JOÃO GUIMARÃES ROSA
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Fabio SCORSOLINI-COMIN
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Concepções de saúde, doença e cuidado em
Primeiras estórias
, de Guimarães Rosa
Fabio SCORSOLINI-COMIN
|
Isabella Alcântara Figueiredo
Saúde e Sociedade, v. 27, n. 3, jul. 2018 a set. 2018
p. 883-897
A partir da antropologia da saúde e da psiquiatria transcultural, este estudo teórico analisou as concepções de saúde e doença presentes em três contos que compõem a obra Primeiras estórias (1962), de Guimarães Rosa: “Sorôco, sua mãe, sua filha”, “A menina de lá” e “A terceira margem do rio”. Observou-se uma diversidade de conceitos e sentimentos diante das questões de saúde mental apresentadas nos contos, como: falta de compreensão, marginalização, pressão social para a institucionalização, estereotipação, desumanização, isolamento físico e mental, sentimentos de medo e culpa, tentativa de aceitação e mistificação. Tendo como norte a indissociável relação entre autor, obra, público e condições sociais, tais elementos presentes nos contos podem ser importantes para se revisitar histórica e culturalmente as práticas dentro dos ambientes de cuidado em saúde mental, em busca de uma atenção mais humanizada e que combata a violência nesse contexto, favorecendo uma visão que, de fato, ultrapasse o modelo biomédico centralizado na patologia e promova novos sentidos para a saúde e o adoecer.
Palavras-chave do autor:
Antropologia da Saúde
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Guimarães Rosa
|
Processo Saúde-Doença
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Saúde Mental
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De que substância é feito o amor?: a construção da conjugalidade em Guimarães Rosa
Fabio SCORSOLINI-COMIN
|
Manoel Antônio dos SANTOS
Revista Subjetividades, v. 14, n. 1, 2014
p. 18-28
Este estudo tem como objetivo discutir o processo de construção do vínculo amoroso/conjugal por meio da análise do conto Substância, do livro Primeiras Estórias, de Guimarães Rosa, publicado em 1962, compreendendo a influência da escolha amorosa no modo de subjetivação das personagens principais, Sionésio e Maria Exita. O conto foi discutido em profundidade a partir de uma leitura psicanalítica sobre a conjugalidade e a transmissão psíquica intergeracional. Os laços afetivos de Maria com sua família são marcados pela negatividade, ancorados pela possibilidade de transmissão de tradições pecaminosas, transgressoras e mórbidas. Com o passar do tempo, ela vai deixando de ser uma menina franzina para se tornar uma bela mulher, despertando o amor de Sionésio. A partir do momento em que este se permite olhar para a essência de Maria Exita (ou a sua substância, para além do polvilho), são criadas as condições para que ocorra o encontro amoroso, que irá preencher o vazio da vida de Sionésio. As memórias e medos que os assombravam são mitigados pelo alvor do polvilho macerado na laje, em um processo de transformação da substância que une o casal: o sentimento amoroso. Assim, a conjugalidade ocupa um importante papel na transformação identitária dos personagens, alcançada pelo reconhecimento do outro como disparador do movimento de reorganização psíquica.
Palavras-chave do autor:
Amor
|
Guimarães Rosa
|
Psicanalise e literatura
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relações conjugais
|
transmissão psíquica entre gerações
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