JOÃO GUIMARÃES ROSA
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Gisálio Cerqueira Filho
Autor:
Gisálio Cerqueira Filho
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2016
2013
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A escuta a partir da Natureza e da Observação em
Grande Sertão: Veredas
, de Rosa
Gisálio Cerqueira Filho
Passagens: Revista Internacional de História Política e Cultura Jurídica, v. 8, n. 3, set. 2016 a dez. 2016
p. 560-571
O método clínico, como acentua Manoel T. Berlinck, é resultado de uma certa posição de passividade; daí a denominação de “atenção flutuante” na escuta psicanalítica proposta por Freud. Trata-se do preenchimento de um vazio que é ocupado por uma representação, ou seja, por algo cuja existência é ausente, ainda estando presente. A observação envolve a tríade RSI (Real/Simbólico/Imaginário) de J. Lacan e inclui o sem sentido, o estranho, o Umheimlich freudiano. Partimos dos conceitos de Natureza (Sertão/Sertanejo) e Observação para a interpretação das representações dos jagunços inscritas nas narrativas e nos neologismos pesquisados amorosamente por Rosa. O objetivo é refletir sobre uma ética inscrita na sustentação do desejo, a despeito das surpresas da contingência e dos labirintos que a vida nos impõe percorrer.
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Sufoco nas alturas: sobre Páramo, de Guimarães Rosa
Gisálio Cerqueira Filho
Passagens: Revista Internacional de História Política e Cultura Jurídica, v. 5, n. 2, maio 2013 a ago. 2013
p. 168-204
O trabalho propõe uma interpretação sobre o conto “Páramo”, do escritor brasileiro João Guimarães Rosa. Ele foi publicado post-mortem, sendo a primeira edição em 1969. Nele, anos após a experiência vivida na Alemanha, o autor conduzirá o leitor ao coração da recordação traumática: um encontro com a morte. Sim, um “encontro com a morte. Não a morte final – equestre, ceifeira, ossosa, tão atardalhadora, mas a outra, aquela”. A morte aqui veste o semblante do sofrimento psíquico (pathos) intensamente vivenciado no soroche, o mal das alturas, em função do ar rarefeito naquelas altitudes, mas também na depressão profunda experimentada a partir daquele período de autoritarismo vivo (ethos) da Alemanha em guerra, expresso em números genocidas. A abordagem propõe um entrelaçamento entre história, cultura política e método clínico.
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