JOÃO GUIMARÃES ROSA
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Rosanne Bezerra de Araújo
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Rosanne Bezerra de Araújo
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Entre a coragem e o medo: uma análise de "A hora e a vez de Augusto Matraga"
Célia Marília Silva
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Rosanne Bezerra de Araújo
Odisseia, v. 3, n. 2, 2018
p. 1-15
A presente pesquisa propõe uma leitura da novela A hora e a vez de Augusto Matraga de João Guimarães Rosa, publicado em Sagarana em 1946. Adotaremos como procedimento de estudo a análise da relação estabelecida entre o medo e a coragem ao longo da narrativa e as relações sociais representadas por esta série. O objetivo deste artigo é mostrar que o medo move a narrativa ao passo que os personagens, em especial Nhô Augusto, se veem aniquilados por este sentimento, mas ao mesmo tempo é dele que ganham forças para prosseguir. A partir da compreensão dessa concepção, nos empenharemos por desenvolver uma discussão sobre como a categoria do medo pode denotar determinadas relações sociais, não só de modo isolado, mas também vinculado à coragem e ao poder. Para tanto, utilizaremos como suporte teórico História do medo no ocidente de Jean Delumeau (2009) e A criação literária de Massaud Moisés (2012).
Palavras-chave do autor:
coragem
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medo
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Narrativa
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Poder
Palavras-chave atribuídas pela pesquisa:
Medicina e Psicologia
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Organização da Narrativa
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Representação da Sociedade
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Entre o pródigo e o malandro: um estudo de personagem em "A volta do marido pródigo", de Guimarães Rosa
Rosanne Bezerra de Araújo
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Wallyson Rodrigues de Souza
O Eixo e a Roda - Revista de Literatura Brasileira, v. 28, n. 1, 2019
p. 49-68
Este artigo apresenta um estudo do conto “A volta do marido pródigo”, de Guimarães Rosa, com o foco na análise do personagem. Estabelecemos relações entre o anti-herói rosiano, o herói bíblico e o pícaro europeu. Para desenvolver tal análise, utilizamos a crítica de Roberto Schwarz (2012) e Antonio Candido (1993), bem como o pensamento do filósofo romeno Constantin Noica (2011), ao ressaltar que a recusa ou a carência do indivíduo perante o Geral (a lei, a ordem) caracteriza-se como uma doença do espírito contemporâneo. O presente estudo tem como objetivo contrapor as três categorias de heróis (o malandro, o bíblico e o pícaro), revelando suas semelhanças e divergências. Nosso método de pesquisa segue a crítica integrativa de Antonio Candido (1993), pois investiga a narrativa rosiana sob diferentes ângulos, observando o aspecto social e ontológico do personagem Lalino Salãthiel. O resultado deste estudo nos revela que o texto de Rosa apresenta uma sátira da narrativa bíblica ao mesmo tempo em que transcende o pícaro europeu. A categoria do malandro, como bem aponta Candido (1993), é uma peculiaridade do anti-herói brasileiro. Concluímos, assim, que a singularidade da malandragem de Lalino reforça a realização de sua individualidade e comprova que o seu espírito pode padecer de acatolia, ou seja, a recusa do Geral e a afirmação do individual, conforme nos esclarece Noica em sua obra As seis doenças do espírito contemporâneo.
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