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Laura Carolina Morais Rodrigues
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Laura Carolina Morais Rodrigues
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Narrativa e poesia na construção do percurso de um santo: uma leitura de "A hora e vez de Augusto Matraga"
Francieli Aparecida dos Santos
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Gabriela dos Santos Carline
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Laura Carolina Morais Rodrigues
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Monica De Oliveira Faleiros
R.E.L.: Revista Eletrônica de Letras, v. 12, n. 1, 2019
p. 1-33
O objetivo deste Trabalho de Conclusão de Curso é apresentar um estudo sobre o conto ―A hora e vez de Augusto Matraga‖, corpus desta pesquisa, que pertence à obra Sagarana (1946), de João Guimarães Rosa, tendo em vista seu caráter de narrativa poética, com enredo que atinge a dimensão do mitopoético, a partir da investigação sobre as etapas do percurso da personagem projetadas no espaço da natureza, marcando transformações vividas que a aproximam das histórias dos santos; além disso, observar outros elementos que compõem a poeticidade da narrativa, como as imagens, símbolos e a linguagem poética empregados. De caráter bibliográfico, esta pesquisa fundamenta-se nos estudos críticos de Bosi (1994), Nogueira (1978; 2000), Perez (1981), Sperber (1976) e Ribeiro (2010) sobre o autor e a obra, e de Lins (1981), sobre o livro Sagarana no contexto da obra de Guimarães Rosa; além disso, os estudos de Campbell (1989) para tratar da figura do herói como santo. A fim de investigar seu caráter de narrativa poética, utilizamos os estudos de Tadié (1994), que retrata as singularidades das categorias da narrativa nesse gênero quanto a personagens, espaço, tempo e mito, cujos símbolos associados abordaram-se a partir do Dicionário de símbolos de J. Chevalier e A. Gueerbrant (1997). A leitura interpretativa do corpus se apresenta a partir de recortes da narrativa que ilustram os objetivos apresentados, assim, pode-se afirmar que o conto se configura como uma narrativa poética uma vez que apresenta uma elaboração da linguagem que a aproxima da poesia, no que diz respeito ao ritmo, sonoridade e expressividade, além de elaboração poética das categorias narrativas, como a representação do espaço e do tempo míticos e o enredo simbólico que convergem para a construção do percurso mítico dos santos, transposto para o sertão mineiro, na figura de Augusto Matraga.
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