JOÃO GUIMARÃES ROSA
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Mariana Aparecida Venâncio
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Entre serpentes e bois: Guimarães Rosa segue conversando com a Bíblia
Altamir Celio de ANDRADE
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Mariana Aparecida Venâncio
Revista Recorte, v. 17, n. 1, 2020
p. 1-18
Este artigo pretende ler o conto “Conversa de Bois”, de João Guimarães Rosa, em paralelo com algumas narrativas bíblicas do “Gênesis”, particularmente os seus três primeiros capítulos, a partir dos conceitos de mito e consciência. Assim como as narrativas bíblicas constituem (também) uma ficção, a obra rosiana apresenta-se com este veio e esta identidade que por tanto tempo têm fascinado e intrigado seus leitores. Assim como o texto da Bíblia, as narrativas do mineiro de Cordisburgo buscam o leitor desde sua alienação cotidiana para a reflexão inquietante a respeito de si, de sua existência e de sua relação com o outro, levando esses mesmos leitores mais a questionar do que a responder. Neste sentido, buscaremos pensar o conceito de consciência, sobretudo a partir de algumas definições filosóficas e, particularmente, do pensamento de John Searle. Não é nossa pretensão, contudo, esgotar tal conceito - que se mostra altamente complexo - mas é nosso objetivo, portanto, tentar perceber como o conto e os relatos bíblicos colocam em relevo seus personagens sob a égide de questões internas que direcionam suas atitudes.
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Um sino que dobra ou letras que balançam? Considerações sobre novelas rosianas e palavras bíblicas
Altamir Celio de ANDRADE
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Mariana Aparecida Venâncio
CES Revista, v. 32, n. 2, 2018
p. 177-194
A criação de novas palavras é comum no processo de escrita de João Guimarães Rosa. Os neologismos que estruturam as obras do autor mineiro surgem da linguagem sertaneja, da reprodução de sons ouvidos e imaginados ou mesmo da combinação de raízes pertencentes a outras línguas. Isto se deve ao fato de que Rosa, além de poliglota, era atento ouvinte das conversas desenvolvidas no sertão mineiro. Na maioria das vezes, descobrir a origem de suas inventivas palavras favorece a compreensão das narrativas nas quais estão inseridas, e esse é o propósito das investigações do presente artigo, que busca uma conceituação da expressão Dão-lalalão – título para uma das novelas de Corpo de Baile. Para a construção de um conceito para o termo, será considerada a intertextualidade com a novela A estória de Lélio e Lina (2016), bem como a possibilidade de relação com antigas raízes da língua hebraica, cujo sentido emerge em narrativas bíblicas. No decorrer da investigação, será fundamental a percepção de que o significado de Dão-lalalão estende-se sobre as personagens principais da novela, Doralda e Soropita, justificando suas atitudes e personalidades. Este estudo, portanto, além de oferecer uma reflexão detalhada sobre o título de Dão-lalalão (2016), constitui-se também em uma proposta de interpretação para a novela.
Palavras-chave do autor:
Bíblia
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Dão-Lalalão
|
Linguagem rosiana
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