – Governador Leite alterou o código ambiental

O site Brasil de Fato, de 04/05, noticiou que o “Código Ambiental do Rio Grande do Sul, que “levou nove anos entre debates, audiências e aperfeiçoamentos, foi atropelado pelo governo Eduardo Leite (PSDB) em 2019, primeiro ano de seu primeiro mandato. Seu projeto limou ou alterou 480 pontos da lei ambiental do estado”.[10]

4 – Políticos gaúchos descompromissados com as questões ambientais

As falas dos eleitos no RS em algumas entrevistas desde o início da tragédia

– Governador Leite: Em 14 de maio, disse em entrevista à BandNews que o excesso de doações às vítimas estavam atrapalhando o comércio local.[11] Depois pediu desculpas pela fala desastrosa;

– Governador Leite: Em entrevista ao UOL (19/05/2024), falou sobre as enchentes: “explodiu de uma hora para outra”;[12]

– Governador Leite, em entrevista ao jornal FSP em 20/05, afirmou que “Estudos alertaram, mas o governo também vive outras agendas”, sobre falta de plano para conter cheias no RS;[13]

– Governador Leite no programa Roda Viva, da TV Cultura, em 20/05, afirmou: “Esse governo respeita as questões ambientais”. Perguntado sobre os 400 pontos alterados das normas ambientais, Leite disse que respeitou o meio ambiente; sobre a devastação do Pampa, afirmou que a parte desmatada é irrisória; a respeito das grandes extensões da silvicultura (pinus e eucalipto), falou que o plantio é aliado ao processo de descarbonização (só faltou chamar essas monoculturas de “florestas”). Também argumentou que “é equivocado associar as alterações do código ambiental à tragédia”.

Ainda no Roda Viva: “Não houve diminuição de áreas florestais e áreas de preservação, o que houve foi ajuste de procedimentos para que haja normas mais práticas a serem atendidas, mas não há restrição de proteção, insisto”. Essa fala foi rebatida por Fabio Schaffner, do jornal Zero Hora: “Não é o que entende a PGR, que entrou com uma ação de inconstitucionalidade junto ao STF que há graves ameaças ao sistema ambiental gaúcho inclusive com um perigo real de afetar os ecossistemas e populações humanas. E agora, há pouco tempo, a dez dias da enchente, a assembléia legislativa aprovou a permissão para construir barragens em APPs (Áreas de Preservação Permanente). Que o ministério público aqui do estado, antes da votação, alertou que era inconstitucional e no dia da votação o senhor estava presente e disse que seria interessante que a gente compactuasse antes com o ministério público”;

Vereador Sandro Fantinel: vereador negacionista dia que desmatamento previne alagamentos, falando do plenário do dia 14 de maio, que o peso das árvores é responsável pelos “desastres” do Rio Grande do Sul; [14]

– Senador Mourão: em entrevista à Rádio Gaúcha no dia 24/05, Mourão, questionado sobre a sua ausência durante os resgates das vítimas das enchentes, disse que não foi [ajudar as vítimas das enchentes que atingem o estado desde o começo de maio] porque tem 70 anos e que, se tivesse ido, seria “desvio de função”: “Quantos homens de 70 anos de idade estão no meio da água aí? Mas eu não vejo isso como minha função. Eu estaria tendo um desvio de função”,[15] disse.

– E o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo? O prefeito sumiu no primeiro dia, enquanto o volume das águas subia, para afirmar depois, em coletiva de imprensa, que sabia que haveria muita chuva, porém foi surpreendido pelo volume. Sabia do alerta do Instituto Nacional de Meteorologia, porém nada fez, de acordo com reportagem de João Filho para o Intercept, no dia 25 de maio.

– Vice-prefeito de Porto Alegre, Ricardo Gomes e os laços com o Brasil Paralelo, um das maiores produtoras do país de divulgação de desinformação científica, inclusive negando as mudanças climáticas.

Gomes investiu 20 milhões na sua campanha por “serviços de construção de marca e planejamento de conteúdo” para a Brasil Paralelo. Durante o resgate de vítimas das enchentes, no dia 08 de maio, apareceu com um boné da Brasil Paralelo.[16]

Depois que as águas baixarem

A população gaúcha atingida pela tragédia climática terá que enfrentar uma série de problemas, além das perdas que já tiveram, quando puderem retomar suas vidas.

– A lama tomou conta de tudo, destruindo o que estava pela frente. Doenças típicas de inundações podem agravar ainda mais a situação dos desabrigados e sobreviventes, bem como dos que ajudaram em resgates e entraram em contato com a água contaminada. São elas: leptospirose, transmitida pelo rato; tétano, causada por uma toxina produzida pela bactéria Clostridium tetani, encontrada nas fezes de animais e de seres humanos, em terra, plantas e objetos; hepatite A, cuja  transmissão se dá quando há contato de fezes com a boca; diarréia, enfermidade bastante comum pelo contato com água contaminada por esgotos e outros detritos, sendo o cólera um dos mais graves; piolho e sarna, infestações que podem ocorrer em pela falta de higiene e aglomerações de pessoas, situações típicas de locais para desabrigados; dengue, por causa da água parada onde o mosquito Aedes aegypti deposita seus ovos; doenças parasitárias – vermes e protozoários presentes na água não-potável e em alimentos contaminados;[17]

– Toneladas de lixo carregadas pelas águas podem também agravar as doenças acima mencionadas;

– Inundações potencializadas pelo aquecimento global, como as que afetaram a região Sul, tendem a ser seguidas por secas severas, por causa da dificuldade do solo em absorver água, segundo Rattan Lal, um dos mais reconhecidos cientistas de solo do mundo e ganhador do Prêmio Mundial da Alimentação;[18]

– A destruição dos lares, a inestimável perda de animais de estimação, de fotografias, memórias afetivas, documentos;

– A perda de moradias, casas comerciais, acarretará perda significativa de poder econômico, afetando a vida milhares de pessoas que terão que recomeçar do zero, gerando um impacto imenso em suas vidas;

– Além de perderem tudo – parentes, amigos, bens, empregos, terão que sobreviver por um tempo incalculável dependendo de ajuda humanitária, seja através de programas de governo ou de doações;

– Agricultores terão que lidar com o estrago das plantações e da destruição das colheitas, com a perda dos animais e do maquinário agrícola que foram levados pelas águas;

– Embora a água tenha alagado bairros inteiros em áreas diversas das cidades atingidas, a população de baixa renda é a mais fragilizada e a que menos condições tem de se recompor economicamente, assim como os quilombolas, indígenas, assentados e pequenos agricultores.

Por fim, quando a população estiver voltando para o que restou dos seus lares, o jornalismo precisa continuar acompanhando os desdobramentos climáticos, pois, segundo o cientista acima citado, Rattan Lal, a situação do Rio Grande do Sul, enquanto região atingida por enchentes, ainda levará tempo para se normalizar, especialmente no que se refere ao solo agriculturável. É dever do jornalismo ambiental alertar a população, com base em estudos científicos, sobre as catástrofes climáticas que poderão voltar a ocorrer se os projetos de destruição dos biomas continuarem em curso; é também seu dever promover debates que alcancem o grande público acerca da responsabilidade dos governantes, nos níveis municipal, estadual e federal, sobre os projetos ambientais que possam debilitar cada vez mais o equilíbrio climático; como um jornalismo que se entende engajado, cobrar dos setores envolvidos sobre os pacotes de destruição, reportar, através de investigações jornalísticas aprofundadas, os interesses econômicos por trás das votações do congresso sobre as questões ambientais. Estas são algumas pautas que devem estar no topo da cobertura do jornalismo ambiental, mas a principal é: estar cotidianamente atento aos fatos relacionados ao clima e ao meio ambiente, não apenas enquanto durar as tragédias. Quando a água baixar, é preciso continuar com a cobertura sobre as consequências trazidas pelo negligenciamento de quem toma as decisões em relação aos fatos que impactam o meio ambiente, e consequentemente, vidas.

Atualização

Até a finalização do texto (30/05), conforme o boletim mais recente da Defesa Civil estadual, atualizado às 9h desta segunda-feira (27), a chuva causou 169 mortes, o  número é o mesmo do balanço anterior, das 18h de domingo. Pelo menos 806 pessoas se feriram. Há registro de 56 desaparecidos, 581.638 desalojados e 55.813 pessoas em abrigos, de acordo com informações do jornal Zero Hora.[19]

Notas

[1] https://oglobo.globo.com/brasil/sos-rio-grande-do-sul/noticia/2024/05/26/enchente-no-rs-defesa-civil-recebeu-mais-de-15-milhao-de-litros-de-agua-e-200-toneladas-de-alimentos-em-doacoes.ghtml. Último acesso 21/05/2024

[2]https://www.correiobraziliense.com.br/brasil/2024/05/6859175-tragedia-no-rs-numero-de-mortes-sobe-para-154-e-o-de-desaparecidos-cai.html. Último acesso 21/05/2024

[3] https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2024/05/26/nivel-do-guaiba-segue-acima-dos-4-metros-lagoa-dos-patos-continua-subindo-em-pelotas.ghtml. Último acesso 27/05/2024

[4]https://rdplanalto.com/mais-de-11-mil-animais-ja-foram-resgatados-em-areas-atingidas-pelas-inundacoes/ Último acesso 21/05/2024

[5]https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/chuvas-no-rs-quase-80-das-cidades-gauchas-foram-afetadas-veja lista/ Último acesso 20/05/2024

[6]Recentemente, O MTE resgatou 24 trabalhadores em “situações análogas à escravidão em uma propriedade rural no município de São Marcos, no RS”, em fiscalização durante a colheita de uva na Serra Gaúcha. https://www.gov.br/trabalho-e-emprego/pt-br/noticias-e-conteudo/2024/Fevereiro/operacao-flagra-18-trabalhadores-em-condicoes-analogas-a-escravidao-em-sao-marcos-rs Último acesso 27/05/2024

[7]João Peres. Na soja, retrato de um Brasil recolonizado. https://outraspalavras.net/crise-brasileira/soja-retrato-de-um-brasil-recolonizado/ Último acesso 24/05/2024

[8]https://www.intercept.com.br/2024/05/06/enchentes-no-rs-leia-o-relatorio-de-2015-que-projetou-o-desastre-e-os-governos-escolheram-engavetar/ Último acesso 21/05/2024

[9]https://www.brasildefato.com.br/2024/05/06/falhas-na-manutencao-do-sistema-de-protecao-teriam-agravado-a-maior-inundacao-da-historia-de-porto-alegre Último acesso 20/05/2024

[10]https://www.brasildefato.com.br/2024/05/04/eduardo-leite-cortou-ou-alterou-quase-500-pontos-do-codigo-ambiental-do-rs Último acesso 21/05/2024

[11]https://www.band.uol.com.br › bandnews-fm › noticias. Último acesso 21/05/2024

[12] https://www.poder360.com.br/brasil/desastre-explodiu-de-uma-hora-para-a-outra-diz-leite/ Último acesso 21/05/2024

[13]https://comentarios1.folha.uol.com.br/comentarios/folhaonline. Último acesso 21/05/2024

[14] https://www.poder360.com.br/brasil/vereador-do-pl-do-rs-diz-que-peso-de-arvores-provocam-desastres

[15]https://g1.globo.com/politica/blog/andreia-sadi/post/2024/05/24/senador-mourao-diz-que-nao-foi-judar-vitimas-de-enchentes-no-rs-porque-seria-desvio-de-funcao.ghtml Último acesso 24/05/2024

[16]Informações de Amanda Audi, Gabriel Gama e Bruno Fonseca via Brasil de Fato. Último acesso 21/05/2024

https://www.brasildefato.com.br/2024/05/14/os-lacos-da-brasil-paralelo-que-nega-crise-climatica-na-vice-prefeitura-de-porto-alegre. Último acesso 24/05/2024

[17]https://www.nationalgeographicbrasil.com/meio-ambiente/2024/05/as-7-doencas-graves-que-podem-ser-causadas-pelas-enchentes. Último acesso 27/05/2024

[18] https://www.otempo.com.br/economia/2024/5/24/quando-enchentes-baixarem–rs-corre-risco-de-seca-severa–diz-ga

[19]https://gauchazh.clicrbs.com.br/geral/noticia/2024/05/veja-os-numeros-mais-recentes-das-enchentes-no-rs-nesta-segunda-feira. Último acesso 27/05/2024

* Andreia Terzariol Couto é jornalista, pesquisadora, professora e pós-doutora pela ECA-USP