JOÃO GUIMARÃES ROSA
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Bibliografia sobre João Guimarães Rosa
Palavra-chave:
escritura
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Os insólitos harmônicos em "Lá, nas campinas", de João Guimarães Rosa
Murilo Duarte Casacio
Revista Philologus, n. 60 - Suplemento, set. 2014 a dez. 2014
p. 2060-2070
O conto Lá, nas campinas, presente em Tutameia, de João Guimarães Rosa, é uma narrativa que, segundo uma perspectiva mitológica, se constrói em torno de um tema de origem. A personagem Drijimiro procura respostas a respeito de sua origem, questionamento primordial de todo ser humano, propondo-se, com isso, a desvendar os mistérios que cercam sua existência. Apesar da trajetória mítica da personagem em busca desse conhecimento mostrar-se corriqueira, passando por questões sociais e materiais inerentes à vida, como trabalho, enriquecimento, posição social e difamação, como a morte de entes próximos, entre outras, em Guimarães Rosa, a questão não se revela de modo tão simples. A construção literária do conto ocorre mediante um dizer quase não-dizer, a partir de variações e potencialidades poéticas que revelam a fábula. Como em quase todos os seus textos, mas, principalmente, em Tutameia, o que se tem é a ficcionalização da linguagem em seu mais alto grau, de modo hermeticamente condensada, e por meio de o estabelecimento de um jogo de relações em que o insólito, o non-sense e o emprego de inusitados artifícios literários das construções se fundem na configuração da narrativa de Lá, nas campinas.
Palavras-chave do autor:
conto
|
escritura
|
Guimarães Rosa
|
Metafísica
|
Mitopoética
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Travessia de Rosa: do significante à letra
Andréa Alves Rodrigues
Cadernos CESPUC de Pesquisa, n. 28, 2016
p. 109-117
O presente trabalho propõe uma análise do romance Grande sertão: veredas, de João Guimarães Rosa, através da observação dos mecanismos linguísticos de que se vale o autor na sua construção, para apontar algumas confluências entre os discursos literário e o psicanalítico, no romance. Para isso, utilizaremos pressupostos teóricos da teoria da ironia, procurando estabelecer alguns pontos tangenciais entre a literatura rosiana, os recursos da ironia e a psicanálise. Ao escapar da formulação de conceitos definitivos, mostraremos que o autor transforma o campo literário num lugar que se quer aberto ao diálogo, ao trânsito e a múltiplas interpretações, possibilitando, ainda, a circulação do mal-entendido, pois são as mensagens aparentemente sem sentido e absurdas é que se mostram evocadoras e criadoras de significações para além dos sentidos admitidos no código da língua. De acordo com essa lógica, apontaremos na obra de Rosa outra vertente da linguagem, na qual a letra esvaziada desse compromisso de reprodução dos sentidos, já no campo da escritura, mostrase capaz da ruptura com os semblantes e aproximação com os efeitos enigmáticos do gozo na escrita.
Palavras-chave do autor:
escritura
|
Letra
|
psicanálise
|
Real
|
Simbólico
Palavras-chave atribuídas pela pesquisa:
psicanálise
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"Nós, os temulentos" e a filosofia do álcool
João Batista Santiago Sobrinho
Cadernos CESPUC de Pesquisa, n. 28, 2016
p. 242-255
Pretendemos com este texto relacionar a escritura rosiana à filosofia do álcool, conforme proposta no livro O último copo: álcool, filosofia, literatura (2013), de Daniel Lins, que, por sua vez, inspira-se na vida e no texto do filósofo francês Gilles Deleuze, um ex-amante do álcool, tanto em suas possibilidades libertárias quanto estéticas. Abordaremos a escritura e a vida de João Guimarães Rosa tomando como referência o terceiro prefácio do livro Tutaméia, “Nós, os temulentos”, que quer dizer “Nós, os bêbados”, no sentido de rastrear uma presença do álcool e de suas possibilidades filosóficas e estéticas no texto rosiano. Tais aspectos já haviam sido, de certa forma, desenvolvidos anteriormente tendo como referência a filosofia trágico-embriagada do poeta filósofo Nietzsche no livro Mundanos fabulistas: Guimarães Rosa e Nietzsche (2011).
Palavras-chave do autor:
Álcool
|
escritura
|
filosofia
|
literatura
|
Símbolo
Palavras-chave atribuídas pela pesquisa:
embriaguez
|
filosofia
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