JOÃO GUIMARÃES ROSA
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As estórias de João, Guimarães e Rosas: nomes, flores e inutilidades
Caio Vinícius Silva
Miguilim: Revista Eletrônica do NETLLI, v. 9, n. 2, 2020-
p. 271-283
O artigo mostra reflexões sobre o erotismo e a inutilidade (BATAILLE, 2017; ANTELO, 2017), e sobre o absoluto (EINSTEIN, 2019) e suas consequências — como as reduções generalizantes (KRENAK, 2019; IMBASSAHY, 2019); partindo de uma análise dos significantes relacionados a flores — especialmente dos nomes de três personagens mulheres, Carmela e duas Rosas: Carmela, quase uma camélia; uma Rosa (simplesmente Rosa) de Mário de Andrade, que é uma “Rosa aberta”, no botão; e outra Rosa (Rosalina) de, também, um Rosa, Guimarães Rosa, esta na “desflor”. As três têm dentro e fora de si possibilidades de um reflorescimento. São estas personagens — d’A estória de Lélio e Lina, de João Guimarães Rosa (1978), e do livro “Os Contos de Belazarte”, de Mário de Andrade (1980) — que permitem uma ampla leitura do significante “rosa” (uma das mais famosas flores do mundo) e, por extensão, do significante “flor”. Isto é, uma leitura das estórias destas personagens permite quebrar a ideia do absoluto, e da forma que se representa a flor. As flores estão, deste modo, muito menos para formas estáveis do que para forças: há, em cada uma delas, formas infinitas, instáveis e indefinidas, como pontua o filósofo italiano Emanuelle Coccia (2018).
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