JOÃO GUIMARÃES ROSA
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A dimensão mítica de
Tutaméia (Terceiras estórias)
, de Guimarães Rosa: o retorno ao sagrado nos contos "Curtamão" e "Presepe"
Eliane Batista
Estação Literária, v. 13, 2015-
p. 208-229
Guimarães Rosa considera a literatura um ofício sagrado, cuja importância exige daqueles que se empenham nesta função muita seriedade e compromisso, assemelhando-se a um verdadeiro sacerdócio. Tutaméia (Terceiras Estórias), último livro publicado em vida pelo autor, em 1967, está envolto por uma atmosfera mítica, pois, para muitos críticos, nesta obra, Rosa sintetiza todo o seu legado poético. Tendo em vista que o mito revela “uma história sagrada”, este artigo objetiva apresentar que Tutaméia (Terceiras Estórias), como um todo, adentra as esferas do mítico, bem como há, de modo particular, nos contos “Curtamão” e “Presepe”, um retorno ao sagrado.
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O diálogo de poesia, filosofia e mitologia em Guimarães Rosa: "Curtamão" e "Lá, nas campinas"
Maria Lucia Guimarães de Faria
Veredas: Revista da Associação Internacional de Lusitanistas, n. 13, 2010-
p. 55-78
A obra de Guimarães Rosa tem um acentuado pendor mítico-fi losófi co. As duas inter-pretações propostas a seguir comprovam que o recurso à fi losofi a e à mitologia permite extrair uma compreensão mais plena das estórias do grande escritor. Em “Curtamão”, a partir do ensaio Construir, habitar, pensar, de Heidegger, demonstra-se que a solida-riedade intrínseca entre a construção da casa, a narração da estória e a eclosão da vida constitui o sentido mais profundo desta estória fundamental. Somente um habitar to-mado de poesia corrige a errância em que se dissipa o homem. Em “Lá, nas campinas”, da audição da palavra mítica depende a reconstituição de uma existência rompida, que perdeu o vínculo com a Infância longínqua. O mito é a palavra que pronuncia o que é, suscitando a presença do que nomeia. Falar já é responder à linguagem essencial, que se exprime através do mito. Em ambas as estórias, estranhas e enigmáticas, a existên-cia está por construir, e a única possibilidade desta construção é o vigor originário da palavra poética.
Palavras-chave do autor:
Construir
|
Habitar
|
mito
|
Narrar
|
Palavra poética
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De alvenel a arquiteto: o espaço em "Curtamão" de Guimarães Rosa
Maria Célia de Moraes Leonel
Revista da Anpoll, v. 1, n. 14, 2003-
p. 105-123
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Nietzsche, Guimarães Rosa e a música: algumas notas sobre Tutaméia
Edson Santos de Oliveira
Cadernos CESPUC de Pesquisa, n. 28, 2016-
p. 256-267
Este trabalho tem por objetivo fazer uma leitura de dois contos (Lá nas campinas e Curtamão) e dois prefácios (Aletria e Hemenêutica e Nós, os temulentos), textos de Tutaméia, de Guimarães Rosa. O artigo analisa duas epígrafes de Schopenhauer, que insistem na releitura. Ambas estão em Tutaméia e têm sintonia com a noção de música tanto nesse pensador quanto na obra de Nietzsche. O pensamento nietzschiano, no entanto, apostando na música como arte do irrepresentável, através de aforismas e paradoxos, escapando ao conceitual e à metafísica de Shopenhauer, parece ser mais apropriado para a leitura de Tutaméia, obra construída numa escrita nômade, dionisíaca, numa festa em que há uma predominância do significante sobre o significado.
Palavras-chave do autor:
Guimarães Rosa
|
Irrepresentável
|
música
|
Nietzsche
|
Tutaméia
Palavras-chave atribuídas pela pesquisa:
música
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Esquadro e compasso: modos do pensar criador em "Curtamão" de Guimarães Rosa
Flávia Aninger de Barros Rocha
Fólio : Revista de Letras, v. 2, n. 1, 2010-
p. 38-50
"Curtamão", um dos breves contos de Tutaméia (1967) de Guimarães Rosa, traz a temática do criador que é executor ou artesão de sua obra, e que tem como motivação a poesia e a arte. Este é também defensor de sua liberdade criadora, representando a posição do escritor diante da sociedade. O alicerce de sua escrita/obra é definido pelo amor à poesia e pelos elementos da linguagem que o ajudam a construí-la. A ideia de um projeto literário cuidadosamente planejado na obra do escritor mineiro evidencia-se na alegoria da construção da casa, obra literária em contínua dinâmica e estabelecida como projeto permanente a favor do homem.
Palavras-chave do autor:
criação
|
linguagem
|
literatura
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O conto "Curtamão" de Guimarães Rosa e o destinatário da criação artística
Valda Suely da Silva
Trama, v. 7, n. 13, 2011-
p. 131-144
No conto “Curtamão”, de ‘Tutaméia (terceiras estórias)’, de Guimarães Rosa, o narrador marca a presença do narratário. Ou seja, propõe-se a contar, mas inclui, neste ato, a imprescindível participação de uma segunda pessoa, atuando juntamente com ele. Nosso trabalho busca pontuar, neste conto, a importância do narratário e sua participação ativa na construção do discurso do narrador. Também analisamos como, a partir desta estruturação, o texto se volta para o próprio ato de narrar, ressaltando o processo de criação artística de modo geral e a importância do papel ativo do destinatário da arte para a concretização desta como tal.
Palavras-chave do autor:
Curtamão
|
Guimarães Rosa
|
narratário
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Casa, caixinha: O mundo numa cabeça de alfinete
Suelen Ariane Campiolo Trevizan
Scripta Alumni, n. 7, 2012-
p. 126-145
A partir da descrição da estrutura de Tutaméia (1967), de Guimarães Rosa, este artigo se propõe a analisar Curtamão, sétima narrativa do livro. A fortuna crítica sobre o conto tem ressaltado principalmente o uso de metalinguagem e a tematização da natureza sagrada da literatura. Enfatizamos sobretudo esse segundo aspecto ao explicitar a simbologia religiosa empregada. Observamos também traços de modernidade, tanto estética quanto social, compatíveis com a ambiguidade do conto e da produção rosiana em geral: não se opõe à História tampouco se prende a ela.
Palavras-chave do autor:
Curtamão
|
Guimarães Rosa
|
modernidade
|
sagrado
|
Tutaméia
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